Sem categoria André Savazoni 5 de abril de 2012 (6) (242)

“Test-drive” em assessorias para viagens de corridas

O mercado de corridas no Brasil está em amplo crescimento. E isso envolve diversos setores. O de turismo inclusive. Viajar e correr ou correr para viajar está no topo da lista do principal “esporte” de muitos. Nas viagens internacionais, o tempo e passeio na maioria das vezes é maior, não há tanta correria. Fica-se, no mínimo, uma semana. Nas nacionais, porém, dá para ir e voltar no final de semana, de sexta a domingo por exemplo. Um dia “enforcado” no trabalho. Nesse caso, ainda mais indo com a família (com ou sem crianças), perder tempo não está no roteiro. Dentro e fora das ruas… É nesse filão que apostam as agências de turismo, ou melhor, “assessorias de viagens”. Já há diversas opções pelo país.

Sempre viajei por conta, montando meus “esquemas”. Inclusive para provas em Buenos Aires (Argentina) e Punta del Este (Uruguai). O mesmo para fazer a cobertura de corridas para a Contra-Relógio. Marcamos hotel e avião separados, sem incluir os traslados de um pacote. No último final de semana, eu e o Sérgio Rocha fizemos um “test-drive” com a Running Tour, que durante um mês patrocinou nosso podcast Contra-Relógio no Ar. Nova no mercado, a empresa tem a meta de ser organizada de corredores para corredores. Viagem de três dias, sexta a domingo. A experiência foi bem proveitosa. Confesso que ajuda e muito.

O pacote incluia os traslados aeroporto/hotel/aeroporto; hotel/retirada de kits/hotel; hotel/prova/hotel. Ou seja, em termos de deslocamento, tudo fechado. Uma preocupação a menos (e quem viaja, sabe que muitas vezes não é pouco o trabalho, ainda mais em locais totalmente desconhecidos). Com a prova na Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte e com o Aeroporto de Confins bem distante, valeu a  pena. Perdemos bem menos tempo do que viajar “na raça”. Você consegue organizar-se muito bem.

Há sempre a questão do café da manhã nos dias de prova nos hoteis. Com largada às 7h, é sempre uma dúvida. Com muitos corredores inscritos, facilita (o que não foi a questão na capital mineira, invadimos a sala de refeição), porém essa é uma negociação caso a caso. O que muitas vezes  parece algo simples, como começar a servir às  5h30 ao invés das 6h, na  prática torna-se uma dificuldade daquelas… mas está melhorando.

Uma sugestão que fica para a Running Tour (e para outras empresas) é enviar por e-mail para os clientes textos simples, diretos, com o que visitar na cidade, onde comer (com dicas nas  redondezas do hotel onde ficará hospedado, para ir e voltar a pé de preferência, ou pelo transporte público, quando oferecido). Como a intenção é pensar de corredor para corredor, até um reconhecimento do percurso está previsto pela Running Tour em outros pacotes.

O “teste drive” foi extremamente positivo. Tem seu preço (como há várias opções, os valores já estão bem razoáveis, principalmente na negociação com as companhias aéreas). Vale à pena, como falei, nas viagens mais curtas (de final de semana) e em família (seja só o casal ou com crianças). Outras opções de empresas com serviços parecidos são a Extreme Tours, a Mundial Runner e a Kamel Turismo (focada no exterior, em meias e principalmente maratonas).

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6 Comments on ““Test-drive” em assessorias para viagens de corridas

  1. Uma de minhas paixões é viajar. Preparar o roteiro, organizar tudo acaba sendo parte desse prazer. Concordo com você que quando se trata de viagens curtas para participar de provas, uma agência especializada deve ajudar bastante.

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    Isso mesmo, Alessandro. No caso de um final de semana, em passeios nacionais, facilita bastante. No internacional, confesso, que daí, dá trabalho arrumar, mas organizar o roteiro faz parte mesmo.

    Para Boston e Nova York, agora, fechei os hotéis com agências separadas, porque daí consigo dividir as parcelas sem juros no cartão de crédito. Mas os traslados, essas coisas, me viro. Mesmo a ida de Boston a Nova York, comprei ontem a passagem de trem por aqui e pronto.

    Abraço
    André

  2. Hoje a Extreme tem se destacado nas corridas de montanha com traslado, tenda, frutas, retirada de kits. Isso é muito bom para nós, corredores, menos um estresse antes das provas.

  3. Eu geramente não uso porque sou daqueles que gosta de fazer tudo na raça mesmo, acho que faz parte da viagem, no meu perfil de viajante. Mas já usei os serviços da extinta Roger Sports para a Maratona de PoA e realmente foi bem confortável, ótimo para só pensar na corrida, se é esse o intento.

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    Fico pensando, Nishi, até no caso de ir sozinho, numa prova que você vai para dar tudo de si, ajuda bastante. Por exemplo, no ano passado, na Maratona de PoA. Fui sábado cedo e voltei domingo no final da tarde. Exclusivamente para correr a prova no meu melhor. Não queria passear nem nada. Com um serviço assim, não teria pensado (nem caminhado) nada!

    Abraço
    André

  4. André:
    Pra você ver como é importante uma assessoria nesta questão de viagem; quando corri a III Meia Maratona das Cataratas, no ano de 2009, paguei por um hotel caro e ruim, mas, lembrei-me a tempo da sugestão da CR, o Hotel Bella Itália, que gentilmente me cedeu uma vaga de última hora. Foi a melhor coisa que fiz, pois o hotel teve jantar de massas, aula de alongamento, transporte para a prova etc. Percebi que quanto mais informações e sugestões disponíveis eu tiver na hora de programar a viagem, mais fácil será evitar surpresas desagradáveis.
    Boa Páscoa para todos da CR. Se tiver algum agnóstico na redação vai o meu desejo de um bom feriado.

  5. André, fiz duas maratonas no exterior e nas duas comprei a inscrição por uma agência de viagens voltada para o mercado de corridas. Nas duas vezes comprei apenas a inscrição e a hospedagem. Não comprei a parte aérea pela agência. O que modifica em muito a prestação do serviço. Se você viaja com o grupo tem um tipo de assistência. Se você faz os voos separados do grupo, não terá o acompanhamento da agência. Foi o que eu percebi. Posso estar errado. Fica aí a minha avaliação. Abcs!

  6. André, a dificuldade no café da manhã mais cedo nos hotéis está em dois pontos: O hotel ter que pagar horas-extras para os funcionários e a dificuldade do funcionário chegar bem mais cedo, pois geralmente mora longe e muitas vezes nem existe transporte coletivo pra ele chegar no trabalho bem antes das 5:00 hrs, sem contar que muitas vezes o café da manhã do hotel é terceirizado, o que dificulta mais ainda. Na Maratona de Porto Alegre o Corpa faz convênio com uma rede de hotéis, que se compromete a servir o café às 5:00 hrs no dia da prova. Em todas as outras a gente tem que se virar como pode.

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    Isso é verdade, Júlio. Agora, também, é uma questão fácil de resolver. Pão de forma, frios, banana, mel e aveia, além de café preto e leite para quem gosta. Rapidinho. Lembro que nas vezes em que me hospedei no Ibis, eles têm um café madrugador, isso já soluciona o problema. Em Porto Alegre funciona realmente. No ano passado, estive lá e foi bem fácil a questão do café da manhã.

    Abraço
    André

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