A grande redução no número de concluintes na Maratona de Curitiba, no último domingo (20), vale uma reflexão mais ampla. Desde a edição de 2001, a prova paranaense vinha crescendo anualmente. Em 2010, 1.958 pessoas completaram os 42 km. Agora, caiu para cerca de 1.200. Em 2000, tinham sido 1.028 concluintes. A troca de organizadora com a redução da premiação para a elite num primeiro momento (depois, voltou ao normal) e o corte do dinheiro nas faixas etárias pesou para isso? Sim, mas não foi o único fator. Nem o preponderante a meu ver.
Um ponto importante é a data da prova. Novembro está longe do ideal. Tudo bem, domingo passado estava perfeito para correr. Talvez tenha sido em termos de clima a melhor maratona brasileira em 2011. Mas o normal é fazer calor. Em 2010, corri a prova e sofri demais com o sol e temperatura elevada. Isso pode ter afastado muita gente. O que leva os brasileiros cada vez mais a correrem maratonas no exterior? A viagem e o turismo? Claro, mas percursos favoráveis e, principalmente, clima ameno. Principalmente quem quer fazer tempo. Então, será que a maratona curitibana se ocorresse no inverno, em julho, por exemplo, não atrairia muito mais gente? Mesmo com suas subidas?
Outro fator foi que não crescemos em número de maratonistas nem de concluintes nos 42 km em provas realizadas no Brasil em 2011 (dado inversamente proporcional ao dos brasileiros que foram ao exterior), mas tivemos um aumento no total de maratonas brazucas. Incluindo a volta de Florianópolis ao calendário, só na região Sul e no segundo semestre tivemos Londrina e Caxias do Sul (no próximo dia 4) como novidades. Isso também pode ter “roubado” público de Curitiba. Sem falar nos mais de 600 corredores que representaram o Brasil na Maratona de Buenos Aires, a maior da América do Sul – número esse superior aos concluintes em Foz do Iguaçu, Florianópolis ou Londrina, por exemplo.
Defendo que o Brasil tenha um calendário unificado das maratonas, mas concentrado em períodos de clima mais ameno. De preferência, entre abril e agosto (tinha pensado em maio, mas há muitas provas, mais do que maratonistas, mas essa é outra discussão). De corridas oficiais, teríamos então cinco meses para concentrar Belo Horizonte (novidade em abril de 2012), Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Londrina, Blumenau (outra volta confirmada para o próximo ano), Florianópolis e Curitiba. Junte-se a esse número Recife (que teve problema na distância neste ano), Brasília, Caxias do Sul (primeira edição, não sabemos ainda se tem aferição oficial) e a do Rio da Yescom. Continuo achando provas demais. Podia ter a metade, mas todas em épocas de frio (com o clima louco, haveria ondas de calor, mas não seria a regra), com organização e percursos favoráveis. Largadas, no máximo, às 7h. Sempre. Fica a discussão aberta.
Por sinal, esse calendário unificado, daí espalhado pelos 12 meses do ano, deveria valer para todas as distâncias. Com o crescimento do número de corridas de rua pelo Brasil, principalmente nas capitais, já passou do tempo dessa “padronização”. Evitaria “confusões” como a do começo de novembro, com a última etapa da Golden Four Asics e o encerramento do Circuito Caixa no mesmo domingo na mesma cidade, Brasília.
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A padronização é sempre bem vinda. Quem sabe um calendário único para o Brasil? Começando claro pelas Federações Estaduais. Porém contendo todas as Corridas: Prefeituras, Iguana, O2, Nike 600, T&F, Yescom… Quem sabe um cadastro único de corredor de rua? Toda corrida tenho que escrever os mesmos dados no Ativo, O2, Yescom, etc.
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Alex, é um trabalho difícil, mas acredito que precise ser feito. A cada ano, temos mais provas, principalmente maratonas. Então, não dá para ficar “solto”. Tem mesmo que começar de cima para baixo, da CBAt e federações, com as organizações trabalhando juntas.
Sabe, em Santa Catarina há um trabalho bem legal. Eles contam com um calendário unificado e dificilmente uma prova bate com a outra em data. Diria que atualmente “quase nunca”! Um exemplo que deve ser seguido. Se eles conseguiram, dá para levar para os outros estados.
Com todos os estados acertados e tendo uma associação coordenando as datas, ficaria mais fácil para chegarmos no calendário nacional. Será que estou sonhando demais?
Abraço
André Savazoni
Serão 13 maratonas em 2012?
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Muitas provas, né Marcelo?
E ainda há o risco grande de eu ter esquecido alguma e alguém dar um toque nos próximos comentários. E veja ainda que não inclui as de montanhas, como a K42 Bombinhas, a Cross-Country de Buzios e a que será organizada pelo Circuito Brasileiro de Montanhas, na Bahia. Somando essas, seriam 16.
Abraço
André Savazoni
É muita maratona pra pouco maratonista. No fim das contas, ou eu escolho uma ou duas pra participar, ou vou só nas aqui perto de SC.
Em 2012, a única certeza que tenho é a maratona do Rio. Porto Alegre e SP também passam pela minha cabeça, mas aí tem que escolher. E só ano que vem decido. Claro que dá pra correr todas, mas em algum momento a pessoa (eu) vai querer fazer um tempo bom, recorde pessoal. Aí não adianta fazer 30 maratonas no ano.
O tempo tá tão doido que tá mais fácil ter tempo bom em outubro e novembro do que no meio do ano.
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Tem razão, Enio, o tempo doido é um problema, mas podemos tentar evitar com épocas onde há a maior possibilidade de tempo frio.
Concordo com você. Também escolho duas maratonas por ano, já que vou atrás de performance. Para mim, maratona não é prova para “completar”, é para correr. Mas essa é uma opinião pessoal.
