André Savazoni
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O esporte de elite tem uma regra básica: vence quem é o mais rápido, quem chega na frente. Bem, quase sempre. Na categoria handcycle (a bicicleta para amputados) da Maratona de Nova York, será diferente neste ano. Quem é muito rápido, completando o percurso abaixo de 1h30, está fora da disputa. A medida atingiu o italiano Alessandro Zanardi, atual campeão, que venceu a prova em 1h13 no ano passado.
Zanardi, dono de duas medalhas de ouro na Paraolimpíada de Londres neste ano, é hoje um dos principais atletas do mundo. De acordo com a organização de Nova York, a medida foi tomada por questões de segurança, já que o trajeto é muito sinuoso e oferece riscos devido à velocidade. A medida não atinge as cadeiras de rodas, que são “mais lentas”.
O professor Mario Mello, de São Paulo, da Achilles, que treina e acompanha o grupo brasileiro em Nova York e outras competições, tinha conhecimento desse veto aos “rápidos” do handcycle. A medida atingiu mais quatro atletas, além de Zanardi.
“A Achilles me informou que foi a organização na Maratona de NY que definiu isso. Em relação a 2011, havia apenas cinco atletas, inclusive nosso atleta Fernando Aranha, que acabou mudando para cadeira, coisa que nem todos fazem ou gostam. Achei estranho vetar cinco atletas apenas, além do que, como vai ser este ano (no handcycle): todo mundo tem de ir devagar? Muito estranho”, afirmou Mello. “Em minha intuição, eles querem fortalecer os cadeirantes. A premiação para esta categoria é muito boa.”
A Maratona de Nova York será disputada no dia 4 de novembro.
Foto: Divulgação
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Acho que eles poderiam largar bem mais cedo e ter controles nos pontos críticos do percurso.
Na verdade mesmo a categoria handcycle pertence ao esporte paraciclismo e não ao para-atletismo. Portanto em uma maratona deve-se dar prioridade aos maratonistas cadeirantes. E como trata-se de uma maratona acho até que poderiam eliminar a categoria handcycle e ter somente os cadeirantes.
Estranho, mas se seguir o raciocínio do JC é razoável: é ciclismo e não atletismo. O problema é terem permitido ao Zanardi e aos outros rapidinhos participarem desde que façam a prova acima de 1h30 (?). Se fosse o Zanardi, um cara bem malucão e conhecido, pensaria na hipótese de fazer a prova toda no pau, parar a 10m da linha de chegada e esperar dar 1h30 pra cruzar… e lógico, alegar que “quebrou” no final da prova!