André Savazoni
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A evolução no desempenho na corrida, invariavelmente, influencia também em suas convicções. Hoje, cada vez mais, me questiono se existem verdades absolutas na corrida de rua? Diria quase que com 100% de certeza, que não. Mas aí, percebo que isso seria uma verdade absoluta e deixo para lá.
Um ponto que, a meu ver, não há discussão, é uma frase que aprendi com meu treinador, o Marcelo Camargo: treinar é diferente de correr. Essa, considero uma verdade. Seguir um planejamento, uma preparação, independentemente da distância e prova-alto, é completamente diferente de calçar um tênis e sair para correr, por prazer, por diversão, por condicionamento físico, para relaxar, para emagrecer… No resto…
Alimentação A, B ou C, com ou seu carboidrato, com ou seu proteína e por aí vai; métodos de treinamento X, Y ou Z; mais longões em ritmo fraco e menos explosão; mais intervalados e menor quilometragem semanal… as variáveis são as mais diferentes possíveis. Há certo, há errado? Como as pessoas são diferentes, não é de se estranhar que haverá o que melhor vai se adaptar a cada um. Não é porque deu certo para mim, que dará para você. E vice-versa.
A arte é encontrar aquilo que te faz bem, o que você gosta de fazer e traz resultados (para quem, como eu, gosta de baixar tempos na corrida). E que, além disso, seja benéfico para o corpo. Não adianta nada fazer dois ou três intervalados semanais e um longo próximo ao ritmo de prova se a panturrilha, o posterior ou ou joelho pedem “água” toda semana…
Após correr nove maratonas e um monte de meias (preciso fazer um levantamento, mas não sei mais quantas), também compactuo com quem defende o fim da expressão “recorde mundial” na rua. Vale o seu desempenho, a marca naquele determinado percurso. Como comparar uma maratona plana como Berlim com uma de sobe e desce como Boston? São características totalmente opostas. Para mim, para você e para a elite.
Porém, mesmo nesse caso, há uma disputa pelo melhor tempo, isso vale dinheiro, patrocínio, divulgação, marketing, chame do que quiser. Então, temos recorde mundial nos 10 km, nos 21 km, na maratona… Ou seja, vamos deixar as verdades absolutas para lá!
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Olá Savazoni!
Na primeira corrida que fiz, nos 5km da Caixa do ano passado em Porto Alegre, em setembro, ganhei no kit uma Contra-Relógio. Tinha 21 dias de corrida e fazia minha primeira prova. De lá pra cá, li algumas revistas, acompanhei alguns blogs, me viciei na corrida! No início, ficava com raiva daqueles que defendiam coisas absurdas como correr descalço (e aí você estava incluído), correr distâncias absurdas, ultramaratonas, corridas de 24 horas (no máximo me imaginava correndo uma ou outra maratona no futuro).
Correr descalço? Eu precisava era de um tênis com muito amortecimento e suporte pra corrigir minha pronação e diminuir a canelite que apareceu logo que comecei a correr..
Pois bem.. De lá pra cá toda a ideia que tinha de corrida mudou. E isso aconteceu com informação, muita informação. Li alguns livros (Jack Daniels Formula, Running on Air, Born to Run) e, a partir desses livros, dos meus km adquiridos nesses 10 meses de corrida, das conversas com meu treinador, hoje tenho a minha concepção do que é correr, de como é melhor correr, do volume ideal, enfim.. A minha concepção de amador, que é muito diferente de uns 6 meses atrás (quando achava que já sabia quase tudo) e bem diferente da que terei daqui a 6 meses, 6 anos, 60 anos (se chegar lá).. ehehhe
Um abraço, parabéns pelo blog e continuarei sempre passando aqui para ler, concordar, discordar, enfim… Afinal, não existem verdades absolutas, nem a do corredor experiente, nem a do treinador de elite e muito menos a do amador iniciante como eu!
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Exatamente Leandro, resumiu muito bem. Legal demais ler o seu relato. Só um ponto, não defendo nem corro descalço, nem sou contra rs… só uso tênis com menos amortecimento, de competição, para qualquer distância! Dessa forma, nunca mais tive qualquer dor no joelho, por exemplo…
Agora, o fundamental é isso, achar o que é melhor para você, que necessariamente não será melhor para mim ou para quem está nos lendo.
Abração
André
Não ía comentar o post, mas ao ler “correr descalço” no comentário… bem, para mim…
Correr calçado? Eu precisava era da sola do pé livre
para diminuir e curar a canelite que apareceu logo que comecei a correr não importando se eu usasse um tênis com muito amortecimento e suporte.
Em suma, não existem verdades absolutas!
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Exatamente, bem isso Leo… assino embaixo!
Tem razão André! Peço desculpas… Acabei confundindo com os posts do blog Corredólatra.. Mas,
Mais uma vez, é um pouco disso: a gente vai lendo um pouco aqui, outro pouco ali e, quando vê já misturou tudo pra criar suas próprias convicções sobre a corrida…
Um abraço e sucesso para a CR!
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Isso aí, Leandro… e no final do mês estarei aí em Porto Alegre para a G4!
Abraço
André
Já tentei uma vez parar de treinar e começar a simplesmente correr….não consegui. Pra mim a verdade absoluta é que quem treina e quer baixar tempo, fica com esse vício pra sempre!