Foi com grande tristeza que fiquei sabendo da interrupção da publicação da Contra Relógio. Me tornei assinante em 2009, quando fui participar da Volta da Pampulha, e conheci pessoalmente o editor na “banquinha da CR”, que ele montava pelo menos nas principais provas do Brasil, geralmente nos locais de entrega do kit. Ali começa uma relação com a CR que durou 12 anos. Neste período tive o prazer de ver algumas narrativas minhas sobre a participação em maratonas importantes, como a de Berlin-2011, onde tive a felicidade de bater meu recorde pessoal (03:57:05), que me valeu inclusive a primeira qualificação para Boston, onde corri em 2012. Voltei a essa maratona na edição de 2017, ano em que o editor também estava lá para comemorar seus 70 anos.
Estamos nos sentindo meio órfãos, pois a CR sempre foi uma revista “escrita por corredores para corredores”. Sabemos que na atual crise em que o Brasil vive, por conta da pandemia do Covid19, a sobrevivência de muitas empresas ficou inviável. Como tocar um negócio que vive das corridas, se não as estamos tendo? É uma equação impossível de resolver. Gostaria de expressar a minha solidariedade a todos que ao longo desses anos contribuíram para que a CR se tornasse em um dos melhores veículo de informação para os amantes das corridas. Espero que tudo isso passe e que nós corredores possamos voltar a colocar o número de peito e cruzar uma linha de chegada, com o orgulho de dever cumprido.
Segue uma foto tirada do grupo que foi correr a Maratona de Boston – 2017.
Ismar Marques
Campinas, SP