Como vou fazer Boston no primeiro semestre, sobra mais uma para correr e acredito que farei uma no Brasil. Não está fácil escolher, porque Rio que seria uma boa opção fica a menos de três meses de Boston, ou seja, muito curto. Blumenau, Florianópolis e Curitiba podem ser as opções, nessa ordem.
Abraço,
André Savazoni
É bastante mesmo,mas talvez seja bom que isso aconteça para, aos poucos, aumentar o número de maratonistas, primeiro em quantidade e depois em qualidade.
O que faz tempo que não tem é uma maratona “pura”,sem provas de 5,10 Km e caminhada, isso faz falta.
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Temos de aguardar um pouco mais, Marcelo, mas o número de provas está aumentando e o de concluintes está praticamente estagnado. Ao mesmo tempo, cresceu demais o número de brasileiros correndo no exterior. Em muitas provas, mais do que o total de concluintes numa maratona brasileira! Esse dado precisa ser levado muito a sério.
Concordo plenamente com as maratonas puras. Que me lembre, não temos nenhuma no Brasil atualmente.
Abraço
André Savazoni
Usualmente as maratonas no mundo todo são realizadas nos períodos mais amenos. No hemisfério norte, estão concentradas entre março e junho e entre setembro e novembro, ou seja, primavera e outono, duas temporadas por ano, uma distribuição bem favorável para a maior parte dos maratonistas. No Brasil, o mais ameno, inevitavelmente é no inverno, uma única temporada, o que acaba não sendo tão interessante. Concentra demais as datas. E não dá para encavalá-las demais. Em compensação distribuir as maratonas para caírem em janeiro, por exemplo, inevitavelmente vai gerar críticas (A Rio Maratona da Yescom) justamente por causa do calor. Afasta os corredores também. Acho natural, gostando ou não, que algumas provas venham a se extinguir por falta de interesse. E é o mercado que vai definir isso. Não sei se dá pra criar um calendário. São muitos interesses para tentar acomodar e não existe um controle central cogente que possa impedir a realização de uma prova não homologada.
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Realmente, Nishi, no exterior existe a “temporada” das maratonas. E sempre começam bem cedo, algumas, até de madrugada.
Acredito que daria para fazer isso aqui no Brasil. Tentar concentrar a maioria entre abril e agosto. Valeria o esforço.
Veja, em 2012, teremos em abril Belo Horizonte e Recife. Depois, nenhuma em maio. Voltando para junho com Porto Alegre e São Paulo. Em julho, já confirmado, só Rio de Janeiro.
Concordo com você quando fala que algumas provas irão se extinguir por falta de interesse ou por uma procura baixa. É o mercado que determina isso. E não só no Brasil.
Abraço
André Savazoni
Olá André!
Neste caso também concordo com o George Volpão, veja o que ele disse, no comentário desse mesmo assunto no Facebook:
“Não não, André. É legal ter opções com dificuldades extras, como provas com subidas, calor e tudo mais. O desafio faz parte e se inscreve quem aguenta =) Veja o caso de Foz do Iguaçu. Tem a fama de ser a mais dura. mas veja o nível dos amadores lá… Legal é ter o desafio pra todos. Opinião, apenas =)”
Um bom exemplo de pessoas que fazem questão de correr maratonas no calor, com subidas e descidas e muitos buracos podem ser comprovados no grande número de inscritos na Maratona do Atacama que vai ocorrem em pleno verão no deserto mais seco do mundo, na época que o sol esta a pino na linha do Trópico de Capricornio, linha que corta este deserto pela metade, nesse caso é até importante ter experiência em correr maratonas “difíceis” com calor e muitas subidas e descidas, que é o caso da Maratona de Londrina e Curitiba que continuo defendendo em manter nos mesmos meses em que são realizadas, aliás acho que se todas maratonas brasileiras fossem realizadas nos meses mais frios ai sim, muitas entrariam em extinção, pois muitos maratonistas que gostam de correr 4 ou mais maratonas por ano não teriam tempo de se recuperar e deixariam de participar. Acho que os organizadores de maratonas de asfalto tem que se reunir para evitar que uma maratona caia no mesmo dia da outra, ou com uma semana de diferença, essa é minha opinião.
O grande ultramaratonista Valmir Nunes, já disse em várias entrevistas que gosta de correr no calor, seja em treino ou em provas, esse com certeza foi o fator primordial para ele ter uma das maiores coleções de campeonatos conquistados em ultramaratonas.
Abraços!!!
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Pinguim, as dificuldades da prova continuam. O percurso será o mesmo, não falei em mudança em nenhuma delas. Agora, correr uma maratona no verão, a 40°C, é loucura, um risco desnecessário à saúde. Dificuldade é uma coisa, loucura, outra bem diferente. Ainda mais porque a maioria completa as maratonas em 5 horas ou mais.
E o Atacama não tem muita gente. É uma prova muito legal, vale pelo diferencial, pela viagem. Está de parabéns o Kiko do Mountain Do pela iniciativa. Já falei isso para ele. Mas entre 21 km e maratona, são cerca de 500 pessoas. Que estão atrás de um diferencial. É um outro nicho. Não dá para compará-la com uma maratona do asfalto. Até porque lá no Atacama há um limite no número de pessoas para entrar/rede hoteleira.
O Valmir Nunes é um ultramaratonista, profissional, conhece o esporte que pratica. Não dá para compará-lo com os amadores. Estou vendo, cada vez mais, gente desmaiando e passando mal em provas de 10 km.
Abraços
André Savazoni
Oi André.
Então, li tudo que foi escrito e acho que os comentários já abrangeram praticamente tudo que penso. A temporada é curta, o clima instável (tivemos em pleno inverno 33 graus em Londrina e um fim de semana antes fez 7 graus), quer dizer, o Brasil não é um país ideal para correr maratona. Mas o fato de não ser ideal não significa que não seja impossível. Concordo com Pinguim de que é interessante termos maratona “complicadas” e que o Brasil tem poucas cidades com possibilidade de circuito plano e ao mesmo tempo seja fria.
