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Notícias André Savazoni 24 de setembro de 2020 (0) (134)

Após quase 6 meses, Londres volta a receber provas de corrida de rua

Por Marina Izidro | De Londres, especial para a CR

Depois de quase seis meses de corridas virtuais e treinos solitários por causa da pandemia, as provas de rua finalmente voltaram em Londres! Este mês, no dia 20 de setembro, participei de uma das primeiras: a Queen Elizabeth Olympic Park 5k & 10k, dentro do Parque Olímpico dos Jogos de 2012.

Assim que cheguei ao local da prova, percebi que seria uma experiência bem diferente das outras. No “novo normal” das corridas por aqui, a regra é evitar ao máximo o contato físico entre as pessoas. As medidas de higiene e segurança eram muitas. Na retirada do número de peito, um plástico separava os corredores de quem o estava entregando.

A largada foi em ondas com cerca de meia hora de intervalo entre cada uma delas – eu estava na terceira. Quando chegou a minha hora de correr, precisei entrar em uma fila única, para evitar aglomerações, e um dos organizadores autorizava a saída de apenas quatro pessoas por vez. Esse processo durou algumas horas, já que havia quase 600 inscritos, mas durante o percurso deu para ver na prática os efeitos desse cuidado: era possível manter o distanciamento social de pelo menos um metro com tranquilidade.

No trajeto, uma placa dizia: “proibido cuspir”. Se à primeira vista pode até parecer curioso, em tempos de coronavírus é uma orientação que faz todo sentido.

Na chegada, mais uma medida de segurança: as medalhas não eram entregues. Elas estavam sobre uma mesa e cada participante pegava a sua. Ao lado, estava uma das muitas estações de álcool em gel.

Infelizmente, nem todas as corridas puderam voltar na capital inglesa. As maiores, em que seria impossível evitar aglomerações e fazer distanciamento social, foram canceladas ou sofreram adaptações. A mais tradicional delas, a maratona de Londres, vai ser apenas para atletas de elite, e passou de abril para o dia 4 de outubro. Os 45 mil corredores amadores que participariam da prova vão ter que escolher entre uma corrida virtual e/ou disputá-la em 2021, 2022 ou 2023. Além disso, a pandemia ainda preocupa no Reino Unido. Os casos de coronavírus voltaram a subir no país e existe o temor de um possível novo lockdown nos próximos meses, com a chegada do inverno europeu.

Por tudo isso, nesse momento de tanta incerteza, me senti ainda mais privilegiada por ter disputado essa prova, sentido o sol e o vento no rosto, encontrado outros corredores que saíram do Parque Olímpico com a mesma sensação de felicidade que eu. Meu tempo me surpreendeu positivamente: 10 km em 55:29! Foi mais do que o meu melhor tempo nessa distância, de 52 minutos, mas, como eu não estava treinando com tanta regularidade nos últimos meses por causa da pandemia, completar já foi incrível. E o mais importante de tudo: as regras não foram um problema, pelo contrário, ajudaram. Eu me senti segura.

A reportagem completa sobre a prova londrina estará na edição de outubro/novembro da revista Contra-Relógio, que traz também o Guia do Tênis do segundo semestre.

 

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