Na edição passada comentei sobre o treinamento que estou fazendo para correr a Maratona de Chicago, dia 11 de outubro, com vistas a conseguir índice para participar de Boston 2017 e lá comemorar meus 70 anos. O tempo-limite é de 4h25 na minha faixa, mas para ter certeza da vaga é necessário resultado um pouco melhor.
Minha ideia inicial era treinar apenas 3 vezes por semana e isso permanece. Mas tinha planejado que na quinta faria um trabalho de ritmo ou fartlek e com quilometragem crescente (chegando a 36 km), enquanto no domingo rodagem confortável na distância de 20 a 25 km.
Contudo, constatei que juntar treino de qualidade com distâncias sempre maiores não é uma coisa fácil e, dessa forma, resolvi alterar a preparação a partir de junho, que ficou assim:
TERÇA – Fica mantido trote de 10 a 15 km, a depender do cansaço.
QUINTA – Também permanece o treino de qualidade, mas restrito a somente 10 a 15 km de ritmo forte (menor do que pretendo na maratona e semelhante ao que planejo nas "meias treino-teste"), com trote de 4 km antes e depois. A variação fica por conta também da fadiga na semana e se há competição no domingo.
DOMINGO – Rodagem por estrada, em ritmo confortável, em distâncias crescentes, mas bem paulatinas, desde 20 até 35 km, entre junho e final de setembro.
Nos outros dias nada de treino, somente alguma caminhada.
MEIAS COMO TESTE. Não alterei o planejamento de correr meias-maratonas como treino-teste, se possível com resultados sempre um pouco melhores, o que vem se confirmando. Corri a Meia de SP sem treino específico e fechei em 2h12; depois fiz 21 km na Maratona de SP em 2h04 (pretendia 2h06); em junho corri a Mizuno Half Marathon em 2h02 e imaginava que faria em torno de 2 horas na Asics Golden Four de Fortaleza. Depois um sub 2h na etapa da GF de São Paulo, e um pouco melhor ainda na Meia da Praia Grande, como último grande teste antes de Chicago.
A participação nessas provas me levou a descobrir que teria que fazer também pequena mudança no treinamento na semana pré e principalmente na seguinte à competição. Ou seja, tirar o pé um pouquinho na que antecede e treinar como possível na posterior, eventualmente reduzindo quilometragem e/ou menor qualidade na quinta, para compensar a "ressaca" dos 21 km completados da melhor forma possível, portanto com grande desgaste.
Nesse sentido, permanece a sensação de que o cansaço e as dores são sempre maiores após treinos ou provas realizados de forma intensa, do que quando longões são feitos em ritmo confortável.
Aliás, neste ano estou experimentando treinar para uma maratona com um trabalho de qualidade por semana, para ver o resultado final. Já conheço a outra forma, isto é, apenas muita rodagem em quilometragem crescente (chegando entre 70 e 80 km na semana), que funcionou muito bem na maioria das vezes, mas não nas duas tentativas (frustradas) para obter qualificação para Boston, ou seja, em Santiago do Chile e Punta del Este, há três anos, quando o treinamento contemplou apenas corridas longas sem forçar.
Vamos ver como serão os próximos meses. Darei notícia!
6 TESTES PARA CORRER BEM EM CHICAGO
Data Prova Meta Marca
01/03 Meia São Paulo Concluir 2h12
17/05 21 km na MSP 2h06 2h04
14/06 Mizuno Half 2h02
28/06 Asics Fortaleza 2h00 ?
02/08 Asics São Paulo 1h58 ?
20/09 Tribuna P. Grande 1h56 ?