Notícias André Savazoni 25 de maio de 2015 (4) (137)

Um ranking das maratonas que corri até o momento

Das 19 maratonas que corri nos últimos cinco anos, entre 2010 e 2015, algumas se destacaram por diferentes quesitos. Claro que Boston está em um patamar acima por tudo o que envolve a centenária prova, porém, analisando diversos parâmetros, diria que a melhor que participei (até o momento) é outra. Separei alguns critérios para apontar meus destaques pessoais.

Melhor percurso para tempo e custo-benefício – Buenos Aires, na Argentina. Se der “sorte” de estar uma temperatura boa no dia (o que é quase uma garantia em outubro pois mesmo o “calor” será algo bem suportável), a maratona argentina é quase 100% plana. Tem apenas pequenas elevações na primeira metade. Passa por avenidas largas e favorece tanto a estreia quanto a quebra de recordes pessoais, independentemente dos objetivos de cada um.

Então, entramos na questão dos gastos. A valorização do real perante o peso, a ampla opção hoteleira e as promoções de passagens aéreas (incluindo a possibilidade de milhas), além de pouco mais de 2 horas de voo (já fui para a prova no sábado de manhã, peguei o kit, descansei de tarde, corri a prova, comi e bebi e voltei no domingo de noite), deixam o “pacote” imperdível. Veja mais no site oficial da Maratona de Buenos Aires.

Melhores feiras – A de Boston é sensacional, porém, enorme, completa. Porém, a da Disney tem o tamanho exato (lembra até um camelódromo). Apesar de cheia, claro, rapidamente, você consegue encontrar todos os estandes e, ao mesmo tempo, com preços excelentes. Apenas poderia melhorar o material dos produtos oficiais (esses, em termos de “tecido tecnológico”, nos dois anos em que fui (2013 e 2014), deixaram a desejar (o que, pelo contrário, em Boston, é o ponto alto). Por isso, consideraria um empate entre Boston e Disney. Mais informações nos sites oficiais – www.baa.org e www.rundisney.com.

Visual mais incrível – Nesse quesito, difícil concorrer com provas de montanhas. Assim, a K42 Villa La Angostura, na Patagônia Argentina, é algo, literalmente, de tirar o “fôlego”. Seja pela visão de toda a região do alto dos morros, da natureza em si, da neve/estação de esqui ou do charme da pequena cidade. Clique aqui e acesse o site oficial da prova.

Melhor evento – Não há como deixar de ficar impressionado como tudo funciona, nos cinco dias, na Disney. Dentro e fora dos parques. Antes e durante todas as provas. Uma organização exemplar. Assim, como evento, não vi nada igual até o momento (principalmente pelo tamanho, pois não são os corredores, já que 90% está acompanhado pela família). Mais informações no site oficial.

Melhor prova – Reforço, Boston é um caso único (mas tem todo o esforço para fazer o índice, o alto custo, a espera no dia da largada, a inscrição com seis meses de antecedência….). Tudo isso vale à pena, demais, porém, se analisarmos todos os fatores envolvidos, a Maratona de Barcelona é a melhor que corri até o momento.

A inscrição custa pouco mais de 60 euros e você pode garantir sua participação até uma semana antes (ou na feira), a opção de hotelaria é enorme e com preços acessíveis (idem nas passagens aéreas, com a possibilidade de ‘esticar’ por outro local na Europa), largada organizada na frente do metrô, animação pelos 42 km, cerca de 200 mil pessoas nas ruas, um trajeto que não é plano, mas excelente de correr e extremamente agradável… os pontos positivos são inúmeros. E tem toda uma cidade incrível por trás. Assim, Barcelona está no topo da minha lista (irei voltar, com certeza). As inscrições estão abertas para 2016 (www.zurichmaratobarcelona.es).

Para quem não leu o outro texto, Até o momento, corri em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre (2), Disney (2), Boston (4), Nova York, Barcelona, Punta del Este e Buenos Aires (2) pelas ruas, além de K42 Ubatuba, Mountain Do (Ushuaia e Deserto do Atacama) e K42 Villa La Angostura. Fiz duas vezes a K42 Bombinhas (mas ambas em duplas, pois a vez em que estava no solo, acabei desistindo, então, entram na minha relação dos 21 km).

Fotos: Divulgação

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4 Comments on “Um ranking das maratonas que corri até o momento

  1. Olá! Adorei os comentários… Apesar do alto custo da Maratona de Tóquio, não posso deixar de mencioná-la. A mais recente das majors, incrível, bela, plana e organizada! Corri este ano e recomendo. Como tudo o que o povo oriental faz, é uma maratona perfeita! O país é lindo e nunca vi um lugar onde – embora tenham dificuldade em falar inglês -, as pessoas não te deixam sem informação. É emocionante até! Eles usam aplicativo, perguntam para os amigos, se sentem responsáveis por você! Não te deixam na mão…Foi lindo!!!

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    Oi Ana, eu estava em Tóquio na semana anterior da maratona, a trabalho. Eu senti um pouco o problema da comunicação, por pouca gente não falar inglês. Mas isso no dia a dia. Na maratona, não vivi o “clima”. E também ouvi muitos elogios da prova. Agora, é longe demais para chegar, rs.

