A cidade de Poços de Caldas, no sul mineiro, atraiu mais de mil corredores para os 16 km da 31ª Volta ao Cristo, no dia 27 de janeiro, vencida por Rogério Ferreira em 54:41, e por Rosângela Faria, 1:07:35.

No sábado, durante a retirada do kit, havia preocupação da organização (secretaria de esportes do município) e dos participantes em relação ao percurso de descida, em função das chuvas, o que poderia atrapalhar o evento, inclusive com mudanças no trecho de morro. Mas o domingo amanheceu nublado e sem chuvas, permitindo que todo o percurso fosse feito pelos corredores, sem problemas, apenas eventualmente alguns escorregões na descida pela estrada de terra.

Entre as muitas equipes participantes, destaque para a Pé que Voa, de Poços, dirigida por José Luis Azevedo, com 40 inscritos, a maior parte mulheres. Outro grupo, presente pela segunda vez, era o Corre Brasil, de São Paulo, cujo técnico Augusto Cesar preparou seus alunos para as subidas, treinando no Pico do Jaraguá. "Essa prova serve como treinamento no período de base e é uma boa ferramenta de avaliação para quem quer competir bem durante o ano", comentou.

Diferentes opiniões – A advogada Tatiana Moretti de Souza, de São João da Boa Vista, aprovou o percurso e destacou: "O grau de dificuldade é grande, subi andando quase todo o trecho de 4 km, mas descontei nas descidas; gosto muito de percursos que exigem do corpo e da mente". Já para o militar José Roberto Lamosa, morador de Ubatuba, que com esse desafio completou 23 corridas em apenas 1 ano e quatro meses, "a Volta ao Cristo é uma ótima prova, que estimula a voltar".
O fisioterapeuta Felipe Oliveira encarou realmente como um desafio, já que nunca tinha feito nem provas de 10 km. "Realmente o percurso exige muito da musculatura e dos ligamentos, mas a prova não é um bicho papão. Volto em 2014 para melhorar meu tempo."
Quem estreou na prova foi o analista e programador Fabio Namiuti, de São José dos Campos, que há muito tempo vinha programando sua participação. Na chegada, comemorava: "Após as duras subidas e os difíceis quilômetros de descida, eu me sinto um verdadeiro campeão. Isso, por si só, já fez valer o dia. Estou perseguindo essa prova desde que entrei no mundo das corridas em 2002 e chegou a vez dela agora, e num momento especial, essa foi minha competição nº 250", concluiu Namiuti.

De BH e do Canadá – A administradora Patrícia da Costa Gomes viajou de Belo Horizonte para dar apoio na participação do namorado. "Eu corri em Poços no ano passado e gostei muito, apesar das subidas mais difíceis que já fiz na vida; mas desta vez, por estar sem treinamento adequado, resolvi não arriscar e apenas torcer pelo meu namorado, Ricardo Bacelar."

Paulo Costa de Oliveira é caldense e há 5 anos reside em Vancouver/Canadá. "Foi legal voltar e superar esse percurso. A lama lá em cima estava um sabão, mas faz parte do desafio; se fosse fácil, não teria graça." Paulo ressaltou que tinha 18 anos quando participou da Volta do Cristo pela primeira vez e atualmente, com 30 anos, agradece o estímulo da mãe, corredora da equipe Pé que Voa – Heloiza Costa Oliveira, que venceu na categoria 50 anos.

Resultados completos no site www.runnerbrasil.com.br.