Notícias admin 23 de junho de 2015 (0) (263)

Maratona de Montevidéo: vento e percurso contra

No dia 26 de abril ocorreu a segunda edição da Maratona de Montevidéo, com 2.107 concluintes nos 21 e 42 km, entre eles 87 brasileiros. Tendo pela primeira vez o patrocínio master da Adidas, a meia foi palco para o Sul-Americano da distância e a maratona valeu como campeonato nacional.
O evento apresentou falhas de comunicação. O assinante Marco Enrico Troiano, de São Carlos, SP, que correu a maratona com intuito de conhecer novas provas, comentou que informações básicas sobre a prova como pontos de hidratação, guarda-volume, locais dos banheiros químicos e até mesmo o horário da largada só poderiam ser encontrado por quem tinha facebook, o que causou transtorno a quem opta em não fazer parte dessa mídia social. O próprio site pecava em não divulgar elementos básicos, como o regulamento.
Ainda era escuro nos arredores do Palácio Legislativo, local da largada, às 7 horas da manhã. O público se aglomerava, seja aquecendo ou na fila dos banheiros, que contavam com um grupo de limpeza, deixando-os impecáveis. O termômetro marcava a agradável temperatura de 12 graus e nem o sol que abriu logo nos primeiros quilômetros foi problema para os participantes. A maior parte do percurso é pela avenida beira-mar, toda plana, correndo-se nos dois sentidos, mas com uma forte e desaminadora subida perto do final.

VENTRO CONTRA. O problema mesmo foi o forte vento, algo não raro para quem já visitou a região. O vencedor da meia-maratona, e do sul-americano, o brasileiro Gilmar Lopes Silvestre, foi um dos que se surpreendeu com essa dificuldade. Atleta da equipe Pé deVento e vice-campeão da etapa do Rio de Janeiro da Golden Four Asics, duas semanas antes, tinha planos de completar em 1h03, mas por ter corrido sozinho de ponta a ponta (o segundo colocado, o uruguaio Miguel Mallma, chegou em 1h07), e devido à forte subida no km 19, fechou em 1:05:43. Sem contar que, por um erro de comunicação dos organizadores, Gilmar foi junto com o pelotão da maratona e passou do ponto de retorno da meia por cerca de 90 metros, mas estava tão a frente que não o prejudicou quanto à classificação.
Já a outra integrante da delegação brasileira para o sul-americano, Adriana Aparecida da Silva, chegou na segunda colocação, com o tempo de 1:16:36. A atleta do Clube Pinheiros, que conseguiu o índice para o Pan-Americano na Maratona de Nagoya no início de março, estava satisfeita com o resultado em Montevidéo, uma vez que teve pouco tempo de recuperação e de preparação (foi chamada pela CBAt dez dias antes da competição), mas, não titubeou em dizer que se houvesse menos vento contra sua prova seria bem melhor.
Para aqueles que completaram a maratona, como Marcos Troiano, o vento igualmente atrapalhou. Mas foi o percurso que incomodou mais. Sem acesso à altimetria, não disponibilizada no site oficial, muitos esperavam algo próximo das provas vizinhas, como Punta, Porto Alegre ou mesmo Buenos Aires. Mas o que encontraram foi muitos sobe e desce.
Contudo, a hidratação, que era feita ora em saquinhos, ora em garrafinhas a cada 3 km, e que foi abundante para os meio-maratonistas, pecou sobretudo no último quarto para os maratonistas. Ainda pior foi o funil nos últimos 500 metros, formado por pessoas que, querendo incentivar os concluintes, mais atrapalhavam, impedindo que dois corredores passassem ao mesmo tempo, sem ter nenhum staff para controlar.
Os campeões nos 42 km, com altos tempos, foram os uruguaios Aguelmis Rojas (2:20:59) e Maria Laura Bazallo (2:58:28). Para mais informações, o site oficial é www.maratonamontevideo.com.uy

 

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