Faz três anos que treino especificamente para maratonas. Comecei dia 4 de janeiro de 2010, quando me programei em dezembro de 2009 para fazer a Maratona de São Paulo. Como muitos leitores, escolhi uma planilha na Contra-Relógio (nem trabalhava na revista na época) e me preparei. Segui 100% à risca.
Depois, treinei para algumas meias e, a convite de amigos, fui para a Maratona de Curitiba, em novembro. De 2011 a 2012, aí, a brincadeira ficou mais séria e tive acompanhamento de treinador, focando sempre os 42 km.
O mesmo vale para 2013, agora que estou treinando com o Marcelo Camargo, de Belo Horizonte. As metas são Boston e Nova York. Até gostaria de correr mais uma, no Brasil, mas já fiz a Disney este ano… quatro maratonas no asfalto, seria demais pelo ritmo que pretendo correr… o negócio é treinar. Ah, e como vou voltar para a Disney em janeiro de 2014 para “patetar” de novo…
Falando em treinamento, nesses três anos, ganhei muita resistência. Tive a comprovação disso no Desafio do Pateta, ao fazer 10 km na sexta-feira, 21 km no sábado e os 42 km no domingo. A perna aguentou com louvor. Bem mais do que imaginei.
Lembro de matérias na Contra-Relógio com o pessoal do Pinheiros, com outros corredores, como o Pedro Cerize, de São Paulo. Chega um momento em que precisamos ganhar mais velocidade. Correndo mais forte, você irá se esforçar durante menos tempo e, consequentemente, baixar seu tempo em provas longas. Perfeito na teoria. Sofrido na prática. Estou no momento de comprovar isso.
Na nova metodologia da parceria com o Marcelo, tem sido dois treinos de qualidade por semana. Na terça, foram 15×400 m e hoje, 8×800 m. Ambos com um sol daqueles na cabeça. Na segunda que vem, 15×500 m. Não há mais rodagens. Praticamente todo treino, é com a “faca na caveira”. E sabem de uma coisa, estou gostando. E muito. A perna pesa, hoje, foi um dia desses, devido principalmente ao calor e ao trabalho até de madrugada. Mas como o pulmão sobra, o negócio é fazer força que dá tudo certinho.
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Boa!
E ainda se dá ao “luxo” de voar nas montnhas, mandando um 16° geral numa prova duríssima, cheia de peculiaridades que somente as mais fortes corridas de montanha oferecem. Magina quando ficar mais veloz então =D
Abração!
Parabéns André!!!
Tenho que confessar que atualmente não tenho condições de te acompanhar nos treinos “faca na caveira”, falando em caveira gostaria muito de marcar um treino de 28 km com você, com o Wanderlei de Oliveira, com o Vicent Sobrinho e quem mais quiser participar no Cemitério de Vila Formosa, totalizado 7 voltas de 4 km sem parar.
Pode ter certeza que vai ser de grande utilidade para o K42 de Bombinhas e para o K42 da Patagônia.
Um grande abraço!!!
André,
É questão de estilo de vida, de pensamento e de momento profissional.
Eu fiz alguns “treinos de qualidade” (em pista e/ou intervalados, etc) durante minha preparação para a Meia Maratona de Curitiba 2012 (seguindo uma planilha da Contra-Relógio). Não gostei. Muita fome. Stress aumentado, prejudicando meu trabalho. Imunidade baixa. Por essas e outras hoje em dia deixo quase todos os estímulos anaeróbicos (como os treinos que você descreveu acima) apenas para as corridas.
Meus treinos de qualidade (sem as aspas, pois não estou falando do termo usado pelos treinadores e sim do que eu considero um bom treino) são todos a paces bem inferiores a meus paces de prova. E estou gostando bastante.
Tudo depende dos objetivos, claro. O Mark Allen também fazia isso que faço por pelo menos 4 meses (http://forum.slowtwitch.com/Slowtwitch_Forums_C1/Triathlon_Forum_F1/Mark_Allen_/_Maffetone_/_Low_HR_training_%96_lengthy_excerpt_from_Noakes_Lore_of_Running_P2182666/). O objetivo dele era Ironman. O meu é terminar bem uma Maratona.
Bons treinos,
Adolfo.
Boa sorte
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Sim, Adolfo, como disse para o Breno, é algo muito individual, cada um pode ver o que “encaixa” melhor, e isso passa pelo trabalho, pelas horas para treinar, por tudo que envolve o dia a dia.
Agora, quanto à fome, haja fome durante o dia. Ontem, passei o dia faminto!
Abraço
André
Bacana, André! Pessoalmente, curto mais o “faca na caveira” style também. Mas cada um reage de um jeito às metodologias de treino, espero que esta seja a ideal para vc!
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Isso mesmo, Breno. Treino é algo muito individual. Não existe certo ou errado. O importante, é ver o que se adapta melhor ao seu corpo e à forma como gosta de treinar.
Abraço
André
“15×400 m”…cansei só de pensar. Mas, parabéns pela evolução!! Daqui a pouco é recorde mundial!!!
Oi, André.
Corredores estão sempre buscando novos desafios, dicas de planilhas e ajustando dentro de suas particularidades. Tbem gosto muito dos treinos de qualidade. Acho que dão o gás que pretendo nas provas curtas.
Parabéns pelo post.
Abraço e bons “tiros”!