O que pensei de diferente é que talvez tivesse espaço para uma maratona noturna, talvez no Rio de Janeiro, iria ser bem bacana, mas a logística, não sei.
Abs.
Matheus
Pegando gancho nos posts do Marcelo, 13 foi o número de maratonas de asfalto que tivemos neste ano de 2011. Faltaram na lista: 1a Maratona de Quatro Barras-PR (15/05), 25a Maratona do Fogo de Fátima do Sul-MS (03/07) e 2a Maratona de Teresina (13/08). E o ideal não seria apenas maratonas “puras”, sem provas participativas, mas provas com qualifying. Não faria sentido inventar isso do nada no Brasil, como se fosse terapia de choque. Mas as iniciativas da Rio Pro Maratona (limite de 4h) ou Caxias do Sul (medalhas diferenciadas) são interessantes.
Agora, até acho interessante a existência do calendário unificado por outros motivos, que não os apresentados no tópico, como a criação de rankings. Por mim, não vejo nenhum problema de provas baterem na mesma data. No caso das maratonas, tudo bem se um atleta optar por uma meta quantitativa, mas partindo do princípio de que uma corrida é uma competição, e portanto a meta fundamental deveria ser a qualitativa, o atleta teria que escolher uma prova entre algumas opções, de qualquer jeito. Duas maratonas no mesmo dia também teria o aspecto da concorrência de mercado, o que poderia (ou não) resultar em melhora da qualidade das provas, para ficar num exemplo superficial. Já no caso dos circuitos de provas de 10 km, até poderia haver provas com as datas batendo, mas o calendário completo deveria ser anunciado com antecedência de mais de um ano, para que o atleta de elite possa se programar em qual deles participar. Além disso, como ficaria no momento em que todas as datas forem preenchidas? Não vai ser possível surgir um novo circuito grande de corridas? (como a Golden Four Asics deste ano).
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Hideaki, a ideia do calendário que sugeri não é para delimitar, mas realmente para dar esse parâmetro, evitar duas provas grandes numa mesma cidade. As de 10 km, sim, vão acabar batendo. E, sinceramente, ainda estamos longe de bater todas as datas, o Brasil é um país enorme e isso favorece.
Agora, com o calendário, evitaria um problema como o seguinte: pelas datas extraoficiais que vi, teríamos numa capital brasileira em 2012, no mesmo dia, uma maratona, uma meia e outra meia! Aí não dá, né?
Até como você disse, duas maratonas no mesmo dia, nem que seja uma em Porto Alegre e outra no Recife, algo ruim. Nos Estados Unidos ocorre, mas lá uma cultura de maratonas e público para isso. Ainda não chegamos nesse nível. Tomara que isso ocorra aqui futuramente.
Abraço
André Savazoni
Concordo com o Matheus,deveria sim ter alguma maratona noturna(podia ser 15,meia ou 30 KM também) de preferência em cidades litorâneas.
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Hideki, também concordo com a sugestão do Matheus. Seria ótimo uma maratona noturna. Ou que começasse às 17h (se bem que o horário do por do sol complica um pouco a visão, ainda mais para quem tem astigmatismo como eu, rs).
Abraço
André Savazoni
Se todas as maratonas brasileiras se cocentrarem em 3 meses todas serão afetadas. Em 2012 teremos a Maratona de POA e a de SP com 15 dias de diferença. Mais 30 dias teremos a do Rio. Se as maratonas ficarem muito concentradas muitos maratonistas terão que optar por apenas uma, o que diminuirá o número de maratonistas em todas elas.
André,
Corri Curitiba esse ultimo final de semana. Com certeza o clima me surpreendeu favoravelmente – esperava muito calor para a época.
No mais, os colegas ja disseram um pouco de tudo q eu ia dizer:
O mês de outubro ou novembro para Curitiba é complicado – a combinação altimetria+possibilidade de calor não é legal.
As Maratonas de POA e SP no mês de junho/2012 se tornam inviáveis para muitos que pretendam correr as duas, como é meu caso.
Com relação ao número alto de maratonas no Brasil, para poucos maratonistas, haverá sim uma seleção natural, prevalecendo as mais estruturadas e/ou com mais tradições.
Lembro da Maratona do Sol Poente – Ceará em 2010 (a qual participei). Foi uma proposta interessante, com largada às 16h e chegada, para muitos, por volta das 20 horas, porém não ouvi falar mais nada desta maratona neste ano, nem tampouco para o ano que vem.
Concluindo, concordo que as condições climáticas do país justifiquem a tese de concentrá-las entre os meses de abril a agosto, como vc sugeriu. O ponto negativo disso para aqueles que costumam se preparar para 2 o 3 maratonas ao longo do ano, é que terão que sacrificar algumas, sobretudo aquelas com mais tradição ou padrão de organização e assim, encaixar alguma das “novatas” no seu calendário.
Não quero aqui polemizar sobre essa questão. Muitas dessas “novas” maratonas podem vir a se tornar boas provas, com ótima organização, mas, se eu tiver que optar, darei preferencia por aquelas com reconhecidos padrão de organização e respeito pelos atletas (como POA, por exemplo).
Talvez como um colega sugeriu, uma maratona à noite poderia ser encaixada fora dos período sugerido por vc, dessa forma minimizaria-se os efeitos da temperatura.
abraços
@marcoprimeiro
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Realmente, Marco, para quem vai em busca de performance, tem de ser feita uma escolha. Dá para correr forte duas, no máximo, três maratonas no ano. Mas isso ocorre no exterior também. Só que lá fora o total de maratonistas é grande. Aqui, há mais provas do que corredores, a meu ver.
