20 de setembro de 2024

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Blog do Corredor André Savazoni 2 de setembro de 2013 (21) (128)

Uma visão feminina do mundo das corridas

A Mari já tinha comentado comigo isso durante as duas últimas Golden Four. Em Porto Alegre e principalmente em São Paulo. Ela concluiu em 1h45 e 1h48, respectivamente. A baixa quantidade de mulheres correndo. Pelo menos próximo desse ritmo. Que ela fica o tempo todo no meio de homens. O que acaba até sendo desestimulante. Outras amigas citam o mesmo problema. Seja em provas ou treinos. Ontem, na Meia da Praia Grande, reparei muito nesse fator.

Corri a primeira metade mais forte e, depois, como estou com muita dor na perna (e irei ver o que é, com exames já marcados), tirei o pé nos 10 km finais. Acabei fechando em 1h27. Além da largada e do primeiro km, não mais do que isso, não vi mulheres na prova. A elite largou dez minutos antes e como o circuito é um retângulo, com duas retas de 9 km, não as vi na prova. Ainda não saíram os resultados oficiais, porém, as que estavam na minha frente ficaram e quem vinha atrás, não chegou em mim.

Esse fenômeno, é verdade, ocorre nas distâncias maiores. Nas maratonas brasileiras então… a presença de mulheres abaixo de 4h, por exemplo, cai bastante. Já ouvi de amigas (que correm forte) que namorados e/ou maridos até reclamam por elas estarem sempre no meio de homens, seja em treinos ou provas…

É completamente diferente do que vemos no exterior, principalmente nos Estados Unidos. Como comparação, corri a Meia da Disney em janeiro para os mesmos 1h27 (50 segundos a mais do que ontem), com mulheres o tempo todo. Os 21 km. Mas lá, a comparação seria até injusta, pois elas são maioria nas meias-maratonas. Porém, além do número, o que observo é uma questão de conceito.

As leitoras do blog podem até ver uma visão diferente, mas pelo que venho observando nos últimos anos, as mulheres brasileiras estão entrando no mundo das corridas por dois fatores: qualidade de vida (leia estética, pois emagrece, deixa o corpo bonito, ficam magras) e social (a diversão por si só da corrida, as amizades, as viagens). Nessa ordem. A competitividade, então, fica em terceiro plano. Há exceções, é verdade. Mas a explicação que vejo, é essa.

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21 Comments on “Uma visão feminina do mundo das corridas

  1. Dia desses estava vendo os resultados da Maratona da Disney de uma professora americana que conheço (por email). Ela tem uns 49 anos e fez 4 Disneys. Uma acima de 6h. As outras 3 acima de 5h30. Será que é tão diferente assim nos EUA? Qual o tempo médio das americanas nas maratonas e meias-maratonas?

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    Adolfo, é sim. Claro que há uma diferença grande, devido à quantidade de mulheres correndo. Por isso até citei que a comparação com os Estados Unidos é “sacanagem”. Na maratona, foram mais de 10 mil somente na Disney de mulheres… não temos isso se somarmos anos de todas as maratonas brasileiras.

    Porém, Pegando o resultado de uma faixa etária (35 a 39 anos) foram 33 mulheres sub 1h50 (73 sub 2h) na Disneyland Half Marathon, disputada neste final de semana. Na 30 a 34 anos, foram 24 sub 1h50 (87 sub 2h). O mais impressionantes para mim, na faixa dos 25 a 29 anos, foram 26 garotas sub 1h50 (71 sub 2h) e na 18 a 24 anos, 9 sub 1h50 e 33 sub 2h.
    Agora, por outro lado, foram 1,850 milhão de concluintes em meias nos Estados Unidos em 2012. No Brasil, pouco mais de 60 mil.

    Para nível de comparação, nesses, 1,850 milhão (aí temos as discrepâncias mesmo da Meia da Disney, por exemplo, que você mesmo citou), o tempo médio de conclusão das meias nos Estados Unidos foi o seguinte:

    Half-Marathon Finishers
    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
    Males 1:58:35 1:58:07 1:59:55 2:00:33 2:00:21 2:00:30 2:01:04 2:01:28
    Females 2:17:09 2:16:33 2:19:12 2:19:02 2:19:47 2:19:12 2:19:33 2:19:47

    Ou seja, 2h01 para os homens e 2h19 para as mulheres. É extremamente próximo, se contarmos a (importante) questão da diferenciação física entre os sexos.

    Nas maratonas, no ano passado, foram 487 mil concluintes. Mas aí, dois fatores vão influenciar os tempos: o calor “infernal” de Boston e a não realização de Nova York. Mas a média de conclusão dos homens foi de 4:17:43 e das mulheres, 4:42:58 (está estável desde 2005). Lembrando que temos provas nos EUA que as pessoas vão para andar (como a Disney, durante 8 horas) ou Nova York, para citar duas. Completam as maratonas andando e a estatística não leva isso em consideração.

