A Maratona de Berlim marcou neste domingo (26/09) o retorno das grandes provas depois da pandemia. Foram 24.796 participantes, que largaram num pórtico com imagens animadas nas cores do arco-íris com o objetivo de passar a mensagem para o mundo de valores como cosmopolitismo, tolerância e aceitação. Os amadores largaram em 4 ondas, para um maior espaçamento entre os corredores, que tinham que estar vacinados e com máscara durante a concentração.
Com um dia de sol e temperatura média de 18 graus, o clima não foi bem o que os atletas esperavam e o tão aguardado recorde mundial terá que esperar um pouco mais para ser ameaçado novamente.
Aos 30 anos, o etíope Guye Adola venceu com o tempo de 2:05:45. Esta é a sua segunda participação em Berlim. Em 2017, ele foi segundo colocado com o tempo de 2:03:36. Na segunda colocação, ficou o queniano Bethwel Yegon, com 2:06:14.
O etíope Kenenisa Bekele, que encabeçava a lista dos melhores no startlist com o tempo de 2:01:41 (segunda melhor marca do mundo) e de quem até se esperava um possível recorde mundial, ficou na terceira posição, com 2:06:47.
Os coelhos até que tentaram levar os líderes a correr em cima da marca do queniano Eliud Kipchoge (obtida em 2018 em Berlim) até a primeira parte da corrida, mas o clima quente (para os padrões europeus…) atrapalhou os planos dos atletas.
Estavam mais quatro corredores juntos com Bekele e Adola: os quenianos Philemon Kacheran e Abraham Kipyatich e os etíopes Tesfaye Lencho e Olika Adugna.
Bekele perdeu o contato com os líderes entre os km 17 e 18. Ele até se juntou de novo no km 27, quando houve uma desaceleração no ritmo, mas pouco depois ficou novamente para trás.
Adola assumiu a frente um pouco antes do km 35 e, quando parecia não ter mais concorrente, Yegon, no km 40, apareceu ao seu lado, mas não com força suficiente para tirar a primeira vitória do etíope em Berlim.
Estreante nos 42 km brilha no feminino
Na prova feminina, quem levou a melhor foi a também etíope Gotytom Gebreslase, de 26 anos, que estreou na distância e surpreendeu as favoritas, vencendo com 2:20:09, terceira marca mais rápida do mundo este ano. Ela assumiu a ponta sozinha faltando 10 km para o final.
O pódio das mulheres em Berlim foi formado só por etíopes. Hiwot Gebrekidan ficou em segundo, com 2:21:23, e Helen Tola fechou a prova na terceira posição, com 2:23:05.
A tradição de esperar os primeiros colocados com uma faixa garante fotos legais, mas há sempre o risco de quedas, A faixa deveria ser levemente picotada, para que ela se rompesse facilmente, com a passagem do atleta. Há alguns anos, em uma chegada disputada na Maratona de Chicago, um dos finalistas escorregou no piso plástico bonito que havia debaixo do pórtico e caiu de cabeça. Depois disso, devem ter sido trocados os tapetes na chegada…
Fotos: SCC EVENTS/Sebastian Wells/OSTKREUZ