Abraço
André Savazoni
Acho que as maratonas de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, que ficam bem no sul do Brasil “deveriam” ser feitas no outono ou na primavera, já nas cidades que ficam próximas do Trópico de Capricórnio como São Paulo, Rio de Janeiro e Londrina “deveriam” ser feitas no inverno, mas lembrando que cada estação do ano tem 3 meses, portanto é possível sim fazer uma maratona para cada mês no inverno e também para cada mês no outono e na primavera. Todas com grandes possíbidades de “clima ameno”, ou seja nem muito frio e nem muito calor, mas o suficiente “para uma pessoa que treina” aguentar. Abraços!!!
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Pinguim, nesse seu ponto de vista, discordo totalmente. Curitiba já é na primavera. Época ruim, na maior parte do tempo, faz calor. Porto Alegre já é no outono, estava um calor infernal este ano. E os gaúchos passaram o ano me falando que, quase sempre, há uma onda de calor, o veranico de maio, na capital gaúcha. Tanto que a organização, sabiamente, já jogou para junho a prova em 2012. Quanto mais próximo do final de junho/início de julho, melhor para Poa. Florianópolis deu sorte este ano (como Curitiba), mas 2 de outubro, convenhamos, é uma data ruim.
São Paulo já é bem próxima do inverno. O problema na capital paulista é o horário da largada, um absurdo de tarde. E a do Rio está bem em julho, apesar de na capital carioca não dar para fazer prognóstico. Mas, pelo menos, a data está correta.
Abraços
André Savazoni
O nordeste é quente o ano todo, porém é abençoado com a BRISA o ANO TODO, que é um vento constante e fresco que sopra do mar ao anoitecer. Então por que não maratonas noturnas por aqui? Sempre treino a noite aqui e posso dizer que não existe clima mais ameno! A própria grande Maratona no Rio era realizada à noite. Então poderíamos ter maratonas no sul/SSE no inverno e nas capitais nordestinas maratonas no verão noturnas. Posso garantir que serão bem agradáveis e ainda mais aproveitando o fluxo de turistas que aparecem por aqui neste período!
Maratonas noturnas têm grandes empecilhos, tais como o bloqueio do trânsito num sábado à noite – ruas cheias, hora da balada, problemas de segurança (assaltos, ou mesmo quedas e contusões em local escuro), marcação do percurso (maratonistas podem se perder no escuro), premiação se estendendo até o começo da madrugada… Acho muito difícil um organizador se arriscar a ter tanta dor de cabeça fazendo uma maratona noturna. Fazendo no domingo de manhãzinha os problemas e desafios serão bem menores.
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Concordo Julio Cesar. O trabalho para uma maratona noturna é mais complexo. Mas que seria legal, disso não tenho dúvidas. Agora, com a iluminação pública que temos no Brasil, acho que eu não conseguiria correr porque não iria enxergar nada!!! Largar bem cedo no domingo, tipo às 5h, acabaria sendo mais viável, até porque reduziria em muito os problemas no trânsito.
Abraço
André Savazoni
Muito legal essa discussão, troca de ideias, opiniões diferentes. Pena que os organizadores não participam para ter uma ideia e ajudarem no crescimento das provas.
Então, respeito todos os pontos de vista, concordo com alguns, discordo de outros, porém, mantenho o meu, maratona tem de ser num clima e horários condizentes com a dificuldade que a distância exige e também com o grau de esforço necessário, seja para correr sub 3h ou em 5 horas. Até acho que as pessoas se preparam mal em questão de saúde para uma maratona. Não acho que é uma prova para “completar”, para “correr para ver como é”, mas podemos voltar à essa discussão futuramente.
Uma maratona noturna para minimizar os efeitos do calor seria uma alternativa? Com certeza. Mas como disse o Julio César, a organização teria de ser 200%. E acredito que, nesse caso, o que não agradaria a muitos, ter um limite razoável de tempo para conclusão. Por exemplo, máximo de 5 horas. Com largada às 17h, terminaria às 22h.
Agora, uma solução possível e que não coloquei no post porque levaria muitas “pedradas”, rs, é antecipar ao máximo o horário da largada. Brasileiro vai, viaja ao exterior e aceita com sorriso no rosto largar às 5h, mas quebra o pau em provas aqui no Brasil se isso é proposto.
Dá para fazer as maratonas no Brasil na primavera e outono, ampliando o limite dos cinco meses que sugeri (se bem que abril/maio/junho estão no outono), claro que dá. Só largar às 5h. E pronto. Veja, quem completa em cinco horas, estaria terminando por volta das 10h, 10h e pouco. É bem diferente de largar às 8h e estar às 13h correndo. Ou começar às 7h e enfrentar um sol do meio-dia, que faz muito mal à saúde.
Então, para uma maratona, acredito que tem de unir o clima+largada cedo, com hidratação excelente, principalmente na segunda metade. Água e isotônico. Se o percurso tem subida, descida, é plano, isso vale como característica de cada evento. Não vejo problema algum. Vale a pena para testar os limites.
E a discussão, nesse caso, são as maratonas no asfalto. As em trilhas, montanhas, têm outro perfil, muita sombra e, mesmo no calor, você não sente como no asfalto.
Abraços
André Savazoni
Excelente o post e a discussão. Penso que maratonas em locais mais quentes poderiam ser a noite, como no nordeste e no Rio (com organização 200%. SP poderia largar as 7h e outras que fossem na primavera ou no outono ter a largada às 6h.
Abraços
Não sei se concentrar as datas nestes meses é correto ou não. Mas já passou da hora de haver um planejamento centralizado envolvendo as maratonas brasileiras. É preciso dar apoio aos atletas que estejam interessados em fazer mais de uma no ano. Tenho certeza que a partir do momento que for possível identificar os interessados em fazer duas ou mais maratonas em apenas um ano, e este atleta receber algum tipo de incentivo para fazer as duas em território nacional, o número de maratonistas em provas nacionais vai crescer muito. Este apoio poderia ser a hospedagem por exemplo garantida pela prefeitura, ou desconto em passagem aérea com apoio do ministério do turismo. Abcs!