    Abraço
    André

    Abraço
    André

  2. Sou mulher, corro há exatos 7 anos completados ontem, meu ritmo é, e sempre foi, lento. Corro Meias, 10Km, 5Km, 4Km, 1 quadra – o que pintar estou dentro! Acho que fostes bem claro no modo como vês a participação das mulheres em provas, fostes bem sensível. No meu pace em Meias Maratonas só tem mulheres (completo para 2h06-2h12). Competitividade ainda é um universo maioritariamente masculino. Se isso é bom ou não é outro critério de avaliação.
    Abraço

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    Ah sim, Alison, quanto ao critério da avaliação do bem ou ruim, talvez, a resposta seja pelo pequeno número de atletas de elite no feminino, talvez. Pode ser um critério, mas não no geral

    Abraço
    André

  3. Concordo com suas colocações. Mas penso também que, para um atleta melhorar seu tempo, ele precisa de treino e dedicação. O que pode estar acontecendo é que as mulheres não disponibilizam de mais tempo na sua agenda apertada, para se dedicar mais. A questão de competitividade tem mais a ver com personalidade.

    ———————–

    Perfeito, Renata. Tem toda a razão com o fator também que a mulher, no geral, acaba sendo mais cobrada por ela e pelos outros, além de ter de se dividir em 5, 6, para dar conta de tudo.

    Abraço
    André

  4. Não acho que a mulher tem menos tempo para se dedicar aos treinamentos do que o homem. O que vejo é que a competitividade esportiva é colocada nos meninos desde cedo, sempre competindo, disputando. As mulheres em sua maioria são mais distantes dessa competição e isso se reflete também na corrida.

  5. Bom, não tenho uma opinião formada do porque as mulheres não são (mais) competitivas. O fato é que não são. Na Golden Four SP realmente me desmotivou. Tinha a intenção de fazer um tempo melhor que Porto Alegre e e não consegui. Óbvio que não foi só isso, mas em determinado momento eu simplesmente não via nenhuma mulher próximo de mim. Em umas 50 pessoas a minha volta, só homens. Acredito que a maioria absoluta das mulheres que participam de provas atualmente o fazem pelo social. E que fique bem claro, isso é apenas um fato e não um julgamento.

  6. Eu já acho que isso é um fator cultural. Nós brasileiras não estamos acostumadas a competir. Concordo que o primeiro objetivo qdo corremos é o estético… A mulher só parte para a competição se tiver o dom pra isso…Talvez o próprio biotipo da mulher brasileira não ajude na hora da velocidade.

  7. Concordo com algumas observações. Aumentou muuuito o número de corredores homens e mulheres não competitivos, a corrida mudou. Mas acho que proporcionalmente sempre foi assim. Antigamente havia pouquíssima gente correndo, mulheres então, eram muito muito poucas! Hoje aumentou o número de mulheres principalmente não competitivas….e homens Também!!! Talvez com esse apelo todo de saúde etc. esteja aumentando aos poucos a proporção de mulheres….

    Mas nas provas tenho tido “sorte”…na Golden four POA acabei encontrando uma mulher (não conhecia) no km 10 e fomos lado a lado uma puxando a outra até o final!!! Ontem na Praia Grande, por sorte fui com uma amiga que tem exatamente o mesmo ritmo que eu!!! Encontrei 2 mulheres no caminho, uma no km10 e outra no km20!
    Mas não acho desestimulante correr no meio de homens…uma vez acabei indo junto com um homem do km 5 ao 15, e também, sem falar uma palavra, nada…um estava ajudando o outro!
    O que muitas vezes acontece também é os homens não quererem ficar para trás….afinal somos mulheres! E aqueles que vem ao lado para passar só porque somos mulheres….faço questão de não deixar! O desafio continua na corrida toda! E no final vem um monte te parabenizar…porque cheguei junto com eles!

