Notícias André Savazoni 26 de agosto de 2018 (0) (272)

Mulher-Maravilha toma conta do Aterro do Flamengo no Rio

A chuva que caiu foi um ingrediente a mais para elas mostrarem poder e determinação. Milhares de mulheres de todas as idades brilharam na segunda edição da Corrida Mulher-Maravilha – Rio de Janeiro, disputada neste domingo (dia 26), no Aterro do Flamengo.

Na corrida de 8 km, a vencedora foi a mineira Solange Maria Mariano, campeã dos 4 km em 2017. Já nos 4 km, a primeira colocação acabou com a fluminense Glauciele de Oliveira Souza. A prova teve ainda uma caminhada de 4 km feminina e a prova masculina Trevor Army, corrida e caminhada 4 km.

Apesar do dia nublado, as mulheres não se intimidaram. Logo cedo se concentraram no Monumento dos Soldados Mortos na Segunda Guerra Mundial para aproveitar as diversas ativações montadas pelos patrocinadores e apoiadores do evento. E, claro, não faltaram inúmeras fotos e selfies para comprovar o empoderamento feminino.

É o caso da bicampeã Solange Maria Mariano, que levava uma vida sedentária até 2011, quando, incentivada pela irmã, disputou a primeira corrida de rua. De lá para cá, passou a treinar diariamente e sua vida se transformou com o esporte.

“A corrida de rua foi uma mudança radical em minha vida. No ano passado, na véspera dessa corrida, tinha disputado uma prova de montanha e vim direto pra cá. Cheguei com o objetivo apenas de participar, mas, logo na largada, deu aquela vontade de brigar pelo título. Esse ano estava tudo perfeito porque adoro correr na chuva. Vim para vencer e consegui um bom tempo nos 8 km”, disse a mineira, de 39 anos, que cumpriu o percurso em 30:44.

Viúva, mãe de um adolescente de 17 anos e casada pela segunda vez há dez anos, Solange começa o dia em Angra dos Reis com um treinamento. Em seguida, cuida dos afazeres de casa, do trabalho e ainda arruma tempo para as aulas na faculdade de Educação Física.

“A emoção de correr é inexplicável, é um estímulo de vida. A gente troca qualquer balada, a gente se cuida mais. Estou vivendo muito e melhor e vou chegar aos 40 na minha melhor fase de vida. Ser a Mulher-Maravilha 2018 significa, acima de tudo, muita gratidão, resultado de um trabalho que a gente vem fazendo. É emocionante”, afirmou.

Já Glauciele de Oliveira, vice-campeã nos 4 km em 2017, preparou-se para, dessa vez, chegar ao lugar mais alto do pódio. A moradora de Belfort Roxo, na Baixada Fluminense, venceu a prova com o tempo de 14:35, melhorando a marca pessoal em 1min41s.

“O percurso é muito legal. Mais uma vez a prova estava bem organizada e a estrutura é ótima. A chuva nem me incomodou porque é uma emoção muito grande você correr e ouvir o incentivo das pessoas. Ser a Mulher-Maravilha significa ser uma mulher forte, guerreira e uma inspiração para continuar correndo”, destacou. “Meu sonho é poder representar o Brasil em uma Olimpíada”, completou Glauciele, de 21 anos, que também cursa a faculdade de Educação Física.

Resultados 2018:

Corrida 4 km

1) Glauciele de Oliveira Souza, 14:35
2) Stephanie Araujo Saraiva, 15:11
3) Ana Paula Carvalho, 15:24

Corrida 8 km

1) Solange Maria Mariano, 30:44
2) Rozana de Souza Albuquerque, 31:00
3) Vera Betanha Basilio Rosa, 31:26

Mais informações e outras etapas em www.corridamulhermaravilha.com.br

Veja também

Leave a comment