Olá Alex Cysne! Você ta mais para Alex Coruja, risos!!! No ponto de vista de um fotógrafo, maratonas no escuro são péssimas para se fotografar, principalmente quando queremos fazer fotos artísticas tendo ao fundo os cartões postais das várias cidades. No caso o flash só atinge os primeiros corredores, e o fundo fica totalmente escuro, no final teriamos fotos iguais de todas as maratonas do nordeste.
Oi André! Quanto a essa sensação de “calor” que muitos maratonistas sentem durante a prova (nem todos), vai de pessoa para pessoa, você sentiu calor em Porto Alegre, eu não, isso depende muito da adaptação que o corredor desenvolve nos treinos, como sabemos devido ao trabalho a maioria dos maratonistas só treinam bem cedo, até as 7 horas ou a noite, poucos treinam durante o dia, uma boa opção para quem pode naturalmente é treinar em horários mais quentes para se adaptar, em 2012 eu pretendo correr na Maratona do Recife, e vou fazer a maior parte do meu treino no horário do almoço. Abraços!!!
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Pinguim, sentir calor, é uma coisa. Estava calor em Porto Alegre. Foi o dia mais quente do outono. O dia da Maratona de Porto Alegre. Não é frecura ou sensação, esquentou demais. Tanto que a organização jogou a prova mais para frente em 2012, já em junho. O “veranico de maio” não é conto de fadas, é um fato, pode falar com qualquer gaúcho, rs.
Você treinar na hora do almoço vai causar um desgaste no seu corpo desnecessário.
Abraço
André Savazoni
André! Quanto ao horário de “5 horas” que você propõe tem mais pontos negativos que positivos, o principal dele é a logística para chegar na prova dentro do horário, pode ser “fácil” para quem fica hospedado no hotel do lado, mas se torna um pesadelo para os maratonistas e também para os vários staffs que não tem carro e que dependem única e exclusivamente de transporte coletivo para chegar no local da largada a tempo, alguns teriam que montar barracas e acampar para garantir o “start da prova”, risos!!! Até mesmo para quem tem carro esse horário é bem mais perigoso para um assalto, devido ao alcance das redes socias do tipo Facebook, Twitter e Orkut, muitos assaltantes ficariam de plantão na hora que o feliz maratonista tirasse seu carro da garagem entre 3:30 e 4 horas da manhã para ir a prova. E te mais andar na madrugada em uma cidade que você não conhece amplia o risco em 50%. Tenho certeza que muitos concordam com esse meu ponto de vista. Abraços!!!
Falando em maratonas largando muito cedo, agora já estou mais experiente, mas já passei algumas vezes pela desagradável experiência de sair do hotel para a prova sem café da manhã, pois nenhum hotel se propõe a servir o café às 5:00 hrs, mesmo que esteja lotado de maratonistas, teriam que pagar hora-extra para os funcionários então não fazem. Saí do hotel às 5:00 hrs da manhã pra correr a Super do Rio Grande – 50 km, só com um todynho e umas bolachinhas. Tá certo que tinha comido muito bem no dia anterior, mas pra um amante do café como eu começar o dia da maratona sem um café quente e forte é dureza. Para ficar viável pros maratonistas de fora da cidade a largada tem que ser no mínimo às 07:00 hrs da manhã, então quase sempre a gente consegue um café no hotel à partir das 6:00 hrs. Largada mais cedo do que 07:00 hrs é certeza de sair do hotel sem café.
E para piorar ainda mais a situação de tudo que disse no meu comentário anterior, poucos hotéis estariam preparados para servir o café da madrugada (ops, quero dizer o café da manhã), risos!!! Fora também que afeta totalmente o relógio biológico, deixando muitos com insônia devido a ansiosidade de não peder o horário da prova, etc, etc, etc e tal… Abraços!!!
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Temos de cobrar uma melhor estrutura dos nossos hotéis. Isso sim, estamos pagando por um serviço, não é caridade. E procurar, na hora de fazer a reserva, hotéis que se comprometam a antecipar o café da manhã um dia. De 365 dias do ano, um dia, o da maratona!
Abraços
André Savazoni
Por coincidência meu comentário entrou em concordância com o do Julio, publicamos quase no mesmo segundo, concordo com o Julio o limite de mais cedo teria que ser as 7 horas, da para unir o útil (logística e alimentação) com o agradável (temperatura amena). Abraços!!!
Obrigado, Pinguim, por colar meu comentario no facebook por aqui. Mantenho a opinião e concordo demais com o colega que disse que é o mercado que determina. Também concordo que tá rolando mais maratona do que maratonistas. Por outro lado, nos USA tem 5 maratonas por final de semana, desde as pop como NYC e Chicago até as de bairro mesmo, com largada e chegada marcada com giz no chão, no melhor estilo roots.
Enfim: é o mercado e acho que deve continuar como está, corre quem quer. Quer baixo tempo? Vai pra Poá. Quer desafio? Vem aqui pra Curitiba ou se atira em Foz do Iguaçu. Quer belas imagens? Vai pra Bombinhas ou pro Rio.
Não penso que “facilitando” marcas pessoais através de horário de largada ou estação do ano teremos um maior número de maratonistas. Aliás, um maratonista se faz por paixão e não por disponibilidade de prova em locais próximos de sua casa ou da estação do ano.
A respeito na redução do número de atletas em Curitiba, certamente o fator Buenos Aires tem influência (conheço muito corredor que adora encher a boca pra falar que correu maratona fora ou que correu 10 minutos mais rápido do que faria aqui em Curitiba), bem como o tradicional calor que faz por aqui em novembro (esse ano foi uma incrível exceção). Caiu de 2.000 pra 1.200? Não vejo problemas nisso, sinceramente.
