Muitas vezes, é difícil treinar. Mas sentir a evolução, não tem preço

Há dias em que é difícil sair para treinar. Todos passamos por isso. Preguiça, frio, calor, correria, filhos, cansaço, sono… As barreiras são muitas. E aceitáveis. Não somos profissionais das pistas e ruas, corremos por prazer, paixão, ideal. A persistência e a determinação, como já escrevi aqui no blog, sim, são fundamentais. Ao traçar uma meta, faz parte encarar as barreiras para seguir a planilha. E, quando acabamos o treino, estamos sempre melhores do que ao começar. Pelo menos na alma já que, às vezes, dói tudo.  Mesmo sabendo ainda que  falta atingir minha meta de 2011, chegar próximo ao final de um ciclo inteiro fisicamente e sentindo a evolução, não tem preço. A confiança e a segurança passam a nos guiar.

Estamos a oito dias de brindar setembro. São quase oito meses do ano treinando para maratona. Primeiro para a de Porto Alegre. Agora, para a de Punta del Este, no próximo dia 11. No meio, é claro, houve a transição do fim de uma preparação para o começo da outra, mas sempre visando aos 42 km.

No último sábado, concluí o último “longão longão” para Punta. Foram 32,55 km, com piso molhado, vento, algumas subidas, em 2:24:15, numa média de 4:25 por km. Quero ser mais rápido no Uruguai, essas próximas semanas ajudarão a ganhar um pouquinho mais de velocidade. Senti que ainda tenho sobras. No dia 13 deste mês, já tinha feito 27 km a 1:57:15 (4:20 por km). Neste ciclo atual, em 30 de julho, fiz 32 km em 2:23:11 (4:28 por km). No próximo sabadão, tenho 24 km e quero corrê-los a 4:15 por km. É o que buscarei.

Sabe de onde vem a confiança? Da evolução que estou sentindo. Que os números comprovam. No ciclo para Porto Alegre, fiz, no dia 23 de abril, 30 km para 2:35:12 (5:09 por km) e, no dia 30 de abril, 32 km a 2:25:31, o que dá 4:32 por km. Fiz a maratona gaúcha em 3h09, numa média de 4:29 por km. É nisso que me baseio.

Claro que, durante as semanas, houve treinos de ritmo, rodagem e tiros. Ah, os tiros. Que nos desgastam mais do que qualquer longão, mas que são fundamentais, seja para perder peso e ganhar no sistema cardiorrespiratório. Como sofremos nos tiros, a velocidade nas provas acaba sendo até mais “tranquila”!

Comecei a treinar e a correr semanalmente há três anos. Quando minha Mari estava grávida de nosso Pedrinho, que hoje é o maior arteiro da redondeza, a cada dia nos tira risadas com seu crescimento e em novembro fará 3 anos. E não o chame de pequeninho, por vai ouvir um berrão: “Sou gande”. Na época, eu disse que queria ter muita saúde, por anos e mais anos, para acompanhar o crescimento dele, jogar bola, correr, ou seja, realmente estar junto. Quem sabe um dia até não faremos uma meia-maratona ou uma maratona juntos… Provas, já corremos e a foto comprova.

Nem pensava em tempo, pace, ritmo, maratonas… comecei por saúde como citei acima. Mas fui pegando gosto, evoluindo. O máximo que  queria chegar era a São Silvestre. “Nossa, 15 quilômetros”, sonhava… Mas a corrida me contagiou. Então, no final de 2009, tomei uma resolução: correria uma maratona em 2010. Fiz a de São Paulo. Me apaixonei pelos 42 km e, nem acabou 2011, já traço planos para as duas (ou três) de 2012!

Seja qual for o motivo que o leva a correr, não importa. Nem as distâncias preferidas. Tenha sempre uma certeza: treinando, irá alcançar o seu objetivo. Sentir a evolução, não tem preço. Então, o que está esperando? Hora de treinar!

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