Blog do Corredor André Savazoni 1 de novembro de 2012 (9) (136)

O melhor ano da corrida. Uma hora o corpo tinha de pedir água, justo

Comecei a me dedicar à corrida em 2008. Treinar exclusivamente e seguir uma preparação a partir de 2010. E 2012, sem dúvida, foi o melhor em todos os sentidos. A começar pela saúde (nenhuma contusão ou dor) e pela parte psicológica. Passando pelos recordes pessoais (baixei em todas as distâncias). Mas o corpo tinha de “pedir água”. Nada mais do que justo. E foi nesta semana.

Tinha tomado uma decisão há semanas: a etapa de Brasília da Golden Four Asics neste domingo seria a última competição do ano. A partir de segunda-feira, só treinamento. Isso antes até de ganhar a participação nas provas da Disney (11, 12 e 13 de janeiro) no Desafio Pharmaton. Após isso então… No calendário somente a São Silvestre, mas essa faz parte da temporada de 2013 no planejamento.

Sou competitivo, gosto de correr forte, porém, não sou tão louco como parece! Na medida que você vai se aproximando dos 40 anos, tem filhos, esposa, a experiência pesa. Ajuda demais. Faço questão de ouvir meu corpo. Não perco o sono se um dia estou ruim e o treino não sai como deveria ser. A regra é simples: “Fiz o que dava para fazer naquele dia”. Ah, diferente de ter preguiça, essa precisa ficar de lado, mas de saber que um dia ruim não fará diferença alguma no objetivo final. O dia ruim só não pode ser o mesmo da prova-alvo.

Queria correr forte em Brasília. Descansei o possível para não deixar o ritmo cair muito após a Maratona de Buenos Aires. Mas um misto de fatores acumulados ao londo do ano e alguns treinos com calor insuportável, minaram as minhas energias. Imunidade foi lá para o dedinho do pé. Gripe, sinusite, dor no corpo, febre, dor de cabeça, dor de garganta, tudo junto e misturado. Faz parte. Nada a reclamar. Muito pelo contrário. Só a agradecer.

Sinceramente, perdi as contas de quantas provas fiz em 2012. Só lembro das maratonas, três. Em duas, batendo recorde pessoal – 3:04:45 em Porto Alegre e 2:59:55 em Buenos Aires, fora a inesquecível Boston. Nos 10 km, três sub 40 sem relógio, com o melhor em 39:37 na Tribuna, em Santos. Meias e provas de montanha, diversas. Os tempos nos 21 km também caíram, fiz 1:26:35 na Meia da Yescom em São Paulo e 1:26:32 em Buenos Aires.

Outro dia, olhei as medalhas deste ano e até me assustei, não tive coragem de contar para ver quantas realmente completei nesta temporada – em contar Paranapiacaba e Bombinhas, que não cheguei ao final. Uma coisa, mesmo sem os números, tenho certeza: foi acima do limite. A quilometragem semanal, desde janeiro, não tenho a mínima ideia.

Então, amanhã, viagem para Brasília. Me divertir, encontrar amigos, dar risadas, fazer promoção da Contra-Relógio na Expo… Vou correr? Sinceramente, não sei. Restam 72 horas para prova. Domingo de manhã, decidirei. Como me conheço muito bem e sei que quando largo, acabou a brincadeira, só alinharei na largada se estiver com o corpo 100% recuperado e sem umidade baixa. Diferentemente disso, não irei arriscar. Nos vemos em Brasília.

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9 Comments on “O melhor ano da corrida. Uma hora o corpo tinha de pedir água, justo

  1. André, depois desse sub 3h..relaxe!! Já fizeste a tua parte! Parabéns!!!

  2. Certinho, André!

    Em relação às condições climáticas, deu uma baita chuva durante a noite hoje, daquelas que ficam a noite toda, então domingo deve estar bem melhor do que estava.

    Abs

    ———————

    Opa Breno, boa notícia. Que continue chovendo assim. Uma dessas na noite de sábado para domingo seria perfeito para dormir e depois, se der, até para correr.

    Abraço
    André

  3. Mimimi ahahahahah

    ——————

    Agora tem até e-mail mimimi… rs

  4. É, uma hora o corpo faz greve. Momentânea, e temos que aceitar. Eu desisti da Meia de Blumenau depois de quase morrer em Pomerode hehe. Ficarei com as provas menores até a São Silvestre. Eu tenho essa mania de contar. Acho legal. Já fiz 35 provas este ano, ainda tem mais algumas.
    Boa prova em Brasília, se acontecer. E se não der, 2012 já foi o melhor dos anos. Só recorde pessoal em todas as provas e um sub 3 na maratona.

  5. A dor e passageira, a gloria e eterna. Seu tempo de maratona em buenis aires projeta uma meia abaixo de 1:25. Vai fundo

  6. André, realmente o tempo aqui não será problema. A chuva está para cair hoje, noite de sexta, e creio que amanhã também. Logo, o dia da prova promete ser bom. Tomara que melhores. Sou ouvinte e fã do podcast, e vai ser legal conhecer você e Sérgio na Expo. Abraço!

  7. É, André. As vezes é difícil ouvir, ainda mais quando somos competitivos. Vc colheu frutos maravilhosos em 2012, o que vier é lucro! Abração, boa viagem e se possível, boa prova!

  8. Ainda tá podre? Idem…

  9. André, para quem no sábado de manhã, na Expo, estava com cara de gripe e sem saber se corria, voce se recuperou bem rápido! E que tempo pra quem estava doente. Parabéns pela fortaleza que é o seu corpo.
    Prazer em te rever no planalto.

    ————————–

    Ana, recuperei nada, foi loucura mesmo, rs. A imunidade que já estava baixa, foi para o pé. Não deveria ter largado, mas você sabe como é, estávamos lá, prova legal, cidade onde nunca tinha corrido uma prova… aí… deixamos a emoção comandar e não a razão. Agora, uma semana de folga total para recuperar e começar a base novamente.

    Bom te rever também, logo, teremos a próxima. Vi ontem informações sobre a Meia de Paris e lembrei do que falou sobre a prova!

    Abraço
    André

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