  8. Acho que serei mal compreendido, mas…
    O boom das corridas atinge homens e mulheres, mas proporcionalmente nos últimos anos pega mais mulheres sem dúvida. Isso é visível até em minha cidade. Quando comecei a participar de corridas aqui (década de 90), geralmente uma rústica reunia 50 homens e no máximo 2-3 mulheres. Hoje em dia esse número ultrapassa 20 no feminino e 100 no geral. Ou seja, enquanto os homens dobraram sua participação, a participação das mulheres está 7-8 vezes maior nas corridas de rua. Mas mulheres sempre serão menos competitivas do que os homens, isso é um fato.
    Essa maior participação feminina me deixa muito contente por vários motivos, mas tenho 2 visões sobre o fato.
    1) como pesquisador e profissional da área da saúde sei que esse crescimento pode representar um ganho em saúde pública, já que mais pessoas estão de alguma forma ativas;
    2) mas…olhando pelo lado competitivo, infelizmente o crescimento numérico não é acompanhado por um crescimento em qualidade.
    O que eu quero dizer? Mesmo com o crescimento numérico, quantos homens estão correndo abaixo de 35′ os 10km? Meia dúzia (a mesma meia dúzia que corria alguns anos atrás). Quantas mulheres conseguem correr os 10km abaixo de 40′? Nenhuma (agora as gurias vão me xingar).
    Mas eu não vejo problema nisso, já que o importante é ser ativo. Para nossa saúde, tanto faz se o cara sai pra correr e se divertir a 6’/km ou se ele consegue correr a 4’30”. Eu só queria ressaltar essa “evolução” da corrida que tanto se fala, que pra mim é somente numérica.
    E a explosão da corrida aumenta também a “fome” de algumas pessoas em subir degraus na vida competitiva, levando à grande frustração, lesões e abandono. Basta ver a quantidade de pessoas que iniciam a correr e em menos de 2 anos estão disputando provas de meia maratona até maratonas, geralmente levando ou à exaustão mental (falta de interesse em correr) ou alguma lesão séria. Eu costumo usar em sala de aula exemplos de tempos de provas longas para mostrar aos alunos quantas pessoas deveriam ter ficado em casa ou ter ido fazer alguma atividade mais saudável do que correr uma maratona. E a porcentagem de gente se aventurando em provas longas de maneira prejudicial tem crescido nos últimos anos.

  9. Não vejo nada de mais mulher ficar correndo só com homens em volta, não acho que desestimula (mas não sou mulher…hahaha)
    Já corri várias vezes puxando amigas (por pedido delas até) e outras vezes correndo atrás de algumas.
    Acho que talvez tivesse que ser limitado o tempo máximo em meias e maratonas. Isso estimularia a melhora. Sem falar que cada vez mais será preciso restringir o tempo de transtorno que as corridas trazem ao trânsito.

  10. JCBaldi e Adriana Piza, quando tem um homem -amigo, namorado, marido, conhecido – puxando o ritmo é outra história. Ajuda muito. Pra mim não tem funcionado, e não tenho tido essa sorte que a Adriana Piza falou que teve nessas duas meias. Vamos tentando.

  11. JCBaldi, permita-me comentar o seu comentário?

    Limitando o tempo máximo, entendo eu, pode-se cair em uma encruzilhada.
    Estímulo Desestímulo
    Para quem se sentir estimulado com esta medida, treinará melhor, prestará mais atenção na postura, saberá da importância do VO2, terá ciência de que não é o calçado X, Y ou Z que melhorará a sua performance etc etc etc.
    Para quem se sentir desestimulado com esta medida, não se inscreverá na prova.
    Agora fica a pergunta: “Para a maioria das Organizadoras, o que é mais intere$$ante???”

    Este panorama poderá se alterar favoravelmente, na minha humilde opinião, quando as inspirações se transformarem em transpirações efetivamente!

  12. Fiz a Golden Four Sp e estou inscrita para etapa de Brasília. E realmente o número de mulheres é muito pequeno, no entanto vem crescendo a cada ano. Foi minha primeira abaixo de 1h50´exatos 1h49´11″, e não me sinto desestimulada por correr com a maioria ao redor homens, mas sim na maioria das vezes incomodada, principalmente quando temos uma largada de empurra, empurra como na S. Silvestre. Sou muito competitiva, e fui estimulada no esporte desde criança, mas minha maior dificuldade em buscar tempo é sim uma agenda lotada de compromissos com o trabalho, filho, casa que me impede de treinar o quanto preciso e principalmente quanto gostaria.

  13. No meu pace de 1:32 na meia e 3:18 na maratona sempre tem mais homens do que mulheres, mas acho indiferente e ate engraçado pois alguns se ofendem quando ultrapassados por nós mulheres, hahaha.
    Infelizmente no Brasil o incentivo aos esportes é muito fraco. Mesmo tendo um marido que corre e me incentiva muito, as vezes fuca muito dificil de conciliar tempo para familia, filhos, amigos, casa, etc. As vezes da vontade de parar tudo, mas sempre vem aquela força maior de poder superar seu tempo e continuar. Adoro correr e aconselho a todos fazerem o mesmo, faz bem pra saude, melhora o humor , autoestima, tudo de bom!!!

