O Brasil manteve a longa hegemonia no 51º Campeonato Sul-Americano de Atletismo, encerrado neste domingo (dia 26), no novo Estádio de La Videna, em Lima, no Peru.
A equipe brasileira, composta por 60 atletas, conquistou os três principais troféus da competição (masculino, feminino e geral) e fez uma grande festa na pista, que abrigará o torneio de atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Lima, de 27 de julho a 11 de agosto.
Foram 377 pontos na classificação geral (180 no masculino e 197 no feminino). A Colômbia ficou em segundo lugar, com 288, seguida da Venezuela, com 153 pontos, no geral.
Foi a 32ª vitória do Brasil em 51 edições, sendo a 24ª consecutiva no masculino. No feminino, foram realizadas 40 competições na história, sendo que a seleção também ganhou 32 (a 25ª de forma seguida).
Em Lima, a seleção ganhou 44 medalhas nos três dias de competição, sendo 15 de ouro, 19 de prata e 10 de bronze.
A velocista carioca Vitória Rosa voltou a brilhar ao vencer neste domingo (dia 26) os 200 m, com 22.90 (0.8), depois de ter ganhado na sexta-feira (dia 24) os 100 m, com 11.24 (0.6), repetindo em ambas as provas os índices exigidos para o Mundial de Doha, no final de setembro e início de outubro.
“A Vitória está amadurecendo. É uma atleta jovem, em franca evolução e com potencial para evoluir mais. Vai fazendo resultados, vai adquirindo confiança. Esta foi a primeira competição forte da Vitória neste ano nos 200 m”, disse o técnico Katsuhico Nakaya. “Ela está numa lista de espera para correr os 200 m na Liga Diamante de Oslo, na Noruega, no dia 13 de junho.”
A velocista, porém, já tem duas participações confirmadas nos 100 m da Liga Diamante: em Roma (ITA), dia 6 de junho, e em Rabat, Marrocos, dia 16 de junho.
Outro destaque do último dia de competições foi o paulista Altobeli Silva, medalha de ouro nos 5.000 m, com 13:50.08. Altobeli já havia ganho a prata nos 3.000 m com obstáculos no sábado (dia 25), com 8:38.43.
SUSTO. A delegação brasileira foi acordada por volta das 3h deste domingo (dia 26), no horário local, por tremores de terra, fato normal para os moradores da região, mas assustador para visitantes como os competidores do Sul-Americano de Atletismo, no Hotel Maria Angola.
“Acordei assustada, perdida, achando que estava no Brasil. Aí me vi em Lima, me lembrei de terremoto e avisei as meninas do quarto desci para a recepção”, disse Anny de Bassi, campeã sul-americana com o revezamento 4×100 m. “Aí disseram que é normal, que esse foi mais forte, mas que podíamos voltar a dormir.”
Um especialista em terremotos acalmou a delegação. O barreirista Mahau Suguimati, que vive no Japão. “O tremor era de lado a lado, as coisas balançavam, situação normal. O pior é quando é de cima para baixo. Aí tem de sair correndo”, disse o atleta dos 400 m com barreiras.
O tremor teve magnitude 8 graus na escala Richter e foi detectado no Alto Amazonas, e também foi sentido no Equador, no Acre e no Amazonas. Há relatos de seis feridos no Peru e de outros seis no Equador, de acordo com informações da CBAt.