O tema é extremamente polêmico, mas, aproveitando que Boston baixou em cinco minutos o tempo de corte na maratona a partir da edição de 2013 e não houve qualquer movimento contrário a isso (o que está mais do que certo), acredito que está na hora de serem criadas algumas provas realmente de performance no Brasil, para desafiar os corredores.
Infelizmente, ainda (sou um otimista) não dá para fazer isso nas maratonas brasileiras. O número de participantes nas nossas provas de 42 km é pequeno. Como bem abordou o Sergio Rocha no blog Corredólatras, aqui ao lado. Então, que essa medida comece por corridas de 10 km e, principalmente, numa meia maratona.
Na corrida há espaço para todos. Quem vem conversar comigo, sempre ressalto os benefícios do esporte para a vida. Tanto para a saúde quanto para a cabeça. Cada um tem um objetivo e ele deve ser respeitado. E assim continuará. Agora, se tivéssemos ao menos umas duas provas de 10 km e mais duas meias maratonas por ano (uma em cada semestre), com tempos de classificação para se inscrever como Boston, valorizando quem tem bom desempenho, seria um desafio mais do que interessante. Seriam somente quatro provas diante das centenas que são organizadas. Mas que movimentariam o mercado. Haveria uma disputa saudável pelo índice.
Outra medida interessante seria reduzir o tempo limite de conclusão para receber a medalha no final. Em um 10 km, máximo de duas horas, por exemplo. Usando a ferramenta de cálculo aqui do site da Contra-Relógio, esse tempo daria uma média de 12 minutos por km ou 5 km/h. Concorda que não é corrida, é caminhada? Se a pessoa completou os 10 km em mais de duas horas, não correu, somente andou. E lentamente. Vale o mesmo para a meia maratona. A 8 minutos por km, vai completar os 21,1 km em 2h48. Isso dá uma velocidade de 7,5 km/h. Então, vamos arredondar para 3 horas, não estaria bom? Daria 8:34 por km ou 7 km/h, que é uma caminhada bem rápida ou um trote lento.
Com as duas medidas, seriam criados desafios diferentes. Os mais preparados, buscariam os índices. Quem gosta de correr por prazer, teria o estímulo de melhorar um pouco o desempenho antes de se inscrever, para poder ganhar a medalha. Seria ou não interessante?
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Gostei do post e acrescentaria largada em ondas em corridas como São Silvestre e vale lembrar que a meia maratona das cataratas tem limite de tempo de 2h30; bem pesada para amadores. Mas aqui no Paraná todo mundo brinca: “Vamos treinar pois não quero que a kombi dos cones me recolha.”
André, concordo com a ideia da criação de algumas provas ‘de performance’, preservando a lógica de Boston, com tempos-limite por faixa etária. Mas também devemos “insistir” (como muito bem faz nosso editor Tomaz) na antecipação dos horários das provas.
Grande abraço.
Concordo, isso daria um estímulo a mais aos corredores. Não é por outro motivo que a maioria dos participantes de maratona tem como objetivo correr em Boston, justamente por ser a única prova que exige o índice. Parabéns pela opinião, não é uma idéia fácil de defender.
Concordo totalmente. Seria desafiador e estimulante. Já participei de algumas provas assim, embora não por limite de tempo e sim de participantes (tipo medalha apenas para os 200 primeiros). Há apenas que se tentar conscientizar os corredores para que não tentem dar passos (muito) maiores que as pernas, já que bom senso, infelizmente, é meio que artigo de luxo.
Concordo.
Hoje em dia tem muito caminhante se achando corredor só porque faz inscrição e completa uma prova de 10 km bem acima de 1 hora.
Concordo plenamente com essa ideia.
Mas duvido que as empresas organizadores o façam.
Pois iria reduzir o numero de participantes e seus lucros tambem.
Sou a favor de uma prova com limitação de inscritos e com incentivo a performance.
Como o proprio nome diz: corrida. E não caminhada.
Abraço.
Acho que a golden 4 da asics está caminhando por esse caminho. 4 meias rápidas. É bem plausível que essas novidades apareçam ano que vem.
Se foi respeitado não sei, até porque quase todo mundo acabou tendo que andar, mas a Corrida da Ponte teve isso, para se inscrever você (em tese) tinha que comprovar já ter feito uma meia em 2:30. Concordo, não precisam ser todas assim, mas algumas criariam um desafio interessante e atrairiam quem corre por performance e sofre um pouco com tumulto na largada (já que a divisão por faixas de tempo não existe no Brasil).
André, achei a ideia genial… Mas acredito que o tempo de corte poderi ser mais arrojado… (1:30 para 10k e 2:30 para meia), assim diminuiria bem a aglomeração nas largadas. Acho que seria pertinente tb discutirmos os preços cobrados nestas provas, criando valores diferenciados para quem não está afim das camisetas e/ou medalhas… Isto diminuiria e muito a pipoca… Eu mesmo estou cheio de camisetas em casa… Mas acho uma sacanagem utilizar a estrutura da prova e não pagar por isto..
