Blog do Corredor André Savazoni 10 de julho de 2012 (6) (154)

De platô em platô, você vai evoluindo e baixando seus tempos

Neste quarto ano ininterrupto de corridas e treinamentos, tenho uma certeza: você vai evoluindo de platô em platô. Se esforça. Sobe um pouquinho. Fica um período nesse espaço. Mantém a evolução e sobe mais. Novo período de “estagnação”. Acho que a palavra melhor seria “consolidação”. E assim sucessivamente. Não importa a distância: 10 km, 21 km ou 42 km, para citar as tradicionais.

Pelo dicionário Houaiss, platô é o “mesmo que planalto, superfície elevada e plana ou com poucas ondulações, entalhada por vales encaixados, o que supõe uma certa altitude acima do nível do mar”. Calma, não estou ficando louco nem esvaziei uma garrafa de vinho antes de escrever. Imagine você em uma aula de geografia: sobe o morro e tem um período plano, para “respirar”, até começar a subir novamente… atingindo outro platô… e vamos que vamos.

Trazendo para nosso mundo da corrida. No ano passado, corri umas cinco ou seis meias-maratonas entre 1h29 e 1h30. Completei duas maratonas – 3:09:28 e 3:09:34. Em 2010, foram (se não me engano) cinco provas de 10 km em 42:20! Isso mesmo. Se houve variação entre elas, foi mínima.

Em 2012, agora, baixei a marca da meia, para 1:26:35. Ou seja, o ano passado foi o de “estabilidade”, de “consolidação”, para evoluir agora. O mesmo na maratona. Em Porto Alegre, marquei 3:04:45, mesmo ainda cansado de Boston.

Quem lê com regularidade o blog, sabe que tenho competido sem relógio ou GPS em provas de 10 km. Me guiando somente pela sensação de esforço, pela percepção do momento. Mesmo assim, os tempos têm sido muito próximos. Entre 39 e 40 minutos. Antes, fiz umas duas ou três provas em 41 minutos. Era um período de platô.

Mais recentemente, 40:00 na última etapa do Campeonato Santista de Pedestrianismo no final de 2011, 39:37 na Tribuna 10 km, 40:29 na Bragança 10 km e, ontem, 39:45 na Nova Nove, em Jundiaí – e levei um tombaço no início da prova, então, teria sido ainda mais próximo de Santos em um dia normal… talvez até idêntico, já que uns 8 a 10 segundos foram na queda, entre a “rolada” no chão e a aceleração.

Claro que dessas comparações, as dos 10 km são menos “matemáticas”, já que treino especificamente para a maratona (e a variação acaba sendo um pouco maior), colocando as meias dentro do planejamento. Os 10 km entram por “teimosia” minha. Ontem e em Bragança, por exemplo, nem era para ter corrido… Mas exemplificam bem que de platô em platô, você vai evoluindo e baixando os seus tempos. Não é assim mesmo?

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6 Comments on “De platô em platô, você vai evoluindo e baixando seus tempos

  1. Me identifiquei com post, o final de ano foi devastador pro meu fisico. Como não corri a São Silvestre, relaxei de vez. Em janeiro participei de uma corrida só para saber o tamanho do estragoe foi feio – 47:30. Nem eu acreditei. Seis meses depois as coisas já começam a melhorar, estou conseguindo correr na faixa dos 42min e até dezembro pretendo estar correndo na faixa dos 40… e sem muitas festas esse ano. Abraço

  2. Bem por aí, André. Se nada acontece no meio do caminho que barre essa evolução “lenta e gradual”, o cara vai subindo degrau por degrau, cada vez melhorando um pouco mais.

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    Exatamente, tem razão, a regra vale se não tivermos problemas, como uma contusão, falta de tempo para treinar, desânimo, estresse…

    Abraço
    André

  3. E aí André, isso acontece comigo também, a gente treina, treina, aí o corpo se adapta, vindo a evolução. Corri por um ano na casa de 43min30 os 10k e 1h38 a meia. Agora, baixei os 10k p 41min40 e a meia em Foz domingo fiz 1h34min, agora mais treinos para chegar em novos patamares. Abraços

    corridaderuams.blogspot.com.br

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    Exatamente, rodrigo… é isso mesmo… e veja como a evolução nos 21 km sempre é maior, você baixa mais tempo… os 10 km são sofridos, desse patamar que chegou, então, para ir baixando, exige cada vez mais “sofrimento” e nada de conforto, diria que é só desconfortável, rs. Já na meia, é mais gostoso.

    Abraço
    André

  4. Estava um dia desses conversando exatamente sobre isso enquanto corria com um amigo: comentava que a melhora dos tempos vinha não em uma linha contínua ascendente, mas em pequenos saltos, isto é, o platô, aí treinamos, treinamos e vem um novo salto e um novo período em um platô. Sempre percebi isso…há uns 12 anos, tinha essa meta de baixar os 40 nos 10k….consegui 38:40 na Tribuna em 97! E uma vez conseguindo, tem que continuar trabalhando duro para manter, pois voltar ao platô antigo é fácil…Parei por um bom tempo de treinar forte…hoje, após 1 ano e meio de retorno aos treinos e bem mais velha…estou lutando para baixar os 45!!! Já fiz 45:02, estou próxima…
    Gostoso de ler!!!
    Adriana

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    Realmente Adriana, e quanto mais o nível que buscamos, mais esse platô fica difícil de atingir e mais longo, rs. Caramba, 38:40 nos 10 km é bom demais… confesso que não treino nem gosto de 10 km pelo sofrimento (prefiro 21 km e especialmente a maratona), mas chego lá. Então, na próxima prova, volta ao sub 45.

    Abraço
    André

  5. Acho que fiz conta errada…o tempo passa rápido….a meta de baixar os 40 começou em 1990, portanto, há 22 anos!!!, e não 12!
    Abraço
    Adriana

  6. Sempre tendo metas realistas, se tentar pular etapas muito rápido o corpo quebra mesmo! Tive por um bom tempo, um bloqueio com sub-4h, mas corri provas mais pesadas, SP e BSB, fui para POA ano passado e 3h42m, este ano 3h43, já começo a flertar com algo próximo as 3h30m… rs Mas com calma e respeitando as etapas! Abs

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