No sábado, estive em Paranapiacaba. A “cidade que parou no tempo” recebeu a terceira etapa da Copa Paulista de Montanha. Nunca corri uma prova tão difícil. O barro, o rio, a erosão, a chuva da semana, as trilhas fechadas, os troncos… Realmente, uma aventura. Tanto que, pela primeira vez, não completei uma corrida. Um tombo, no trecho mais fácil, próximo ao km 8 e o dedão fora do lugar. Caí para o lado esquerdo, machuquei a mão direita. Vai entender. Corri mais um pouco, mas achei melhor parar. No PS, tudo resolvido. Agora, valeu uma reflexão, que nunca tinha feito: em provas assim, o ideal é nunca ir sozinho.
Como era um passeio diferente (que as crianças adoraram, por sinal), estava com a família toda em Paranapiacaba e vários amigos. Então, com o dedo já no lugar e uma tala só por garantia, seria difícil dirigir. Não impossível. Se a necessidade pedisse, daria um jeito. Dolorido, claro, e não 100% seguro (nem inteligente). Com a Mari junto, ela voltou guiando e pronto. Tudo resolvido.
Agora, levar um tombo faz parte do kit das provas de montanha (e pode ocorrer no asfalto também!). Lógico que havia diversos amigos na corrida, que ajudariam no que precisasse, mas a situação vai ficando mais complexa. Por exemplo, Antonio Colucci, Nishi, Ângelo da Silva, só para citar três, estavam em Paranapiacaba. Mas os três foram sozinhos. E se um deles tivesse machucado a mão? Alguém daria uma carona? Claro. Mas e o carro? Viu como vai ficando mesmo complexo. Ah, não estou agourando ninguém! (rs)
Aqui em Jundiaí, na maior parte do tempo, sempre montamos uma “barca” para as viagens. Dois, três, quatro, oito corredores… muitas vezes, o comboio é bem grande. Até vans chegam a ser alugadas. Uma segurança a mais. Outro ponto a refletir: quando vou de carona com alguém, em 99% das vezes, levo o RG, dinheiro, um cartão bancário e… só. A carteira de motorista fica em casa. Ou melhor, ficava. Desde sábado, ela estará sempre junto. No lugar do RG. E fica a dica, quando possível (principalmente em corridas mais distantes ou com risco maiores, como as de montanha), não vá sozinho. Outra opção é ir com agências de viagem, que fazem o traslado.
Ah, só para confirmar, minha mão está ótima (tanto que estou escrevendo esse texto na boa). Os corredores que viram, ficaram assustados com o dedão parecendo um S, fora do lugar! Mas eu sabia que não era nada. No PS o médico colocou no lugar, fez uma tala de segurança. Ontem, tirei um raio X por segurança e nada de lesão. Só imobilizado por alguns dias, para recompor o ligamento. Nada que atrapalhe a corrida. Como teste, rodei 3 mil fortes ontem (11:16) para ver como me sentiria. Dor alguma. Hoje é off e, amanhã, treino normal. Só mais uma história para contar.
Foto: Ainda (um pouco) sujo de lama, mas com o dedo já no lugar indo tomar uma ducha. Tião Moreira captou o momento!