André! Muito bom esse post. Penso mesmo que mais motivação e desafio para os corredores que se dedicam a melhorar suas performances é extremamente saudável e de certa fora necessária para que o esporte ganhe mais adpetos. Por outro lado, é preciso mesmo pensar nos corredores que trotam e/ou caminham, pois quem sabe eles um dia tb irão querer se tornar mais competitivos… ou não. Em qualquer um dos casos, um reconhecimento, seja ele medalha ou camiseta da prova, é um incentivo. Bom, idéia aprovada. E se lançar um movimento pelas corridas de performance, tem meu apoio engajado no desafio! Valeu, parabéns pelos resultados, pelo blog e pelo post. Grande abraço.
Me parece um pouco de soberba, não?
http://www.youtube.com/watch?v=pLFXJZrjkSQ
André,
A melhor maneira de incentivar o corredor é ofertando-lhe benefícios. Por exemplo, quem tem uma meia abaixo de 1h25, na maratona de NY tem inscrição garantida e com preço menor.
Os organizadores deveriam oferecer um preço diferenciado, com desconto, para corredores amadores rápidos, como forma de premiá-los por sua dedicação aos treinamentos.
Por exemplo, numa prova de 10km, corredores com tempo igual ou inferior a 34:59 teriam 50% de desconto e corredores com tempo igual ou inferior a 39:59 teriam 25% de desconto. Na maratona, corredores sub 2h30 estariam isentos, sub 2h45 teriam 50% e sub 3h teriam 25%. Fica a proposta!
Abs,
Cesinha
http://www.cesinhanascorridas.com
André, acho que a medalha e o limite realmente é uma forma do esporte ficar mais voltando à perfomance.
Uma sugestão seria fazer igual na COMRADES, medalhas diferentes para tempos diferentes.
Abs, http://www.loverun.com.br
Oi André!
Concordo que em certas provas podemos “filtrar” os corredores definindo tempos limite, mas para ser lucrativo para o organizador e para o patrocinador depende muito de um considerável volume de corredores que correm rápido, por exemplo na “norte-americana” Maratona de Boston “atualmente” dá certo, pois o número de maratonistas que correm abaixo do tempo limite nos Estados Unidos da América é muito superior ao números aqui no Brasil, aqui no nosso país já daria certo nas provas de 5km, 10km e até nas Meia Maratonas, no caso de maratonas dentro do território brasileiro sei que esse momento vai chegar e vai ser no ano que superarmos os 10.000 maratonistas numa grande prova (no nosso tempo limite tradicional abaixo de 6 horas), a qualidade surgirá da grande quantidade de maratonistas. Minha previsão é que isso aconteça no ano de 2015, pois será após a Copa do Mundo no Brasil e toda atenção da mídia estará voltada nas Olimpiadas do Rio, nesse ano poderemos realmente ter uma Maratona Seletiva “no estilo Boston”
Abraços!!!
E aí André, mto boa essa iniciativa. MAs já qué de performance, que seja de verdade. Algo como
10 km até 40 anos sub 43min. Depois, alguma escala como 1min a cada 5 anos.
Meia – maratona até 40 anos sub 1h30. Depois dos 40 anos alguma escala.
E, para as mulheres, algo como mais 30 seg por km nos tempos masculinos.
Assim, acho que é performance, e eu certamente faria um treino forte para chegar a esse tempo.
Abraços, corridaderuams.blogspot.com
Olá. Depois de ler o post do Sergio Rocha fiquei pensanso exatamente nisso. Maratonista deveria ser aquele que corre em até “x” horas e “x” minutos. Acima disso, vc caminhou ou sei lá o que houve. Foi um treinão. Claro que ocorrem lesões e ansiedade em provas, mas são acasos. Nas de 5, 10 e 1/2 também concordo com essa diferenciação. Só não acho que em TODAS as provas isso devesse ser levado a risca. Também acho que o Pinguim tem razão nos pontos que levantou.
A sugestão é ótima… só não esqueçam de um fator muito importante que deve estar associado aos tempos; a IDADE ou faixa etária. Correr 10k sub 50′ com 40 anos é fácil. Dificil é correr no mesmo tempo com 60 anos. Cuidem dos idosos. Voce vai chegar lá.
Sim, Francisco, você tem toda razão. Tanto que defendi uma linha como em Boston. Lá, os tempos levam em consideração todas as faixas etárias. E todas mesmo. Tem de haver essa diferenciação tanto de idade quanto de sexo, já que as mulheres teriam uma tabela diferente também. Abraço.
É Rodrigo, a ideia seria essa mesmo, escalonando por idade, mas com índices realmente fortes, para fazer as pessoas treinarem, se esforçarem e vibrarem ao conseguir o tempo e a inscrição!