Parabéns, André, por estar alimentando e disponibilizando este espaço que, tenho certeza, está entre os melhores canais de debate do corredor brasileiro.
Abraços a todos.
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George, seja bem-vindo
Então, mas quando levantei a discussão, não estou falando de dificuldades das provas, mas sim que tenha um calendário para que uma não caia sobre a outra e que, também, seja possível correr mais de uma prova (para quem busca performance) aqui no Brasil. O que acaba sendo difícil em alguns momentos. Acho que isso ajudaria a todos.
Abraço
André Savazoni
Amigos, outro detalhe: cotação do dolar X euro X real. Todos sabemos que por enquanto a cotação está razoavelmente suportável, mas com o dolar retornando à casa dos 2 reais a coisa deve mudar e a farra das maratonas na europa e EUA deve reduzir. Mas devemos nos manter economicamente favorável dentro da américa latina, assim, provas na argentina, chile, e outros países latinos devem continuar atraindo muito atleta brasileiro. Abcs!
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Leo, realmente, se o câmbio der uma mudada, isso vai influenciar. Veja o meu caso. Vou para Boston o ano que vem, é uma oportunidade talvez única. Não posso deixar passar. Porém, as passagens aéreas estão bem caras, não é uma viagem barata. Muito longe disso. É mais barato ir para a Europa do que para os EUA, pelo menos na comparação entre as passagens aéreas.
Abraço
André Savazoni
Olá Andre…
Concordo com George Volpão em tudo o que disse acima. Muitas maratonas para poucos maratonistas. Eu sou ultra por paixão, amo as longas distâncias e fiz um tempo excelente em Foz do Iguaçu percurso pedreira para muitos maratonistas… Amei correr em Curitiba fazendo a terceira prova esse ano. Em 2009 peguei todas as estações do ano em quase 04hs de prova, esse ano foi maravilhosamente gostoso correr por lá.
Acho que se deve deixar exatamente como está e que tenhamos mais provas de 42km com qualidade. Afinal somos nós os atletas/clientes que vamos decidir quem fica ou quem sai do calenário brasileiro.
Quanto a largada concordo que 7hs ou menos seria o ideal, não atrapalha o transito nem prejudica os mais lentos… Outra excelente idéia do meu amigo querido Matheus Tonello seria uma prova noturna de preferencia na beira da praia como no Rio de Janeiro…
Bjks
Meire/Baleias – BH-MG
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Meire, nem fale das quatro estações do ano passado em Curitiba. Estava lá também.
Sim, também defendo essa ideia de que temos hoje muitas provas para poucos maratonistas. Sim, as largadas às 7h, no máximo, Não pode ser mais tarde do que isso. Citei o horário das 5h como uma opção, uma exceção. Por exemplo, a maratona que a Yescom vai organizar no Rio de Janeiro em janeiro! Com certeza, a temperatura chegar ao famoso Rio 40 graus, ou seja, não dá para largar às 8h. Se 5h é muito cedo, que seja às 6h, ainda mais porque querem fazer uma prova de performance, com tempo limite de 4 horas de conclusão.
Abraço,
André Savazoni
Amigos,nunca vamos agradar a todos.
Deixa como está, e cada um escolhe a que melhor lhe convier.
Com relação ao fato das pessoas estarem correndo mais no exterior acredito que seja por pura opção e não por não ter maratona aqui que a satisfaça.
Agora,acho que poderiam ser mais cedo sim.E o café da manhã a gente leva e toma no quarto.Por sinal é essa a logística que a nutricionista recomenda.
Um Abraço à todos os GUERREIROS!!!!
A pedido de Marcos Viana doy una opinión, con todos gusto. Concuerdo con mucho de lo que se dijo. Creo que algo más a considerar es dividir las maratonas por sus características. Por ejemplo: 1- La MAS RÁPIDA do Brasil, que en mi oponión debería ser la de Porto Alegre, por ser en maio, clima y planimetría. Claro que son vces, jornalistas y corredores, que deben elegir, y no yo. 2- La MEJOR ORGANIZADA. 3. La MAS DIFICIL. 4. La MAS INTERNACIONAL. 5. La DE MAS BELLO PERCUSO, etc.
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Grande Juan, sua participação engrandece o debate, a conversa.
Ótima sugestão. Seria bem interessante esse “eleição”, vou levar para frente. Agora, concordo sobre Porto Alegre, mas, parece, pelo que sempre ouvi dos corredores (não tive o prazer de corrê-la porque ainda não era um apaixonado pelas corridas de rua, fazia outros esportes), que Blumenau, que volta em 2012, pode ser uma ótima concorrente à prova gaúcha no termo velocidade. Vamos aguardar.
Abraço,
André Savazoni
Pinguim, Julio Cesar
A ideia que sugeri da prova às 5h, por exemplo (ou talvez às 6h), seria uma exceção, não uma regra. Uma forma de ampliarmos o calendário de maratonas brasileiras. Apesar de continuar achando que temos muitas provas.
Quanto ao café da manhã, é só comprar no supermercado e tomar no quarto. Isso não é um fator que vá tirar alguém da prova. Mas, daí, também, entramos numa questão que já levantei aqui no blog: as cidades (entendam prefeitura, comércio, restaurante, moradores….) têm de vestir a camisa da maratona para ela ser inesquecível e muito bem organizada. Assim, é só a organização fechar parcerias com hotéis. Vejam o caso de Nova York ou Chicago, as cidades vestem a camisa das provas. E, Pinguim, se alguém vai se perder na cidade de carro, isso acontece em qualquer hora do dia. Além disso, é só colocar 4 atletas dentro de um táxi e pronto. Pare de complicar o fácil de resolver, rs. Não é essa a discussão!
Como também, a maratona noturna (uma ideia bem aceita por vários aqui no blog) também seria uma exceção, uma prova única no ano. Até por isso seria atraente. Realmente, correr no Rio à noite ou em outra cidade litorânea, valeria muito à pena.
