Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (87)

Recordes na Meia da Asics em São Paulo

A etapa de São Paulo da Golden Four Asics, realizada dia 3 agosto, com largada e chegada no Jockey Club paulistano, teve quebra de recorde do percurso no feminino e de concluintes, com 5.238. Isso consolida a prova como a terceira maior do país, atrás apenas da Meia Internacional do Rio e da meia realizada dentro da Maratona do Rio. Em relação a essa etapa no ano passado, o crescimento foi de 18%, já que em 2013 terminaram 4.435 corredores.
Os números só não foram maiores porque as inscrições eram limitadas e acabaram rapidamente. E na prática não é possível mesmo aumentar o número de participantes, em função das restrições de espaço na concentração/dispersão, além de os primeiros quilômetros serem bem congestionados, mesmo com a implantação das baias na largada (pelo critério de ritmo previst0), mas que, como se sabe, não costumam ser respeitadas.
A queniana Edinah Mukhwana completou os 21,1 km em 1:15:16, quebrando o recorde da prova que, desde 2011, pertencia a Adriana Aparecida da Silva, com 1:16:01, e que desta vez ficou na terceira colocação, atrás de outra queniana. Grazielle Pedroso e Larissa Marcelle Quintão completaram o pódio.
No masculino, também vitória africana, com Edwin Kibet marcando 1:04:59. Solonei Rocha da Silva foi o segundo (1:05:22), seguido de Rafael Santos de Novais, Vágner da Silva Noronha e José do Nascimento Souza. A próxima edição da Golden Four será realizada no dia 9 de novembro, em Brasília. As inscrições custam R$ 110 e podem ser feitas no site www.golden4asics.com.br. Assinantes da Contra-Relógio têm 10% de desconto.
O abastecimento no percurso foi até exagerado, já que havia Gatorade e em seguida água a partir do km 3 e nesse intervalo até o fim. Assim, constatou-se um fato curioso no começo: mesas com o repositor repletas de copos, mas pouco procuradas. Entretanto, muita gente usou e abusou desse abastecimento, passando mal e vomitando o excesso. Em um dia com temperatura amena e sol suave, o equivalente a pouco mais de 1 copo de líquido (tomado em goles em cada posto) costuma ser mais do que suficiente para hidratar, mas com a cultura do "beba mesmo sem ter sede", defendida por alguns treinadores e nutricionistas, o resultado costuma ser realmente o mal-estar.
E se não bastasse a boa oferta de isotônico, a organização ainda disponibilizou sachês de carboidrato na altura do km 14. Também devem ser elogiadas as mudanças no percurso, retirando-se as muitas curvas que existiam na Cidade Universitária da USP.

MINHA CORRIDA. A Meia da Asics serviu como um teste na minha preparação para a Maratona de Berlim, no final deste mês. Convidado pela Adidas em meados de julho, quando estava correndo apenas uns 50 km por semana, comecei a treinar e decidi fazer a prova paulistana como uma avaliação de minhas reais condições.
Entrei nos 21 km da Asics imaginando ir a 6 min/km, o que significaria fechar em 2h06, mas me conhecendo e sabendo que sou um pouco "animado", procurei me controlar e completei em 2h03, não esgotado. Na altura do km 18 vi passar o marcador de ritmo de 2 horas, sozinho, e por pena até pensei em acompanhá-lo, mas me contive. No dia seguinte constatei que tinha feito a coisa certa, pois estava praticamente sem dores e, principalmente, sem as panturrilhas doloridas, fato que sempre ocorre quando corro uma meia-maratona no limite.
A performance me deixou esperançoso de evoluir bem no treinamento de quilometragem crescente (apresentado na edição passada e um pouco modificado nesta – seção Contra-Corrente) com vistas a Berlim, onde espero conseguir manter um ritmo de 6 min/km, se possível um pouquinho menos, para quem sabe fechar em até 4h10, que é o índice de qualificação em minha faixa etária (65/69 anos) para a Maratona de Boston.

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