20 de setembro de 2024

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Blog do Corredor Especial Redação 9 de agosto de 2012 (15) (90)

Como as corridas mudaram…

Uma ou duas décadas atrás as provas eram poucas, organizadas de maneiras simples, reunindo quase sempre os mesmos corredores. Hoje o calendário está repleto – às vezes com duas ou mais no mesmo final de semana – e muitas se tornaram mega-eventos, onde a corrida chega a ser apenas um detalhe. Amadores das "antigas" contam a seguir detalhes dos "bons tempos" e refletem sobre o crescimento do setor. 

 

"FALTA SIMPLICIDADE E PAIXÃO". A bióloga Adriana Souza de Toledo Piza, de 44 anos, de São Paulo, participou de sua primeira prova em 1983, aos 16 anos. "Vi a propaganda de uma corrida feminina, Circuito Avon de 10 km. Não tive dúvida, me inscrevi. Depois dessa não parei mais. Era pouca gente participando e a maioria dos corredores se conhecia".

Em 2001, por conta do nascimento de seu primeiro filho, Adriana deu um tempo nas competições. Ficou 10 anos afastada. "Antes mesmo de voltar a fazer uma prova, em 2010, tive um primeiro choque ao ir correr em um sábado na USP, o que também havia deixado de fazer por anos. Ao chegar de carro, falei para meu marido ir devagar porque devia estar acontecendo algum evento, pois tinha muita gente correndo. Achei que estávamos invadindo uma corrida oficial. Mas eram apenas as pessoas treinando. Há 10 anos não havia nada disso. As assessorias eram poucas, uma aqui outra ali… Comecei a ver que tudo havia mudado e agora havia muita gente correndo!"

Quando resolveu voltar a participar das provas de rua também ficou impressionada com tantas opções. "Mais de uma corrida no mesmo final de semana, às vezes três ou quatro. Podia escolher à vontade, distâncias variadas, em diferentes locais da cidade. Optei por uma prova de 5 km, distância que sempre gostei, e na Ponte Estaiada, novo cartão-postal da cidade. Fui sozinha, sem saber o que iria encontrar e como seria a sensação uma década depois".

Com mais duas corridas acontecendo na cidade naquele mesmo dia, Adriana achou que seu retorno seria bem calmo… "Quando cheguei ao local para retirada do chip, havia filas enormes. O que era aquilo? De onde veio tanta gente? Todo mundo resolveu correr? A quantidade de pessoas foi o que mais me chocou, quantidade essa que só via na São Silvestre". 

Ao final da prova, uma surpresa: ela foi a terceira colocada geral. "Isso foi outra coisa que me chocou: aquele mar de gente, eu 10 anos mais velha, com tempos muito aquém dos que fazia antes, e ainda assim consegui uma ótima colocação. Aí me dei conta que tudo mudou: o público era outro. A corrida se popularizou, o que é ótimo. Porém o número de atletas que correm forte não aumentou e eles ficaram divididos em várias corridas. Fui embora contente, mas com a sensação de que a corrida de rua havia mudado. Não era mais como antigamente, o que não era ruim, eu precisava apenas me adaptar à nova era".

Nas corridas que fez depois, passou a notar também a forte presença da tecnologia. "Deparei-me com totens com tempos parciais eletrônicos em cada quilômetro e chip descartável. Sou da época em que nem havia chip. Corríamos com um monte de filipetas pregadas no número de peito e íamos colocando em sacos plásticos em determinados pontos pelo caminho. No final, a última filipeta era entregue e colocada em ordem de chegada em espetos de metal. E o pós prova? Temos hoje as dezenas de assessorias com barracas oferecendo toda infra-estrutura para a chegada, com frutas, isotônicos, massagem, coisas que nem sonhávamos antes. E a divulgação dos resultados? Antigamente eles eram afixados um período após a corrida ali mesmo no local e, dependendo da prova, ainda saíam em algum jornalzinho ou folheto e só. Agora está tudo na internet, fotos, filmagens… Um verdadeiro comércio se instalou".