Abraços
André Savazoni
Ano passado em Curitiba tinha ônibus da organização buscando os corredores nos hotéis e quem estava se dirigindo a ela,isso antes das 6 da manhã e depois da prova levavam de volta,duvido que em provas que não sejam de Prefeituras isso ocorra.
Estou de acordo com o nosso amigo André Savazoni. Deveríamos ter provas mais cedo, com largadas no máximo às 07 da manhã, sendo já um horário meio tarde. Eu por exemplo, desisti das provas da Yescon pelo fato de suas largadas serem tarde demais, principalmente quando há cobertura da Rede Globo, desrespeitando os atletas que ficam horas expostos ao sol nos dias de muito calor. Precisamos urgentemente melhorar nossos calendários de corridas e os horários das largadas, e nós, corredores, podemos nos unir para que isso aconteça.
Abraços a todos.
Vannucci Jr.
A Maratona é uma prova especial organizada para participantes “treinados”, ou assim deveria. Estamos em um País tropical, portanto o calor será mais um obstáculo a ser superado. Com certeza as provas tendo sua largada no máximo as 7:00 horas irá ajudar em muito os participante, e também a população que reside em torno do percurso. Outro ponto é que se realizadas em alguns meses do ano seus participantes terão uma probabilidade de encontrarem situação climatica mais favoráveis. Indo além, acredito que ninguém vai á uma quitanda comprar frutas estragadas!!!! Pensando desta forma quanto mais provas tivermos durante “todo” o ano melhor será para os que dela pretendam participar, ficando a cargo da organização realizá-la da forma mais organizada possível. As maratonas mal organizadas automaticamente serão instintas, ficando apenas as mais organizadas. Para encerrar, ninguem é obrigado a participar de todas e sendo assim quanto mais provas tivermos melhor para nós como atletas que podemos escolher qual delas participar ou excluir do nosso calendário.
Oi André! Concordo com você que não podemos generalizar os horários de largadas da maratonas, minha “nova sugestão” é largadas as 7 horas nas cidades localizadas na região subtropical do Brasil, (que estão abaixo da linha do Trópico de Capricórnio), pois demoram mais para clarear, no caso da Maratona de Recife 7 horas é muito quente, pois lá 5 horas da manhã já esta claro, acho que a largada tem que estar relacionado com o “horário solar” de cada região, tem que ser no início do alvorecer, por isso tem que se levar em consideração dados como latitudes, longitudes e fusos horários, por exemplo enquanto que na cidade de Recife que esta no extremo leste do fuso horário mais avançado do Brasil clareia as 5 horas (horário de Brasília) na cidade de Uruguaiana (que esta no estremo oeste do mesmo fuso horário) clareia as 7, Obs.: a diferença de quase 2 horas e não de 1 hora se explica no caso dessas duas cidades pelo motivo de ambas extrapolam a faixa da hora solar natural, para entender o que estou falando veja entre neste link: http://24timezones.com/
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Então, Pinguim, é exatamente o que eu defendo. Largada de maratona, no máximo, às 7h. Mais tarde do que isso, prejudica a maioria dos inscritos, que completam acima de 4 horas e até das 5 horas. Veja, a corrida é uma prova democrática. Estou buscando, cada vez mais, correr a maratona em 3 horas ou abaixo disso, mas sei que temos de lutar por todos os inscritos (defendo isso sempre) e, por isso, não entendo por que começar a maratona após as 7 horas. E, nos casos como você citou, do Recife, aí, teria de ser mais cedo. Como no Rio de Janeiro em janeiro na maratona da Yescom, a Rio Pro.
Abraço
André Savazoni
Ainda sobre horário de largada, nem sempre o mais cedo possível é o melhor. Este ano na meia maratona de Curitiba realizada no meio do inverno, a largada foi às 7 da manhã, e a temperatura estava 0 e 2 graus celsius, fora o ventinho e a escuridão. Nesse caso a largada poderia e deveria ser às 09:30 ou mesmo às 10:00 hrs. Então, cada caso é um caso e deve ser analisado com atenção.
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Com certeza, Julio. Veja o caso da Meia das Cataratas, que corri neste ano: 8h e estava um frio daqueles, daria para ter largado às 9h sem problemas também.
Por isso que o texto refere-se especificamente às maratonas. Nos 42 km, no Brasil, não dá para dizer com certeza que será frio numa prova no inverno, então, 7h a largada no máximo. É o que penso, até para proteger quem corre acima de 4 horas (a maioria) e até das 5 horas (que são em número elevado também).
Nas outras distâncias, vale o bom senso da organização.
Abraço
André Savazoni
o problema é o seguinte: no Brasil tem aumentado muito o número de corrida, mas não o número de corredores e sim de andarilhos nas provas. Corredor e é corredor não escolhe o horario das provas e sim treina para todas, das mais fáceis às mais difíceis.. Tem corredores de maratona que só correm uma por ano, e tem muitos que gosta de correr todas. Muitos corredores vão correr no exterior sem ter corrido uma única maratona no Brasil. Aqui temos todos os tipos de provas, mas correr no exterior para a maioria dos brasileiros é praticamente impossivel, cada cidade tem um número muito pequeno de maratonistas. Não são todas cidades que têm condições de realizar um transporte até a largada da maratona. Muitas vezes os hotéis são longe. Veja o caso de Foz, se a organização não desse transporte, dificilmente teríamos a maratona.
Borges.
Sim Borges, alguns nunca correram nenhuma maratona aqui e vão correr no exterior. Alguns até nunca correram nenhuma prova de 10 km aqui e vão correr maratona no exterior. É impressionante mesmo.
