Ter um parceiro (ou companheiros) de treino ajuda demais. Principalmente nos intervalados intensivos ou extensivos, na velocidade. Muitas vezes é difícil encontrar alguém no mesmo ritmo e mesmos objetivos de planejamento. Acaba dificultando, porém, quando isso ocorre, é um reforço realmente positivo, um “doping” do bem.
Não estou falando da “corrida confraternização”, dos “paredões”, do “bate-papo run”, mas de um ajudando a puxar o ritmo do outro, a cumprir o programado, algumas vezes, até um pouco mais abaixo do previsto por essa “injeção de ânimo”. Fazer juntos 16x400m ou 8×1.000m ou 4×3.000m em dois, três ou quatro, com cada vez alguém “puxando” a volta. Ou ter 16 km em ritmo de prova. Até mesmo nas corridas.
Em abril, lá em Boston, estava conversando com o Pedro Cerize, corredor dos bons, que completou a prova em 2h49. Ele contou que isso ocorre nos treinos que faz na pista do Pinheiros. Na verdade, esses exercícios acabam virando uma “competição”, o que traz benefícios para todos.
Repito, encaixar os horários devido às obrigações do dia a dia, mesmo ritmo, é difícil, mas sempre que consigo, o resultado é bem interessante. Para citar um exemplo, recentemente, tinha 16 km a 4:03-4:06 para fazer e optei por um circuito oval no bairro da Malota, onde treinamos aqui em Jundiaí. O Sérgio Rocha chegou e dava duas voltas me puxando, descansava uma. E assim, fomos até o final. Resultado: terminei em 1:03:59 o treinamento, em 4:00 por km. Na pista do Bolão, ultimamente, tenho encontrado o técnico e corredor Rogério Mateus, que acaba fazendo algumas repetições comigo. Até em provas, o benefício é grande.
Todos que estão lendo este texto devem saber muito bem sobre isso, mas quem ainda não experimentou ou não colocou esse “doping” na planilha, faça, por que correr com amigos ajuda. E muito.