Adriana é enfática em dizer que considera ótimo que a corrida tenha atraído tantas pessoas. "Mas sinto que falta um pouco daquele sentimento de simplicidade, de paixão, de contemplação… A corrida proporciona não só um bem-estar físico, mas emocional e espiritual também. Antes fazíamos a corrida de forma mais natural. Tudo que precisávamos era de um par de tênis, shorts, camiseta e às vezes um relógio com cronômetro. Hoje muita gente acaba se perdendo em itens que não existiam antes, como tocadores de música tecnológicos e relógios com milhares de informações. A meu ver, isso leva a correr em ‘modo automático'. A pessoa segue distraída pela música e sem se preocupar com o que o corpo diz, pois o que vale é a informação do relógio. O gostoso desse esporte é justamente a concentração que ele possibilita, é correr observando a paisagem, ouvir diferentes sons, sentir o próprio corpo, conhecer seus limites".

 

"A PROVAS VALIAM PELA TRADIÇÃO, PERCURSO E ORGANIZAÇÃO". A estreia nas corridas aconteceu em dezembro de 1980. Desde aquela época o professor de história Marcelo de Oliveira Assunção, de 46 anos, do Rio de Janeiro, participa de competições de rua. "Havia poucos organizadores, que liberavam um calendário anual, permitindo que a gente se preparasse com tranquilidade, escolhendo as provas certas. Não tinha a estrutura disponível hoje, fazendo a gente sofrer com falta de banheiros e, muitas vezes, de hidratação. Praticamente sem kits e medalha de participação, as provas acabavam valendo pela tradição, percurso e organização".

Ele lembra que nos anos 80 apenas a Maratona do Rio dava camisetas ao final da prova. "Vinham com a inscrição ‘eu completei' e eram verdadeiras medalhas de vestir! Nesse tempo, conseguir uma medalha tinha um significado super-especial, pois significava ter subido ao pódio. Só mais adiante começaram a dar medalhas de participação também".

Em relação às provas de hoje, Marcelo considera que muita coisa melhorou, porém também nota muita badalação em torno do assunto. E diz que sente falta de correr sem gastar tanto dinheiro. "No começo dos anos 80 também houve certo oba-oba, que deu origem a toda uma geração de corredores. Acho legal ter esse aspecto festivo para que mais pessoas conheçam o esporte e até o levem a sério, se conseguirem perceber seu significado, além da curtição. O que me incomoda, porém, é o aumento dos mimos nos kits e nas corridas – exigidos pelo ‘corredor modinha' -, que se reflete no preço das inscrições. Normalmente não corro essas provas, por isso não me chateio muito com isso. Incomoda também a atitude da emissora da TV Globo que ignora nosso esporte de modo geral e só dá exposição às suas próprias provas".

Sobre a tecnologia que começou a ser agregada à corrida – como relógios com GPS, roupas e tênis especiais -, o professor acha que pode ser válida para quem precisa. "Alguns dos tênis de hoje são muito bons. As roupas dão de 10 nas antigas, adoro todas. As provas cheias de gente são até divertidas, mas não são as minhas preferidas, pois dificultam a busca de performance. Mas continuo usando apenas relógios que mostram o tempo de corrida – e nada mais. Acho GPS uma inutilidade, pois promete o que não cumpre, ao não medir direito a distância. E quanto aos monitores cardíacos, podem ser úteis para quem precisa ficar olhando aparelho para saber se está cansado. Pessoalmente, prefiro prestar atenção em mim mesmo e perceber o que meu corpo sente. Nenhuma máquina pode substituir o auto-conhecimento. Porém adoro os sites de medição de percurso, ajudam bastante. Costumo usá-los para planejar caminhos e para conferir trajetos que precisei improvisar".

Das corridas antigas, a que mais faz seus olhos brilharem é a Corrida da Ponte. "Era a melhor prova dos anos 80. E felizmente ela voltou. Já atravessei essa ponte sete vezes. Talvez eu seja o que mais vezes fez isso".

 

"USÁVAMOS QUALQUER TÊNIS". Corredor há quase 30 anos, o operador de computador pleno Márcio Aparecido de Oliveira, de 46 anos, de São Paulo, lembra que nos anos 1980 não havia distribuição de medalhas para todos que participavam de provas. "E muito menos se cobrava inscrição. Tênis, então, podia ser qualquer um. Não existia essa tecnologia que desenvolveram nos últimos tempos."

Para ele, as maiores mudanças daquela época para hoje foram o aumento do valor das inscrições e os kits de prova recheados. "Também existe pouca vontade de competir. As pessoas vão apenas para completar."

