Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (78)

Mizuno 10 miles em SP

O Mizuno 10 Miles começou bem e grande este ano. Dia 21 de abril São Paulo fez a estreia do circuito, que engloba sempre três provas: 2,5, 5 e 10 milhas (4, 8 e 16 km). A largada é única, o que significa uma multidão aglomerada. A organização, a cargo da CCM, até que procurou tornar a saída não muito lenta, estabelecendo bolsões por ritmo previsto indicado por cada inscrito, e fazendo um controle na entrada dessas baias. De forma geral o esquema funcionou, mas em função dos muitos participantes (e de uma minoria que não respeitou a separação dos currais) o primeiro quilômetro foi congestionado.
Fato hoje raro nas principais provas, houve um atraso de 10 minutos na largada, mas curiosamente não se viram reclamações, mesmo porque boa parte dos participantes seguia calmamente para as baias quando teoricamente deveria estar acontecendo a saída. Os lá do fundo devem ter cruzado o pórtico com mais de 5 minutos após a sirene de largada. Terminaram as 3 provas 5.189 corredores, com número expressivo de mulheres. Foi feito 1 minuto de silêncio, antes da largada, pelo ocorrido em Boston.
Entre os pontos positivos do evento, a entrega de presilhas de plástico para o número de peito (não precisando furar a camiseta), a perfeita hidratação, a não permissão para que os poucos "sem número" fizessem o trecho final dentro do Jockey, a eficiente área de chegada e a dispersão. Já entre os negativos, além do atraso, a falta de marcação de km, não permitindo às pessoas saberem o ritmo em que estavam correndo e até quanto tinham corrido ou o que faltava. Havia marca de milhas, mas como estamos no Brasil e a absoluta maioria dos corredores brasileiros pensa em quilômetros, não custava a organização colocar pelo menos uma placa nos 8 ou 10 km. Outra reclamação ouvida foi quanto à demora e bagunça na devolução do guarda-volumes.
Vale lembrar que nas grandes maratonas do exterior, em que as marcas de milhas são adotadas, já que é uma medida do país, também se posicionam algumas placas de km. Por outro lado, a prova da Mizuno ofereceu um ponto com esponjas molhadas (usual em algumas corridas lá fora, por norma da AIMS), o que é algo meio sem sentido, uma vez que os corredores estão acostumados a molhar a cabeça com o resto da água dos copos.
A vitória nas 10 milhas foi de Valdir Sérgio de Oliveira, com 51:08, seguido de Elson Gracioli (52:21) e Antonio da Costa (52:40). Já no feminino venceu Marily dos Santos, em 1:01:35), depois Conceição de Oliveira (1:01:36) e Michele Maxilene (1:05:59). Resultados no site www.mizuno10miles.com.br. A próxima etapa do circuito será no Rio de Janeiro, dia 23 de junho.
O "novo" público – Nesta edição, a repórter Yara Achôa apresenta mais uma matéria da série "CR 20 Anos", desta vez abordando a mudança de perfil dos corredores brasileiros nas duas últimas décadas, agora mais preocupados com saúde e convivência saudável, do que com performance, e em um patamar mais alto de renda.
Após minha participação na Mizuno de SP, acrescento nessa evolução dos participantes de corridas no país o enorme rejuvenescimento que ocorreu, talvez ficando hoje a idade média em torno dos 30 anos, enquanto há 20 e mesmo 10 anos, esse índice devia ser de 40 anos. Igualmente ficou flagrante o "embranquecimento" dos corredores, pelo menos em corridas na capital paulista, assim como o crescimento acentuado de participantes com olhos puxados.

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