20 de setembro de 2024

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Sem categoria admin 10 de março de 2015 (0) (111)

Em Berlim, para a 37ª maratona!

Convidado pela Adidas para correr a Maratona de Berlim, dia 28 de setembro, não titubeei e aceitei na hora. Eu só uma vez estive na capital alemã para sua famosa prova e palco de vários recordes mundiais. Foi em 1999, ano seguinte ao da vitória de Ronaldo da Costa, com 2:06:05, melhor marca do mundo então.
O convite aconteceu em meados de julho, quando andava fazendo somente uma rodagem básica, de menos de 50 km por semana, em 3 dias de treino. Me preparar para a maratona em apenas 2 meses não chegava a ser novidade para mim, porém agora a idade já passa a ser uma dificuldade a mais, como venho constatando nos meus atuais 67 anos.
Apesar disso, me lembrei de que tenho 32 maratonas nas costas, entre as aqui no Brasil e algumas lá fora, além de 2 provas de 50 km, e que quando tinha 60 e 61 anos fiz a Comrades na África do Sul, completando os 89 km "em descida" e os 87 km "em subida", em respectivamente 10h54 e 10h12. Portanto, bagagem não falta e, como vontade para correr também não, fiz o planejamento para as 10 semanas de treino, que incluía perder pelo menos 3 kg, para que as dores nas costas não incomodassem muito.
Meu "método de quilometragem progressiva" é exatamente o que diz o nome, apenas adaptado para tempos e não distância. Ou seja, as corridas são por tantas horas e minutos, apesar de imaginar quanto devo percorrer a cada vez, por conhecer os percursos.
Dessa forma, iniciei para valer minha preparação para Berlim no dia 14 de julho, quando estava escrevendo esta matéria, o que me dará 10 semanas até o último treinamento no dia 21 de setembro, já que na semana da prova faço apenas trotes leves e procuro descansar bastante.
E a programação é extremamente simples: apenas rodagem, sem nada de sessões de qualidade, 3 vezes por semana. Comecei com 1h30 na terça, 1h45 na quinta e 2h no domingo, aumentando de 10 a 15 minutos cada treino, o que vai redundar em algo em torno de 3h, 3h30 e 4h na última semana, ou qualquer coisa como 100 km semanais.
Depois é sair no dia com o freio de mão um pouco puxado, pois ao me preparar para uma maratona, mesmo que neste jeito meio "expresso", costumo não me controlar muito bem e aí pago o preço no terço final. Quem sabe desta vez consigo o índice para Boston (4h10), o que não aconteceu em minhas duas últimas tentativas (Santiago 2011 e Punta del Este 2012).

Em 15 anos, quase três vezes mais participantes

Em 1999, a Maratona de Berlim tinha em torno de 15 mil corredores, além de uns 3 mil na competição de patins. A largada foi tranquila e mesmo quem se posicionou na última baia não demorou mais de 4 minutos para cruzar o pórtico. Não havia dificuldade para se fazer inscrição, corria-se sem problemas praticamente desde o começo e nenhum congestionamento se enfrentava nos postos de abastecimento.
Ou seja, absolutamente ao contrário do que se verifica na prova alemã de alguns anos para cá, em função dos 40 mil participantes. Agora, é necessário ficar atento às inscrições e passar por sorteio, como, aliás, vem acontecendo em outras "majors". E esse é o motivo de muita gente estar fugindo dessas maratonas badaladas e gigantes, apesar de outro tanto fazer questão de corrê-las e, se possível, as 6 (Nova York, Boston, Chicago, Londres, Berlim e Tóquio).
Mesmo com a excelente organização e as baias na largada, relatos de assinantes nos contam que não é fácil cumprir os primeiros quilômetros no ritmo desejado, sendo necessário algum malabarismo para conseguir pegar água e não perder tempo nos postos do percurso. Por outro lado, o trajeto é absolutamente favorável a resultados, assim como o clima – com raríssimas exceções -, muita gente no percurso estimulando, etc.
Tudo isso vou checar no dia 28 de setembro e relatar aos leitores na CR de novembro. Aguardem!

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