Sob o comando da etíope Tirunesh Dibaba, o grupo de mulheres mais forte da história da Maratona de Berlim está pronto para a 45ª edição, marcada para o próximo domingo (dia 16). Entre as principais rivais da etíope estão a atual vencedora de Berlim, Gladys Cherono, do Quênia, e a compatriota Edna Kiplagat, bicampeã mundial.
Quatro mulheres inscritas têm recordes pessoais abaixo de 2h20, sendo claramente o grupo de elite mais forte já reunido em uma prova na Alemanha, de acordo com a organização da maratona.
Como reflexo dessa atração internacional por Berlim, 133 países (incluindo o Brasil) estarão representados entre os 44.389 participantes inscritos nos 42 km.
“Eu já ouvi falar muito sobre o Berlim nesses anos e fiz também a minha pesquisa pessoal. Sei muito bem que o percurso é extremamente rápido”, disse Tirunesh Dibaba, cuja carreira inclui três títulos olímpicos de 5.000 m e 10.000 m, e nove mundiais no total. Ela ainda detém o recorde mundial dos 5.000 m na pista.
“Mudar para a maratona não foi um problema para mim”, disse a atleta de 33 anos na coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (dia 13). Ela tem como recorde pessoal 2:17:56, a terceira maratona mais rápida da história completada por uma mulher. “Melhorei meu treinamento para Berlim e fiz mais volume semanal. Estou muito bem preparada e quero bater o meu melhor tempo no domingo ”, afirmou o etíope.
O atual recorde mundial da maratona feminina é de 2:15:25, estabelecido pela britânica Paula Radcliffe há 15 anos.
Berlim marcará a quarta maratona da carreira de Dibaba. Nenhuma das provas anteriores tinha marcadores de ritmo especificamente selecionados para o desempenho dela, o que ocorrerá no domingo. “Isso será muito importante para um tempo rápido”, disse a etíope, que apareceu na conferência de imprensa com as unhas pintadas de prata. Perguntada se a prata não era a cor da vice-campeã, Dibaba riu e respondeu rapidamente: “Não, no domingo então a prata será a cor vencedora!”
A expectativa da organização é de que o recorde do percurso de Berlim, que dura 13 anos, seja derrubado no domingo, dadas as boas condições climáticas previstas. Em 2005, a campeã olímpica japonesa Mizuki Noguchi venceu a prova alemã em 2:19:12, recorde asiático até hoje.
As rivais mais fortes de Dibaba vêm do Quênia. Gladys Cherono venceu no ano passado com 2:20:23, tendo como recorde pessoal a marca de 2:19:25. Esse é o objetivo dela: correr a maratona mais rápida da vida no domingo. Já Edna Kiplagat é uma maratonista de elite há muitos anos. “Sempre foi meu objetivo correr em Berlim. Eu sei que o percurso é rápido e vou tentar bater o meu melhor tempo pessoal”, disse Kiplagat, que tem 2:19:50 e dois títulos mundiais nos 42 km (2011 e 2013) no currículo.
A quarta corredora com um tempo abaixo de 2h20 é a etíope Aselefech Mergia (2:19:31). Ruti Aga, também da Etiópia, e a japonesa Mizuki Matsuda são outras atrações.
Melhores tempos na elite de Berlim neste ano:
Tirunesh Dibaba (ETI) – 2:17:56
Gladys Cherono (QUE) – 2:19:25
Aselefech Mergia (ETI) – 2:19:31
Edna Kiplagat (QUE) – 2:19:50
Ruti Aga (ETI) – 2:20:41
Mizuki Matsuda (JAP) – 2:22:44
Rei Ohara (JAP) – 2:23:20
Honami Maeda (JAP) – 2:23:48
Andrea Deelstra (HOL) – 2:26:46
Inés Melchor (PER) – 2:26:48
Carla Rocha (POR) – 2:27:08
Caterina Ribeiro (POR) – 2:30:10
Ines Montero (POR) – 2:30:36
Anke Esser (ALE) – 2:43:14
Miyuki Uehara (JAP) – Estreante