Blog do Corredor Tomaz Lourenço 20 de janeiro de 2022 (0) (166)

45% dos corredores têm orientação de um profissional e 28% gostariam de também ter

A melhora na organização das corridas de rua no Brasil, estimulada (e cobrada) pela revista Contra-Relógio, especialmente nos seus primeiros 10 anos (1993-2003), resultou no maior interesse dos corredores por delas participar, fazendo surgir inúmeras empresas especializadas na montagem das estruturas das provas, assim como na área tecnológica (chip de apuração) e as ligadas à “nova” internet, na forma de inscrições e venda de fotos.

Mas também foi marcante a presença, cada vez em maior número, de um profissional pouco valorizado e encontrado até então, que era o treinador. Quase sempre mais relacionado aos corredores rápidos, profissionais ou amadores, eles passam a aparecer a dezenas, mas com foco nos mais lentos, por sua vez preocupados com saúde e confraternização e nem tanto com marcas e grandes feitos esportivos.

Dessa forma, enquanto nos anos 90 (do século passado) eram pouquíssimos os corredores que tinham orientação de um técnico, principalmente por falta deste e da mentalidade de ser necessária uma ajuda, para algo tão simples como correr, desde 2000 essa situação começou a se inverter e só tem se acentuado.

E não foi apenas o surgimento de centenas de treinadores, mas especialmente na forma de “equipes de corrida”, ou seja, esse profissional vinha em nova roupagem, oferecendo muito além do que apenas orientação de como correr melhor, mais rápido e mais longe. Para começar, uma camiseta do grupo era fundamental, além de oferecer uma estrutura nos locais de treinos, cuidava das inscrições, deslocamentos para provas etc, e talvez o mais importante: um ambiente saudável e estimulante para confraternização.

O resultado dessa reviravolta, também de certa forma estimulada pela atuação da CR para a melhora na organização dos eventos, respeitando-se os participantes, pode-se ver na enquete recentemente realizada aqui no site, em que 29% responderam participar de uma equipe e 16% que contam com um personal. E se não bastasse, 28% disseram que gostariam de dispor desse suporte!

Continuando na pesquisa, apenas 28% acham desnecessária essa ajuda, sendo que 10% consideram mesmo dispensável, enquanto 18% recorrem à internet para se informar a respeito de treinamentos e outros assuntos relacionados.

O universo envolvido na pesquisa do site da CR foi relativamente pequeno (150 corredores), perto dos estimados talvez 1 milhão de participantes em provas. Mas com certeza reflete a nova realidade desse segmento da sociedade, que ao invés de apenas assistir a esportes, presencialmente ou pela TV/celular, pratica!

Foto: Fernanda Paradizo

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