Há treinos que fazem muito bem para a cabeça, te deixam confiante

A preparação para a maratona é longa. Cansativa. Desgasta cabeça e corpo. Os longões são cada vez mais longões. A quilometragem semanal só aumenta. Eu adoro. Me apaixonei pela distância. Desde o começo do ano passado, treino exclusivamente para os 42 km. Primeiramente, Porto Alegre. Depois, Punta del Este (Uruguai). Em abril de 2012, a centenária Boston… Faço 95% do treinamento sozinho. Seja velocidade ou resistência. E há treinos que fazem muito bem para a cabeça, te deixam confiante. Como o de 12×400 m desta quinta-feira (1º).

Confesso que, antes, ia para os longões com sorriso no rosto. Continuo assim. Deve ser algum problema, mas fico feliz demais de acordar de madrugada aos sábados para rodar 24, 27, 30, 32 km… Porém, sempre virava a cara (o sofrimento era demais) para os famigerados tiros. As séries de 12×400 m ou 6×800 m ou 6×1.000 m só para citar algumas das torturas modernas. Sofria com antecedência. Hoje, não. Estou (um pouco) mais experiente e confiante. Tenho muito a aprender, mas uma coisa está resolvida: não sofro mais por antecedência. O negócio é na hora, sem pensar, vamos até o final. Vale o mesmo para o antes da prova.

Nesta quinta-feira (1º), fiz o treino de 12×400 m mais redondo até hoje, controlando o ritmo e não sendo controlado por ele. Pela primeira vez, mesmo forçando bastante em um dia quente sem qualquer sombra na pista de atletismo do Bolão, não terminei sentindo o “pulmão sair voando”, pelo contrário, a recuperação foi muito boa e, no final, as pernas é que acabaram mais “judiadas”.

As passagens (com 1 minuto de intervalo e 1:40 a cada 4 tiros) foram 1:25, 1:23, 1:22, 1:19, 1:21, 1:21, 1:21, 1:21, 1:23, 1:21, 1:18 e 1:17. Se fosse para o Desafio Sub 40, acredito que a média deveria ter sido mais baixa, mas como o foco é a maratona (e será pelos próximos anos), fiquei muito confiante. Há treinos que fazem muito tem para a cabeça, te deixam confiante. Esse foi um deles.

Mas o treino passou. Tem muito esforço ainda até o dia 16 de abril. No domingo, por exemplo, vamos ver se baixo meu recorde pessoal mundial da Meia-Maratona de São Paulo. Tomara, apenas, que São Pedro se faça presente e aumente a umidade do ar, diminuindo a altíssima temperatura. Caso contrário, será “somente” mais um longão para a conta! Nesta sexta (02), estarei com o Sérgio Rocha e o Tomaz Lourenço no estande da Contra-Relógio na entrega dos kits. Se tiver um tempo, passe por lá. E vamos aos treinos.

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