Este ano estreei em uma Major, a Maratona de Boston. Algo em torno de 28 mil inscritos, menos de 2 minutos para retirar o kit, pegando duas “filas”. Uma do número de peito com chip e outra com a sacola com camiseta e produtos dos patrocinadores.
Inscrição on-line extremamente tranquila, com jantar de massas incluído (vários tipos de macarrão, bebidas com ou sem álcool e no final uma sacola com iogurte, chocolate, salada de frutas, bolachas, macarrão…), camisa de material excelente, largada por ondas com baias de ritmo, possibilidade de enviar um tempo mais baixo caso tenha melhorado seu recorde pessoal em uma maratona até dois meses antes da prova, caderno com informações recebido em casa, revista oficial recebida em casa, diploma recebido em casa…
No dia da corrida, transporte da chegada para a largada (50 minutos de ônibus, tudo muito bem organizado), tendas com isotônico, protetor solar, barras de proteína, café, leite, pão, frutas, água… tudo disponível e à vontade para os inscritos.
Bem, talvez, a comparação com uma Major tenha sido um pouco injusta. Agora, tanto na Meia quanto na Maratona de Buenos Aires, não levei mais do que 30 segundos para retirar os kits…
Na São Silvestre, nossa maior e mais famosa corrida, 25 mil inscritos divulgados pela Fundação Cásper Líbero (vamos esperar o número de concluintes, bem mais real), 2 horas para retirar o kit (isso mesmo, 2 horas, você não leu errado), camisa abaixo da média, nada de jantar de massas oficial incluído, nada de largada por ondas, nada de baias de ritmo, mudanças de horário/percurso ano após ano…
Vale a reflexão de cada um então: para que simplificar se podemos complicar?