Assinantes de diversas regiões do país respondem às mesmas três perguntas: qual prova adorou, qual detestou e qual sonha em fazer?
A troca de experiências e vivências é um dos pontos positivos do mundo do esporte e da corrida. Nas rodas de conversas e de bate-papo, o tema está sempre em evidência. Neste mês, apresentamos comentários de cinco assinantes.
Quer participar desta seção nos próximos meses? Envie e-mail para respondendo às três questões e os motivos de cada uma: ADOREI, DETESTEI e SONHO. Anexe também pelo menos duas opções de fotos correndo.
ADOREI. Maratona de Porto Alegre, na edição de 2016. Os termômetros marcavam temperaturas em torno de 5 graus, o que para mim é um frio congelante! Porém, tudo se encaixou nesse dia. Clima excelente para correr ao lado do percurso favorável. Consegui fechar os 42 km abaixo de 3h10, sendo o meu melhor tempo até hoje, que me credenciava para tentar uma vaga para a Maratona de Boston, mas fiquei no ponto de corte.
DETESTEI. É muito difícil classificar como “detestei” alguma prova, pois me divirto em todas que já corri. Porém, a Maratona Caixa da Bahia, realizada em 20/12/2015, foi terrível. Uma corrida de 42 km realizada em pleno Verão no Nordeste, com calor próximo aos 40°C. Percurso praticamente 100% na orla de Salvador, sem uma sombra sequer. A hidratação foi bastante falha, com água a cada 4 km após o km 32. Parei de correr no 38 e caminhei até o final, terminando com tempo de 3h38 muito desidratado e queimado do sol, apesar de ter usado muito protetor solar.
SONHO: A Maratona de Boston é meu grande sonho e objetivo. Mas só considero válido se realizar esse objetivo pelo índice. Sei que não é uma maratona para fazer o melhor tempo, mas saber que você está ali por ter conquistado a qualificação deve ter um gosto bem especial. Quem sabe um dia…
Claudio da Fonte Cavalcanti, de Recife
ADOREI. Foram duas as minhas provas mais especiais. A Maratona de Buenos Aires em 2014 e a de Montevidéu em 2016, por alguns motivos. A primeira é maravilhosa, bem organizada, larga cedo, clima agradável e trajeto excelente, todo plano, fora o custo-benefício… Foi tanto a minha primeira maratona no exterior quanto a primeira viagem para fora do país e ainda sozinha. Uma experiência ótima e ainda fiquei no segundo lugar na categoria. Escrevi para eles e me enviaram o troféu, comprovando a boa organização. Me senti respeitada e valorizada. Na de Montevidéu foi a primeira vez que a minha família pode me acompanhar e ter torcida sempre é muito bom. A corrida é bem organizada, mas o clima, devido ao vento, não muito favorável. Assim mesmo, consegui meu recorde pessoal (3:37:40) e primeiro lugar na idade, com direito a um troféu imenso.
DETESTEI. A pior prova que fiz até hoje foi a Corrida da República, 10 km, no dia 15/11/2013, em Bebedouro, no interior de São Paulo. Para essa prova, o chamativo era a premiação em dinheiro para o geral e para categorias. Com isso, muitos atletas de elite e do geral de vários lugares do Brasil e até do exterior foram participar, só que a prova foi realizada à tarde, com temperatura de 38 graus, com hidratação insuficiente, os corredores paravam e faziam fila nos locais que as pessoas lavavam o carro, para beber água. Foi horrível. Tanto que essa corrida só teve uma edição!
SONHO. A Maratona de Nova York, pelo que comentam ser a melhor de todas em relação à experiência em se correr em uma metrópole. Na sequência, colocaria as de Amsterdã, Paris e Londres.
Ana Maria Minarelli Gaspar, de Araraquara
ADOREI. Gosto muito de correr maratonas e a que mais gostei foi a de Foz do Iguaçu 2015. O percurso é muito duro, mas, em compensação, trata-se de uma cidade maravilhosa, onde você pode conhecer pontos turísticos belíssimos e ainda fazer algumas compras no Paraguai e Argentina. A maratona é muito bem organizada, com valores de inscrição bem abaixo da média, transporte gratuito oferecido pela organização. Premiações em dinheiro para todas as categorias, mostrando respeito e valorização aos atletas competitivos.
DETESTEI. A que mais me decepcionou foi a Corrida de São Silvestre. Quando comecei a entrar no mundo das corridas, lógico que sonhava em corrê-la. Minha última participação foi em 2011, quando já a corria somente por imposição da equipe dos Correios. É uma prova que não respeita o atleta; o valor de inscrição é absurdo pela quantidade de participantes; não tem pelotões de largada por tempos, mas sim para quem paga mais na inscrição mesmo sem ser atleta; não tem qualquer premiação nas faixas, desmotivando quem não tem condições de brigar pela geral. Assim, uma prova que não tenho mais a mínima vontade de participar.
SONHO. A Meia-Maratona de Lisboa, para conhecer a capital portuguesa pela qualidade dos atletas e do percurso favorável para obtenção de resultados. O início lembra muito o da Corrida da Ponte que era realizada na cidade do Rio de Janeiro.
Adelmo Emídio da Silva, de Mogi das Cruzes
ADOREI. A São Paulo City Marathon no dia 29 de julho último, prova que escolhi por dois motivos. Primeiro, para me eleger ao Ranking da CR, o que consegui ao fechar em 3h26, bem abaixo dos 4h15 da minha faixa 55/59 anos). A segunda razão era superar meu recorde pessoal conquistado na Maratona de Santiago, em abril deste ano e que completei em 3h21, mas infelizmente não tive sucesso, em função de longa parada no banheiro.
DETESTEI. Difícil detestar qualquer coisa relacionada à corrida, principalmente quando nosso objetivo é correr e conhecer lugares e pessoas, por isso o que narro aqui foi o fato de um planejamento de um ano não ter sido concretizado. Foram aproximadamente dez meses de planejamento com minha esposa e filho para correr a Maratona de Porto Alegre neste ano e assim aproveitaríamos para conhecer também as cidades de Gramado e de Canela. Mas, faltando duas semanas para a viagem, tive um problema profissional inesperado que pôs fim a esse passeio, fazendo com que minha esposa e filho seguissem sozinhos.
SONHO. Correr a Maratona de Lisboa, em outubro de 2019, para conhecer Portugal e quem sabe visitar outros países vizinhos.
Jason Almada, de Juiz de Fora
ADOREI. A melhor prova que eu participei não foi uma, mas duas, no Desafio do Pateta, em janeiro último, quando corri a meia no sábado e a maratona no domingo. O clima da Disney é totalmente mágico. Levei a família comigo e minhas filhas também disputaram as provas infantis. O carinho que os voluntários têm com os atletas é ponto alto do evento.
DETESTEI. A Corrida entre Parques, em fevereiro de 2017. É uma prova tradicional em Curitiba e difícil, devido ao trajeto, que passa por alguns dos principais parques da cidade. Eu estava começando os treinos daquele ano e estava pouco preparado. Logo no começo, fiquei com o estômago embrulhado e com ânsias que iam e vinham à medida que o esforço aumentava. Quando estava na metade da prova, meu treinador, Murilo Klein, da V8, me viu pálido e me tirou da prova. Foi a única corrida que larguei e não terminei.
SONHO. Participar da Maratona de Nova York. Essa major é a mais fantástica devido ao ambiente, à quantidade de participantes e à organização. Mas estou longe do índice e sem sorte para os sorteios.
Valdir Recalde de Oliveira, de São Paulo