André Savazoni
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A São Silvestre é muito mais do que uma corrida. Tenho diferenças com a organização da prova, mas não deixo de exaltar a importância e a mística dela. Que a faz gigante.
Antes de começar a correr, já queria completá-la. Imaginava ser algo impossível.
Fiz jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, no 5º andar do prédio da Fundação. Quando ainda havia a Gazeta Esportiva (nossa fonte de conhecimento esportivo) e o Notícias Populares (dividido e “devorado” no intervalo), entre outras publicações. Internet? Ainda engatinhava. A redação era repleta de máquinas de escrever. O telex funcionava 24 horas.
De 1992 a 1995, frequentei aqueles corredores e conheci grandes amigos de vida. Fizemos uma promessa, de todos corrermos juntos a São Silvestre no ano de formatura. Éramos (ou melhor somos) em cinco amigos. Por motivos diversos, quatro pularam fora. Inclusive eu.
Somente um, o Carlos Mateus, cumpriu o combinado. Ele sempre foi mesmo o mais correto. Por mais de uma década anualmente esteve na São Silvestre. Tempos depois, eu também. Chegamos a correr a prova duas vezes juntos, nos encontrando na largada e na chegada. Mas a promessa não foi cumprida inteiramente.
Os anos se passaram. Cada um seguiu o seu rumo. Nesta temporada, finalmente, após 17 anos, a promessa será cumprida. Carlos está machucado, recuperando-se. Então, já está convocado: terá a função de nos aguardar no meio do caminho, com isotônico geladinho e muita festa!
Caio Mandolesi virá de Jaraguá do Sul, Eugene Pierrobon do Rio de Janeiro e Danilo Chamadoira, de São Paulo mesmo. A aposta é que a ordem de chegada será essa mesmo! Mas isso pouco importa (ou melhor, no pós-prova fará parte da diversão e durará por anos, como o pênalti perdido pelo Caio na semifinal do campeonato de futsal da faculdade… triste lembrança).
O que vale mesmo é que estaremos juntos, finalmente, cumprindo o que prometemos numa época em que éramos mais sonhadores, mais inconsequentes, mais idealistas, solteiros, sem filhos (Eugene e Carlos precisam entrar nesse grupo de pais), menos tecnológicos, sem celular, iPhone ou internet de 10 megas…
Sei que há muitas outras histórias relacionadas à São Silvestre. Essa é apenas uma, mas que comprova a mística de ser muito mais do que uma corrida.
Foto: Ronaldo Milagres/ZDL
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André acho muito legal esta interação entre amigos, porém ainda não vejo como uma obrigação ou não fazer esta prova. Acho estranho falar em currículo para um corredor. Minha cabeça não processa isso. Acho que como paulistas e vivendo aí é quase que uma obrigação fazê-la. Sei também que a SS é uma prova para todos os Estados, aqui mesmo de Sergipe sempre sai um ônibus com os atletas locais, porém nunca me animei para tal. Como ela sempre cai no Ano Novo e geralmente uso o Natal/Ano para alguma viagem com a família, nunca encaixou estar aí em SP para ‘aproveitar’ a viagem e fazê-la. Uso este raciocínio que você colocou no seu texto agora, com a corrida Cidade de Aracaju que ocorre sempre aqui no dia 17 de março. Esta sempre faço questão de fazê-la, pois é uma confraternização dos corredores locais junto a uma distância (25Km) bem mais exigente que a SS. Boa prova para vcs. Excelente Ano2013! P.S.: Quem sabe em um futuro com largadas de ondas e mais organizada na saída talvez pense em passar o Ano Novo em uma bela praia paulista e encaixar esta corrida de final de ano, porém na situação atual, nem pensar…
Vejo tantos corredores falarem mau da são silvestre, cada um faz a prova se quiser ninguém é obrigado e deixem as pessoas que queiram ou gostem correr à vontade. Esse ano eu vou participar pela 3ª vez seguida, desde de que não vá viajar não vejo problema nenhum em participar desta prova e fazer a partir dela planos para o ano que está por começar….
SS tem histórias fantásticas. Coisa que só grandes eventos propiciam. Minha namorada está indo para a 8ª SS consecutiva. Mas poderia ser uma prova muito maior e ainda mais mística…
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Com certeza, Felipe. E vou para a minha quinta consecutiva neste ano.
Abraço
André
Fiz 13 edições seguidas né meu caro, acho que cumpri a minha cota. A missão dos isotônicos cumpro com muito prazer, mas vou cobrar nossos colegas novatos, hihihi. Abraço
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Isso mesmo Carlos, não lembrava do número exato. Bem, podemos também deixar contigo um balão de oxigênio, para qualquer necessidade, rs.
Abraço
André
Isso sim é muito legal! Abcs.
André, obrigado pela força, obrigado pelas dicas, planilhas, pelos treinos em conjunto e por esse texto que só não me fez chorar porque eu li no avião lotado. Mas tinha que lembrar do pênalti?
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Até hoje tenho pesadelos com aquele pênalti perdido, acordo de madrugada imaginando que fizemos o gol! Caio, estaremos juntos dia 31 de dezembro e a criançada fazendo a maior festa.
Abraço
André