Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (85)

Meia das Cataratas: cada vez mais rápida

Se colocarmos no papel, de todas as corridas de 21 km disputadas no país, a Meia-Maratona das Cataratas não deveria ser uma prova rápida, pois é cheia de sobes e desces. A umidade também é enorme, até pelo fato de se estar ao lado das Cataratas e também por causa da vegetação densa e preservada. E a temperatura? Talvez seja esse o fator que faça com que se rasgue o papel.
Neste ano, houve duas mudanças na prova – a data, que foi antecipada em relação ao ano passado, e o horário de largada, uma hora a mais (das 7h30 para as 8h30). No momento da largada, os termômetros marcavam em torno de 16 graus e o público que compareceu ao Parque Nacional das Cataratas para acompanhar a chegada da prova pode testemunhar tempos rapidíssimos, notadamente entre os homens.
O sol apareceu e fez com que o grande charme da prova pudesse ser apreciado: a vista deslumbrante das quedas d´água. No ano passado, devido à forte neblina, os corredores não puderam ter esse privilégio, o que decepcionou muitos.
Uma das características marcantes da prova é o cuidado com os corredores em geral. Na entrega de kits, que sempre acontece sem problemas, era possível ver os atletas de elite circulando e conversando animadamente com os amadores. O mesmo se repete no ótimo jantar de massas na noite anterior à competição, que é uma grande confraternização (o jantar é pago à parte – R$ 25 por pessoa). Era impossível para Solonei Rocha, Paulo Roberto de Almeida ou Franck Caldeira ficarem um minuto sentados à mesa, sem que alguém pedisse para tirar uma foto com eles.

A PROVA. Já no km 3, o grupo de quenianas foi à frente e não deu chance às brasileiras, que tiveram Roselaine de Souza Silva como a melhor colocada (6ª). A vitória ficou com Nancy Jepkosgei Kipron, do Quênia, com 1:11:40, seguida da tanzaniana Sara Makera (1:12:08) e da também queniana Leah Jeropitch (1:13:09). Entre os homens, o grupo formado pelos quenianos Mark Korir e Edwing Kipsang, e pelos brasileiros Giovani dos Santos e Daniel Chaves tomou a ponta logo após a largada. Daniel sentiu cãibras e abandonou, mas Giovani seguiu os quenianos até o último quilômetro, quando Mark Korir se descolou para fechar a prova com 1:01:21 – novo recorde do percurso. Kipsang completou 6 segundos depois e Giovani, com excelentes 1:01:40, viu seu recorde pessoal da distância (obtido lá mesmo, em 2012) baixar mais de 20 segundos. "Eu achei bom, porque antigamente eles completavam uns 2 minutos na minha frente e agora eu estou chegando junto. Basta continuar treinando para um dia ganhar essa prova", disse Giovani.
Todos os corredores, elite ou amadores, foram unânimes em "reclamar" do fato de o último quilômetro da prova ser em subida – se é que isso pode ser considerado uma reclamação. Cá entre nós, bater recorde pessoal em meia-maratona com uma chegada em aclive é um orgulho e tanto. Giovani que o diga.
A prova teve pouco mais de 2.300 concluintes (recorde de participação) e os resultados estão em www.meiamaratonadascataratas.com.br.

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