A corrida ter virado moda não o incomoda – é bom que mais gente tenha descoberto a atividade física. "O que irrita, na verdade, são as pessoas que não respeitam quem está ali para melhorar a performance e muitas vezes largam na frente, atrapalhando o caminho".

 

"O VERDADEIRO CORREDOR SE PREOCUPA EM SUPERAR SEUS LIMITES". Gerente de logística de Salvador, João Paulo Zortea, de 42 anos, começou a correr e participar de provas no início dos anos 1990. "Não havia essa quantidade de eventos que existem hoje. Eles eram muito mais aguardados." Em sua opinião, o profissionalismo das empresas organizadoras tornou a prática um negócio lucrativo. "Hoje a corrida é um negócio no qual empresas se especializaram e não apenas um evento esporádico."

E se antigamente o corredor era visto como "maluco" – "aquele cara que acordava de madrugada para treinar, saía correndo para qualquer lado, sem destino, sem foco…" -, agora praticar corrida está "na moda". Para João Paulo, isso faz com que parte das pessoas esteja nas provas apenas para ver e ser visto. "Mas isso não é negativo, pois, indiretamente, essas pessoas estão cuidando da saúde e influenciando outras a fazer o mesmo. Não me incomoda de forma alguma essa nova era da corrida. Acho até que pelo número de provas e pelo número de participantes ainda há pouca cobertura da imprensa; noto a presença somente de veículos especializados. A televisão, por exemplo, poderia transmitir um número muito maior de competições."

Ele conta que acompanhou a evolução das corridas e se diz adepto à tecnologia. Usa relógios tecnológicos, tênis e roupas específicos e mp3. "Com bom senso podemos usá-los sem nos afastarmos do principal objetivo, que é correr. Acredito que o verdadeiro corredor se preocupa sempre em superar seus limites. E não há nada melhor do que cruzar a linha de chegada se sentindo bem, saber que fez o melhor que pode. É por isso que corrida é tão viciante. Endorfina na veia!"

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15 Comments on “Como as corridas mudaram…

  1. Faço coro com todos os comentários,só esqueceram de falar que essa grande demanda vém das academias,que creceram muito no Brasil e invadiram as corridas de rua.
    Mas foram perfeitos os comentários.

  2. corro desde 1988, corrida de rua deixou de ser um esporte popular, está longe disso, esta semana desisti de correr uma meia, ao verificar o valor da inscrição; R$ 105,00 somado a combustível e pedágios chegaria a no minimo R$ 200,00, numa prova que não tem um centavo na premiação, os troféus geralmente patrocinados, então só arrecadam, e o pior de tudo muitas vezes este tipo de prova é realizada por empresas de outras cidades com apoio financeiro de nosso município, ou seja com dinheiro público para um esporte elitizado.

  3. A corrida se popularizou. Temos resultados imediatos, mais serviços oferecidos, estrutura para suporte a todos, ambulância, mais diversão e tem as corridas “espirituais” também, com número reduzido de pessoas. Basta procurar um pouco.

    Me parece um texto feito por alguém que se sentia exclusiva, dona do pedaço, de vanguarda e agora teve a sensação de que era apenas mais uma. Cada um corre da forma que achar mais agradável, com ou sem MP3, GPS, etc.

    Ninguém a obriga a conseguir tal intento. Isso melhora a qualidade de vida da população, reduzindo os gastos do SUS e melhorando o humor de maneira geral, o que é bom também para ela, pois quem corre é menos estressado, de grande valia para quem mora em SP.

    Discordo deste texto sutil, com jeito de gato de botas. Não existe isso de verdadeiro corredor. Corredor é quem acorda cedo para realizar seu treino, seja na chuva, com monitor cardíaco, ou tênis caro.

    A corrida não é sempre superar limites, mas também curtir o momento e aproveitar tudo que ela nos oferece. Os benefícios são inúmeros, por isso a sua popularização. Deveria ser motivo de alegria e não desse bla bla bla saudosista.