  14. Oi André, muito interessante a sua postagem e a observação de sua esposa. Assim como você tive a oportunidade de participar da meia maratona na Disney e percebi o quanto é gritante a diferença da quantidade de mulheres na prova quando comparamos as meias aqui no Brasil. Quando comecei a correr era menos competitiva do que sou hoje, mas sempre percebi que estamos sempre rodeadas de homens nas provas, mesmo nas distâncias mais curtas. Eu aprecio isso pois motiva a correr mais forte, pois agora posso me considerar como bastante competitiva. Considero correr lado a lado com os homens como um ótimo estímulo para conseguir manter e aumentar a velocidade durante uma prova. Quando participo de provas só de mulheres, eu até estranho rs. Concordo com você que a grande maioria está presente na prova devido aos fins que colocou, e a porcentagem que parte para a competição é bem pequena, isso podemos observar nas provas em que o pelotão de elite feminino larga separado, o quanto ele é reduzido nas provas brasileiras.
    Parabéns da postagem!
    Abraços.

  15. André,
    me lembrou aqueles números que comentei uma vez da São Silvestre lembra? Em 2001 completaram 952 mulheres sendo 44% abaixo de 1hora e meia e 13% abaixo de 5min/km. E em 2012….correram 4273 mulheres!!!! Mais que quadruplicou….mas…..10% abaixo de 1 hora e meia e apenas 2% abaixo de 5min/km….Os números absolutos mudaram muito pouco, o aumento foi mesmo de mulheres com objetivos menos competitivos como você falou! Não acho ruim, apenas é a explicação!

    ——————-

    Perfeito, Adriana, é um fato com base em números… nós, que estamos dentro e fora desse meio, temos visto isso… é uma outra discussão, mas essa “queda” de rendimento pode ser transferida para a corrida em geral aqui no Brasil, por vários fatores, por isso, eu divido o “boom” da corrida aqui de forma diferente do que nos Estados Unidos ou no Japão por exemplo.

  16. Concordo com que disse o Pracidelle, a competitividade entre nós homens sempre foi incentivada por nossos pais.
    Grande parte das mulheres, tendem a ser menos competitivas neste âmbito, mas não acho que isso seja uma característica ruim, é apenas um modo de ser delas. E não podemos generalizar.

  17. Caro André!
    A sua matéria contempla um universo bem amplo de possibilidades e no meu caso, que na mesma Meia Maratona da Praia Grande fechei em 1h54, posso dizer que para mim é muito difícil manter uma rotina de treinos visando uma grande performance.
    Conciliar treinos, trabalhar, cuidar da casa e do filho não me sobra muita disposição para treinos de qualidade.
    Imagina, após um longão no sábado, voltar para casa e fazer a faxina, ir ao mercado e brincar com meu filho…. realmente, por vivermos uma sociedade pseudo-machista ainda acumulamos muitas tarefas.
    Sou competitiva de forma moderada e percebo que os homens se incomodam com mulheres que correm bem, já teve até um episódio de um “cara” que entrou na minha frente de propósito para eu não ultrapassá-lo numa corrida.
    Sem contar que nós mulheres, quando meninas não somos estimuladas a praticar esportes que visem competição, pois somos vista de forma masculinizada. Nos EUA, todos os esportes são altamente difundidos e estimulados desde a fase escolar.
    Boa matéria, mas considero que no Brasil ainda temos muito a correr para nos compararmos às americanas….. e quem disse que este tipo de comparação é o que realmente importa? Já estamos lucrando muito em sermos CORREDORAS!

  18. Eu, de minha parte, quero DENUNCIAR a falta de pessoas homens administradores de empresas ao redor de 45 anos correndo meias na faixa de 1h45′. Não temos tempo para nos dedicarmos aos nossos inúmeros afazeres profissionais, sociais, familiares e ainda treinar. É muito desestimulante.

  19. Eu adorava treinar com meu marido! Quando ele se lesionou o nosso grupo de amigos continuou treinando e eu tb curtia demais … infelizmente todos os amigos desistiram dos treinos. Continuei treinando sozinha, agora o meu marido está voltando para as pistas e felizmente não passamos por essa insegurança dele achar que estou cercada de homens na corrida de rua. No nosso ambiente de trabalho não é diferente, somos analista de sistemas.

    Eu aprendi a ser mais competitiva neste ano e acredito estar muito perto de um sub2. Mas essa não é a minha prioridade na corrida, quero ir mais longe.

    Belo texto!

  20. Para conferir credibilidade ao autor do texto eu confesso: Não corro para chegar em primeiro lugar. Corro para perder peso e ganhar saúde e pelas companhias. Não me importo em chegar por último. Me importo em completar. Fico competindo comigo mesma, medindo quanto posso ser mais rápida. Como estou começando, não imagino ainda vencer provas, mas sim, vencer os meus obstáculos.

  21. Tem que ser levado em conta o tempo à disposição para treinar. Geralmente são as mulheres que são responsáveis por tomar conta da casa, levar os filhos às escolas, médicos, eventualmente, hospitais, etc. Será que ainda sobra tempo para ser competitiva? Ah, já estava esquecendo: tem que arranjar um tempo para o marido também!

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