    Obrigado pela contribuição
    André

  2. Estive na Argentina de 11 a 19/05 e achei os preços muito elevados por lá, coisa de 2 a 3x os preços daqui (mesmo fazendo o câmbio pelo “blue” que pagava em torno de AR$12 por 1US$ – no oficial estava em torno de AR$9 por 1US$).

    Só para ter uma idéia usando preços do McDonalds, um McChicken (só o sanduíche) custava AR$88 e uma fritas grande AR$32 (respectivamente US$7.33 e US$2.67 pelo “blue”).

    O Big Mac, que é uma referência de preço internacional, tem preço controlado pelo governo (!!!) e custa apenas AR$30 (mais barato até que as fritas só que não tem propaganda nas lojas, ele só aparece na lista de preços que fica fica bem escondida num canto das lojas).

    E nem pensar em usar cartão de crédito. A conversão das compras para real é feita em duas etapas AR$ -> US$ -> R$ (pelo oficial, altamente desvantajoso) e ainda tem IOF de 6.38% em cima…

    Abraços!

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    Edenilson, nunca entrei em um McDonald’s na Argentina…

    Em outubro, troquei o dólar por 14 pesos (em Ushuaia, por 11 pesos) e, nos lugares que fui comer, nessa troca, sempre fui bem. Não vi como está neste ano, em termos de alimentação, mas onde comi e bebi, gastei menos da metade que gastaria aqui em São Paulo, como comparação.

    Com os valores de restaurantes aqui em Jundiaí, idem. Gastei muito menos lá também. Com o mesmo nível. Vinho, sem qualquer comparação nos restaurantes. Paguei 8 dólares por uma garrafa em restaurante que aqui, nas importadoras, custa R$ 60 (sem falar a rolha, ou seja, coloca mais uns 50% nisso…).

    Na última sexta-feira, eu olhei para um amigo os hotéis que conheço na Argentina (com bom nível e café da manhã, além das taxas) simulando o período da meia-maratona (para um amigo que vai correr) e os preços estavam muito mais baratos do que o mesmo nível de hotel no Rio de Janeiro ou em São Paulo, como comparação com os valores brasileiros.

    Abraço
    André

  3. Quando a gente apela para o McDonald’s é sinal que a coisa tá feia mesmo… 🙂

    Desde outubro, após as eleições, o Real já se desvalorizou em até 35% (max.) em relação ao dólar o que explica a percepção de preços altos que tivemos por lá.

    Quanto aos hotéis confirmo sua observação, conseguimos uma excelente hospedagem (Bariloche, baixa estação) por preços melhores que os do Brasil para um padrão equivalente de hotel. Só lembrando que é cobrada uma taxa de 21% sobre o preço da reserva e que nem todos os sites de busca incluem este valor no preço final.
    Abraço

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    Rs… em Buenos Aires eu parto para empanadas e vinho, ao invés do Mc!!!

    Abraço
    André

  4. Bom dia André,

    Primeiramente parabéns pela Maratona de Buenos Aires onde você fez 2h50m. Escutei você no podcast do Corrida no Ar.

    Eu vi que saiu a data da Maratona de Buenos Aires em 09/10/2016 e gostaria de já comprar as passagens para garantir um bom preço e já me programar com bastante antecedência.

    Gostaria se possível que você me desse alguma dica sobre onde me hospedar.

    No Podcast você recomendou pegar o vôo para o aeroporto Aeroparque.

    Qual seria o melhor meio de transporte para o Aeroporto/Busca do kit/Hotel/Prova/Hotel/Aeroporto?

    Por último, você acha que vale mais a pena ir por conta ou por uma agência de turismo?

    Obrigado.

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    Xará, boa tarde
    Tudo bem?
    Eu considero que está longe ainda para comprar a passagem. É pessoal, mas olhei os valores agora e estão basicamente o que comprei, neste ano, pagando em cima da hora! Vale a pena esperar o começo do ano que vem. Lá para março/abril, rolam promoções. Mas é algo pessoal.
    No local da entrega do kit (sendo o mesmo) tem uma estação de metrô em frente, da linha verde. Dependendo de onde ficar, é o mais em fácil.
    Do aeroparque para a entrega do kit, pode ir de táxi (pegue no desembarque nacional, não no internacional). Vai levar uns 10 minutos e ficará um preço bom. Depois, pode ir de metrô para onde se hospedar.
    Na questão da rede hoteleira, é enorme. Se quiser ficar perto da largada/chegada, pode se hospedar em Belgrano. Mas fica mais longe dos pontos turísticos.
    Palermo e Recoleta, seriam boas opções. Um táxi para a largada/chegada e, depois, pode voltar de metrô. Caminha uns 2 km até a estação e boa.
    Para Buenos Aires, eu prefiro ir por conta. Mas, na questão das agências, tem toda a comodidade. Paga-se por esse serviço. Novamente, pessoal.

    Abraço
    André

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