  4. O alexandre huang matou a questão! A corrida hoje pode ser uma vitrine de shopping, com “looks” desenvolvidos por empresas de moda, tênis de mil reais, Ipod, Iphone Itudo, personal trainers e acessorias de corridas, ou pode ser do jeito que os corredores acima disseram que era. Se quiser , você pode calçar qualquer tenis, vestir qualquer calção e correr em qualquer lugar. Você continuará tendo seu esporte do jeito que era há 20 anos. É muito “mimimimi”. Quer correr na simplicidade, vai. Quer ficar na moda, vai. Encontre o que é melhor para você e seja feliz!

  5. Todos os argumentos são verdadeiros. Mas há que levar em conta os muitos casos folclóricos acontecidos naquela época:- corridas nas vilas quase zona rural em que até bois investiam nos corredores (muitos ficavam pendurados em árvores); premios valiosos que depois descobriam-se ser uma caixa de cerveja (perguntem como foi ao Decio de Oliveira Castro); corridas que no último instante tinha o percurso aumentado sem aviso prévio fazendo com que o ponteiro “morresse” e não levasse o premio (caso do Tião Moreira, rsrsr).Enfim, nosso esporte é rico em histórias e tudo que vier de modernidade será sempre bem vindo. Hoje os corredores não são mais vistos como diferentes, pois qualquer pessoa já deu suas corrinhas.

  6. A notícia triste é que temos muitos corredores e poucos atletas.
    Tem atleta ganhando corrida com o tempo de 32min em 10km o 3º colocado chegando com 35min.
    Me lembro que em 2006 participei da “Corrida da Fogueira” na cidade de Juiz de Fora/MG, fechei com o tempo de 37min não cheguei nem entre os 30 primeiros colocados.
    Aumentaram o número de participantes e praticantes, mas o nível caiu.
    Me aventurei a correr a Volta Internacional da Pampulha em 2008, local onde cabem 3000 pessoas eles colocam 10.000, o resultado é tumulto na largada.
    Não entendo; se o corredor(atleta) pretende fechar a prova com 2horas e se o primeiro colocado chega com o tempo de 53min pra que tumultuar a largada querendo sair lá na frente.
    Precisei de 4km para conseguir sair dos retardatários e fechar com o tempo de 1h9min50s.
    Grande parte do que aprendi foi conversando com os amigos e atletas experientes, O restante é dedicação e treinamento.
    O João Luiz Famoso disse que iria gastar R$200,00 eu morava no interior de Minas e se quisesse correr a São Silvestre teria que desenbolsar no mínimo R$450,00 isso em 2008.
    Tá virando esporte da elite.

  7. É bom que a contrarelógio vá se acostumando com a nova realidade das corridas, e chega de “saudosismo”, junto com essa mania de “maratonas” e “performances”. Tecnologia neles!

  8. Precisamos pensar coletivo, no bem estar da prática da corrida. Existem pessoas egoístas, pensando em si. A corrida é o esporte mais democrático, mais popular, essa popularização faz um bem inestimável para a sociedade e para a economia, pois o esporte reduz doenças e a capacidade de produzir das pessoas aumenta em consequência da motivação promovidade pelo esporte.

    É muito bom chegar, é maravilhoso se superar. Eu agradeço a corrida e a Deus, pela minha cura. Correr cura muitas doenças.

  9. Hoje em dia as corridas de rua, virou comércio, inscrições carissimas,acabou toda aquele amor em que as pessoas corriam, apenas para ganhar uma simples medalha, muitas empresas patrocinam, más cobram dos atletas um valor muito alto, tem pessoas e políticos ficando ricos com isso, na minha época do Bergara,José jõao,eloi,passarinho,as inscrições eram de graça e os trofeus e medalhas bem melhores que hoje.

  10. Pois bem os tempos são outros isso é notorio,eu comecei correr em 1980 aqui em Curitiba que nessa época não existeia corridas de rua aberta ao publico era somente atletas federados resultado as corridas não passavam 50 atletas inscritos,na minha 1ªmaratona apenas 40 inscritos,todos federados,na epoca eu corria pelo Atletico Paranaense,senhas eram de papel colocavamos em saquinhos plasticos para não molhar nos dias de chuva,tênis não existeia técninologia alguma realmente as corridas eram medievais,porém não sinto saudades dessas dificuldades,a unica saudade que sinto quando lembro é que eu corri forte abassa no mais os avanços de hoje são bem vindos,o que não é bem vindo é politicos utilizarem esse nobre esporte como meios excusos como vem ocorrendo,e valores abusivos com premiações ridiculas,para isso devemos adotar a estrategia de correr poucas corridas durante o ano aproveitando para treinar e curtir a corrida sem stresse não devemos perder tempo preocupando-se com preços de inscrições,premiações a corrida nos fornece uma coisa de valor incomensuravel que saúde,medalhas e trofeus são apenas detalhes que se coroi com o tempo.Em 2003 descobri que estava com câncer maliqueno nos intestinos,pois bem hoje estou curado derrotei o maior inimigo das pessoas nos dias de hoje,graças a Jesus e Deus que me indicou sem ao menos eu saber que correr me ajudaria a me recuperar esse valor é bem maior que premiação,saúde,assim seja.

