Neste quarto ano ininterrupto de corridas e treinamentos, tenho uma certeza: você vai evoluindo de platô em platô. Se esforça. Sobe um pouquinho. Fica um período nesse espaço. Mantém a evolução e sobe mais. Novo período de “estagnação”. Acho que a palavra melhor seria “consolidação”. E assim sucessivamente. Não importa a distância: 10 km, 21 km ou 42 km, para citar as tradicionais.
Pelo dicionário Houaiss, platô é o “mesmo que planalto, superfície elevada e plana ou com poucas ondulações, entalhada por vales encaixados, o que supõe uma certa altitude acima do nível do mar”. Calma, não estou ficando louco nem esvaziei uma garrafa de vinho antes de escrever. Imagine você em uma aula de geografia: sobe o morro e tem um período plano, para “respirar”, até começar a subir novamente… atingindo outro platô… e vamos que vamos.
Trazendo para nosso mundo da corrida. No ano passado, corri umas cinco ou seis meias-maratonas entre 1h29 e 1h30. Completei duas maratonas – 3:09:28 e 3:09:34. Em 2010, foram (se não me engano) cinco provas de 10 km em 42:20! Isso mesmo. Se houve variação entre elas, foi mínima.
Em 2012, agora, baixei a marca da meia, para 1:26:35. Ou seja, o ano passado foi o de “estabilidade”, de “consolidação”, para evoluir agora. O mesmo na maratona. Em Porto Alegre, marquei 3:04:45, mesmo ainda cansado de Boston.
Quem lê com regularidade o blog, sabe que tenho competido sem relógio ou GPS em provas de 10 km. Me guiando somente pela sensação de esforço, pela percepção do momento. Mesmo assim, os tempos têm sido muito próximos. Entre 39 e 40 minutos. Antes, fiz umas duas ou três provas em 41 minutos. Era um período de platô.
Mais recentemente, 40:00 na última etapa do Campeonato Santista de Pedestrianismo no final de 2011, 39:37 na Tribuna 10 km, 40:29 na Bragança 10 km e, ontem, 39:45 na Nova Nove, em Jundiaí – e levei um tombaço no início da prova, então, teria sido ainda mais próximo de Santos em um dia normal… talvez até idêntico, já que uns 8 a 10 segundos foram na queda, entre a “rolada” no chão e a aceleração.
Claro que dessas comparações, as dos 10 km são menos “matemáticas”, já que treino especificamente para a maratona (e a variação acaba sendo um pouco maior), colocando as meias dentro do planejamento. Os 10 km entram por “teimosia” minha. Ontem e em Bragança, por exemplo, nem era para ter corrido… Mas exemplificam bem que de platô em platô, você vai evoluindo e baixando os seus tempos. Não é assim mesmo?