A edição 2021 da Maratona de Londres atingiu uma marca histórica, com 35.871 concluintes na prova presencial (que volta a ser realizada para os amadores depois de 889 dias) e mais 22.342 na corrida virtual. Considerando os dois eventos, é a maior maratona em número de participantes.
O etíope Sisay Lemma venceu a prova, realizada no domingo (03/10), com o tempo de 2:04:01. Depois de abandonar a maratona nos Jogos Olímpicos de Tóquio por conta do calor e da umidade, a vitória em Londres serviu para amenizar a decepção.
Lemma também havia perdido a 2ª colocação da Maratona de Londres de 2020 num sprint final, mas este ano não deixou escapar aquele que é considerado hoje seu maior título da carreira.
Este foi o quinto tempo mais rápido já registrado em Londres. Antes disso, o campeão já tinha vencido no passado as maratonas de Varsóvia, Viena, Frankfurt e Ljubljana.
“Foi a maior vitória da minha carreira e um sonho tornado realidade”, disse ele. “Cheguei em terceiro no ano passado aqui em Londres e voltar 12 meses depois e vencer esta grande corrida é um momento incrível e de orgulho.”
O queniano Vincent Kipchumba, que terminou em 2º no ano passado, repetiu este ano a colocação, com 2:04:28. O etíope Mosinet Geremew foi o 3º colocado, com 2:04:41.
Na prova feminina, a queniana Joyciline Jepkosgei, que havia vencido a Meia de Berlim, em agosto, confirmou seu status de estrela em ascensão na distância da maratona, ao vencer com 2:17:43.
Uma curiosidade é que ela foi pacer (coelho) em Londres há dois anos, ajudando a compatriota Brigid Kosgei, recordista mundial de maratona, a conquistar o primeiro de seus dois títulos londrinos. Kosgei ficou em 4º lugar.
“Estou muito animada por ser a vencedora, mas para mim Londres era o objetivo de auto-realização,”, disse ela, que melhorou seu tempo nos 42 km em quase 1 minuto. Seu melhor resultado até então era 2:18:40, em Valência 2020.
“Uma melhora de um minuto é enorme, mas eu estava me sentindo muito bem quando estava treinando e realmente pensei que poderia me sair bem aqui”, disse ela depois de se tornar a 7ª mulher mais rápida na história da maratona.
A etíope Degitu Azimeraw ficou na 2ª posição, com 2:17:58, seguida da compatriota Ashete Bekere, que fechou o pódio feminino na 3ª posição, com 2:18:18. Kosgei foi a 4ª colocada com 2:18:40.
Essa foi a primeira vez que a recordista mundial ficou fora dos dois primeiros lugares nas suas maratonas completadas. Ela foi medalha de prata em Tóquio e já havia dito antes da prova estar se sentindo cansada.
“A competição foi difícil, e também não acho que tive tempo suficiente para descansar e treinar desde as Olimpíadas de Tóquio. Estou lutando hoje com um problema no joelho, por isso estou desapontada. Mas estarei de volta no próximo ano para ganhar o título”, comentou a queniana.