  11. É só verificar o ranking dos maratonistas brasileiros,
    Comparar os tempos do anos 80 ou 90 com os atuais.
    Os “amadores rápidos” estão desaparecendo.

  12. Cara, esse texto não parece ter sido escrito por quem goza de saúde e bom humor. Procuro sempre superar meus limites, mas mais ainda respeitar meu corpo e curtir a corrida, seja lá o tempo em que eu a concluir.
    A tecnologia pode ou não ser adotada, ninguém é obrigado a se armar de tudo que é recurso. Se eu me sinto bem com um mp3 para correr uma maratona por 6 horas, ou com um frequencímetro com GPS para trazer precisão aos meus treinos, porque vou deixar de usar?
    Não sou corredor de mais de uma década, mas acho muito legal o shape das corridas atuais; pelo que vi das corridas antigas, sinceramente acho que eram beeeeeem chatinhas.

  13. A evolução da corrida em termos tecnológicos e involução na questão “correr pra você mesmo”, aconteceu devido a esse progresso consumista que é ventilado em tudo que é canto do mundo.

    Tenho 52 anos e corro há 5. Sempre tenho eu mesmo como adversário. Vez em quando aposto com amigos almoços e outras pequenas coisas, pra acirrar a corrida, pois a medalha e as bugingangas de mimos que os organizadores oferecem, não são tão interessantes pra gente.

    Geralmente compramos de forma coletiva materiais como tênis e camisas padronizadas, visando baixar o preço do material de corrida. Já possui GPS e confesso que não vi tamanha utilidade necessária ao meu desempenho.
    A imprensa deveria dar mais ênfase a fatores como: exames periódicos e treinos individuais. Coisa que a maioria das assessorias não prezam. Virou OBA OBA, como tudo na vida virou… Cabe a cada um fazer o que achar melhor para se sentir bem, fazendo esse esporte maravilhoso que ainda é: PRÁTICO, BOM E “BARATO”!!! MUITA ENDORFINA PRA TODOS!!!

  14. Tenho 35 anos e minha primeira prova foi a Corrida Integração por volta de 1998. Tenho 1,90 de altura e peso 102 kg. Nunca consegui fechar uma prova de 10k abaixo de uma hora. Sempre fico entre 60 e 65 minutos e me considero corredor. Penso que qualquer um que consiga manter uma média de 9km/h já é um amador “que honra o tênisnque calça”. Não consigo entender gente que acha um absurdo alguém ser vencedor com um tempo de “apenas” 32min pra 10K! Mesmo com meus tempos pra lá de humildes estou no esporte há algum tempo e vi também a “modinha” chegando. Todo mundo tem um pouco de razão. Já participei de uma prova de 8k com “caminhantes” completando incríveis 3K com direito a “posto de hidrataçåo”!!! Isso é muita vergonha alheia. Tem em Campinas (SP) um bar super burguesia campineira que agora organiza um “desafio dos 6K”! O único problema que vejo são as pessoas sem noção quer largam na frente e atrapalham quem quer correr muito. Sonho com uma prova que exija comprovação de tempo para largada por baias e então, depois, larga o povão. Uma prova assim agradaria desde o baixinho mirradinho 0% de gordura pace de 3min/km, o grandão de 1,90m, 102 Kg e quaaaaase 6min/km (em 2013 eu consigo!) e também os paraquedistas. Por fim, acho a presença de “caminhantes” a maior das aberrações. Inscrição de “caminhantes” é o símbolo maior de uma prova caça-níqueis.

  15. Essas corridinhas de 5Km e 10Km é uma multidão correndo, por isso gosto da meia para cima.

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