Sábado fui à USP. A Cidade Universitária, ao lado do Ibirapuera (este mais nos dias de semana), é o ponto de treinamento dos paulistanos. Estava lotada. Raramente treino lá. Os percursos são realmente excelentes. Os dois treinões coletivos, do Desafio Pharmaton e da Adidas, foram muito legais. Deveriam ser repetidos o ano todo. Porém, o espaço segue dividido com carros e ônibus. Em duas rotatórias, tive de reduzir (e muito) para cruzar. Como fazem falta realmente parques para treinarmos.
Já comentei aqui no blog sobre o Central Park, em Nova York. A prioridade é dos corredores e ciclistas. Há horários em que veículos automotores não circulam em algumas ruas. Os longões são feitos sem qualquer preocupação extra. E, juntamente, crianças jogando beisebol, famílias passeando, mulheres batendo uma bolinha (lá, o futebol é delas)… Sensacional. A USP é legal? Claro. Mas não é dos corredores ou ciclistas. Somos estranhos no ninho lá. O Central Park é do povo. Ah, então, o Ibirapuera? Tá bom, vai lá fazer 27 km, 30 km e 32 km na sequência da preparação para a maratona. Haja cabeça! Sem falar na confusão que fica.
Outro dia, antes da Olimpíada de Londres, vi um especial no Sportv sobre os parques olímpicos. O abandono em Atenas, onde quase tudo foi perdido, contrastando com Sydney, onde os australianos deram um exemplo. Claro que muitas instalações foram desmontadas, mas o local que abrigou as competições tornou-se um parque para a população. A piscina dos recordes mundiais está aberta a quem quiser. Só ir lá e pagar 7 dólares para nadar… Mas o mais legal foi a ciclovia de 30 km, dividida com os corredores. Ou seja, longão para a maratona? Uma volta. Tudo arborizado, sensacional. Por que não temos algo nem parecido aqui? Será previsto isso para o Rio de Janeiro? Duvido.
Voltando aos treinões de sábado. Tomara que espalhem-se pelos país e que, ao mesmo tempo, sejam copiados em São Paulo. O do Desafio Pharmaton reuniu cerca de 300 corredores das assessorias participantes. O grupo percorreu o trajeto da Volta da USP, prova marcada para dia 21 de outubro. Além de tudo, um reconhecimento do percurso de luxo. Com direito a chip e café da manhã. Para ser 100% perfeito, só faltaram os marcadores de ritmo. Fica a sugestão para o próximo encontro.
O da Adidas, idem. Este, aberto a quem chegasse. O Felipe Formiga estava lá, conversando com os corredores, fazendo o teste de pisada. O percurso era de 6 km. O destaque? A possibilidade de testar produtos da marca. Algo totalmente diferente de você ir em uma loja, calçar o tênis e dar meia dúzia de passos, ou basear-se nos comentários de outros corredores. O amigo Alex Sant’Anna, por exemplo, pegou um tênis, o novo Adios, correu 6 km. Bateu um papo com a gente. Foi lá, escolheu outro modelo e mais 6 km. Passa a ter uma noção exata para fazer sua escolha. Nem que seja um tênis de outra marca. A jogada de marketing da Adidas foi bem feita. E muito. Fica a dica.