Marcos Jeferson Pangare Ferreira
” A troca de organizadora com a redução da premiação para a elite num primeiro momento (depois, voltou ao normal) e o corte do dinheiro nas faixas etárias pesou para isso? Sim, mas não foi o único fator. ”
A resposta o mesmo já deu na sua entrevista que deu para a ContraRelógio e esta postada neste comentário.
Eles valorizam os atletas das elites A e B e retiram as premiações das demais categorias, só medalhas e mais nada.
O horário dessas provas longas devería ser de madrugada como faz a VoltadaIlha,aqui no Rs as provas são realizadas a sol pleno, o Corpa e demais organizadores deste tipo de evento não está preocupado com este detalhe.
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Realmente, Marcos Jeferson, por isso que defendo que maratona tem de começar, no máximo, às 7 horas. Mas, em muitos casos, antes. O exemplo da Volta à Ilha é muito bom mesmo. Está certo que a distância é bem maior do que uma maratona, mas se pensarmos em quem completa em média em cinco horas, largando às 7h, estará correndo por volta do meio-dia. É um risco desnecessário para a saúde da maioria.
Abraço
André Savazoni
Só mais um dado para nosso bate-papo, que está muito interessante. Acredito que tomos estejamos aprendendo com essa discussão sadia. Em 2007, se não me engano, na Maratona de Chicago, com uma onda de calor, a temperatura passou dos 30°C e, devido ao número de pessoas passando mal, pensou-se até em cancelar o evento. Está certo que são 40 mil inscritos (era um pouco menos na época), e que proporcionalmente, daí, o calor atingiria mais pessoas, porém, veja, aqui no Brasil, temos muitas maratonas com temperatura na segunda metade chegando próximo dos 30°C ou até mais. Somos um país tropical, estamos mais preparados para aguentar essa temperatura? Sim, em partes. Quem treina em Curitiba, por exemplo, sofre bem mais do que os cariocas, por exemplo. Então, por isso que defendo (vou bater sempre nessa tecla), largada dos 42 km, sem exceção, em qualquer cidade do Brasil em qualquer época do ano, no máximo, às 7h. Agora, tem de valer o bom senso. E em períodos do ano de tendência ao calor, tem de ser mais cedo.
Abraço e obrigado pela participação de todos
André Savazoni
Nossa este post dá um livro. Quanto ao café da manhã se hotel facilita tudo bem, senão eu sempre tenho o plano “B” com mergulhão (esquentador de água) – café soluvel – pães – geléias – etc. Não dá para ser maratonista sem planos B, C, D, …
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Perfeito Alex, é isso mesmo (estou rindo sozinho aqui em frente ao computador com o mergulhão!).
E, além disso, no dia da maratona é melhor nem ver aquele café da manhã do hotel. Vamos só passar vontade. No meu caso, um pão com peito de peru e queijo branco, um copo de suco natural e banana com aveia e mel. No resto, é melhor nem olhar para não correr risco de passar mal! Então, dá para ter tudo isso no quarto do hotel.
Abraço
André Savazoni
Prezados corredores e jornalistas,
Como morador de Curitiba concordo totalmente que a nossa Maratona deveria ser no inverno, pois treinamos seis dias por semana, em 95% dos dias abaixo de 20º, em novembro somos expostos a mais de 10º acima da média anual da nossa cidade.
Discordo que o esvaziamento de uma Maratona que estava em ascensão(Curitiba), tenha sido o calor, o real motivo foi o nosso boicote à secretaria de esportes e Lazer de Curitiba, dos atletas de desempenho que treinam todos os dias e achamos injusto treinar 10/12semanas, para ganhar um mízero “Trofeuzinho”.
A Premiação das categorias impactou diretamente no esvaziamento da prova, são 240 atletas que deixaram de ser premiados, porém para as 240 vagas multipliquem pelo menos 10 corredores que se preparam para conquistar uma das vagas. Eu e muitos colegas quando soubemos do regulamento abortamos o treinamento para a Maratona de Curitiba, alguns como eu fomos para foz do Iguaçu e outros focaram outras competições.
A Constatação da minha afirmação etá na queda do índice técnico da prova comparando resultados de 2010 / 2011 – apenas no quisito concluintes sub 3hs, de 150 caiu para 34 corredores. A elite (A e B) também foi reduzida, pois o corredor de elite só vai para a disputa se ele tiver a garantia que se não for premiado no geral, vai pegar a premiação da categoria, para livrar ao menos as despesas da viagem.
Assim pensam a Maioria dos maratonistas que se dedicam aos treinamentos de performance, classe que está se extinguindo com a falta de premiações aos amadores. Basta verificar os indices dos rankings das Maratonas do Brasil que estão piorando ano a ano (ex em 2000 os 5 melhores da minha categoria 45/49 estariam entre os 07 primeiros de Curitiba, em 2011 o primeiro 45/49 fez apenas 2:54 hs) chega a ser triste ver um esporte se acabar.
A redução de corredores em Curitiba, com certeza, não foi por falta de premiação na faixa etária em dinheiro. Vamos fazer o cálculo: quantas pessoa ganham na faixa etária? São pouca e sempre as mesmas. Quem corre maratona, corre por prazer de correr de estar participando.
Vejamos alguns que dizem serem maratonistas: não corro Foz porque tem subida, não corro Curitiba porque lá faz calor, não corro Brasília porque a umidade do ar lá é muito baixa, não corro São Paulo porque a largada é às 9:oo hs…
Será que algum dia todos vamos estar de acordo com tudo? Impossível. Vamos passar discutindo o ano todo sem resolver nada.
Maratona com largada às 7:00 com chuva ou sol, com subida ou sem, tá bom demais.
Abraços
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Borges, é o que defendo. Maratona com largada, no máximo, às 7 horas. O resto, sobre o percurso, cada um escolhe onde correr. Agora, que a Maratona de Curitiba, a meu ver, tem a data errada, isso tem. E que devemos concentrar as provas num período de clima mais ameno, também.
Abraço
André Savazoni
borges.