Helena
@correndodebem
Esta foi uma decisão que tomei há dois anos. Pensei comigo…se quero ser sub 3h na maratona o que devo fazer primeiro? Treinar longamente para a maratona? Ou conquistar o tempo equivalente numa prova de 10 km? Preferi o caminho mais curto, primeiro ser mais rápido numa prova de 10 km e depois conquistar a resistência muscular necessária para ser sub 3h na maratona. A primeira parte do plano está conquistada…agora vamos tirar a prova dos 9 na maratona. Abcs e bons treinos!
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Leo, eu curto treinar para maratona. Ter sempre longões, 27, 30, 32, 34 km todas as semanas. É o que gosto. E dá reflexos nas provas curtas, ainda mais nesse estilo de treinamento, com os treinos de qualidade (dois) durante a semana, além de tempos runs ou ritmo fortes.
Abraço
André
Boa Andre! Assim não precisamos ficar sempre com os mesmos treinos e planilhas. Vale buscar os limites do corpo.
Parabéns por todo o sucesso no treinamento!!! Sucesso na parceria com o professor Marcelo Camargo que é uma referência nas Minas Gerais!!! Abraço, boa sorte e faca na caveira!!! Albená,
Muito bom, André!
Eu estava treinando para fazer a maratona de SP acompanhando a planilha da CR, mas infelizmente a prova foi adiada e aproveitei para dar uma recuperada, pois confesso que o treino do Prof. Marcelo estava pesado! Hehehehe … Venho acompanhando teus post das últimas semanas sobre o Prof. Marcelo e tenho dúvidas se valeria a pena treinar para uma maratona com acompanhamento de um treinador pela internet. Atualmente treino sozinho ou com um pequeno grupo. Abraço e parabéns.
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Bem, Gustavo, essa é uma decisão pessoal.
Nunca tive um treinador ao meu lado. Mesmo quando treinava na MPR em São Paulo. Sempre recebi as planilhas e treinei sozinho. Para mim, funcionou.
Converso bastante com o Marcelo, mas ele está em Belo Horizonte e eu em Jundiaí. Não sinto falta do treinador ao lado. E nem conseguiria também, porque com dois empregos com horários móveis, mais outros afazeres, como blogs, acabo encaixando os treinos e variando a cada dia o horário.
Abraço
André
Já fiz vários desses treinos, mas sempre em uma determinada fase do treinamento. Bom, mas cansa e estafa bastante. É sempre nessa fase que me aparecem as dores mais estranhas, diferentes daquelas dores musculares “conhecidas”, saca? Termina o treino com uma dorzinha na canela que some sem mais nem menor, outro com dor na bunda, dor no tornozelo… dores-fantasma, que vão e vem, sempre nesses tiros de paulada.
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Nishi
Para mim, sempre, os tiros dão uma sensação de cansaço maior que os longões de 30, 32 km. E o que mais sinto a diferença, como disse o Adolfo em um comentário abaixo, é na fome. Caramba, passo o dia com fome nesses dos dias de qualidade!
Abraço
André
Como não estou mais maratonista, tenho feito praticamente só treinos curtos e intensos. Ontem mesmo foram 10×200 mts em 6´10″. Mais trote de ida e volta, total 8 km. Aliás, muitos maratonistas amadores cometem o erro de só rodar.. rodar… Por exemplo: Nunca entendi direito como alguém quer quer correr uma maratona com pace de 5´00″ tenha que fazer longões a 5´30″. Como vai fazer na hora da prova?
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É essa adaptação mesmo que fico pensando, Julio. De buscar correr várias vezes no ritmo pretendido para a prova, inclusive para saber como o corpo irá responder.
Até acho que, nos longões, fazendo qualidade durante a semana, pode buscar um ritmo um pouco mais lento do que o previsto para a prova durante a maior parte do tempo, mas é necessário vivenciá-lo sim, com certeza.
Abraço
André
Ano passado fiz duas sessões desses treinos de qualidade aí. Acho que não estava muito preparado. Apareceram umas dores estranhas.
Este ano fiz uma base bem boa e comecei os tiros uma vez por semana. Depois, vou tentar encaixar duas vezes para ver. Já que nos longões meu ritmo é mais lento, tenho que compensar na qualidade da semana.
Fazer uma maratona a 5’42” de pace ainda é um baita desafio pra mim hehe.
Sem muito cientificismo, tenho cá comigo uma impressão:
o corpo precisa se acostumar a correr num determinado ritmo, tem que parecer fácil (quando se pensa em corridas de longa distância, tipo meia e maratona). Então faço assim: desço o cacete nos treinos de velocidade, tempo run SEMPRE em ritmo mais forte que o da maratona, BEM mais forte e longão em ritmo bem próximo ao da maratona.
Tá comprovado: quer correr rápido, tem que treinar rápido. Não adianta economizar.
Ola André, parabens pelo “temporal” na Disney. Pelo que entendi, você não faz mais longões no treinamento (apenas nas provas )? Qual sua opinião sobre a frequencia “recomendável” para os longões (falo de longoes mesmo – 35 – 40 kms)? Uma certeza: nosso corpo se engana então não basta apenas “escutar” o corpo… Obrigado.
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Ricardo, faço longões sim, mas não fiz nada diferente do que os treinos de maratona para o Desafio do Pateta.
Atualmente, estou treinando com mais intensidade e menos quilometragem final. Todos os treinos são fortes. Mas faço os longões sim.
Abraço
André