Blog do Corredor André Savazoni 29 de novembro de 2017 (1) (154)

Uma imersão cultura e experiência única no Deserto do Saara

O esporte é uma verdadeira escola. Já passei pelo vôlei (era levantador, antes que deem risada e faz tempo), futebol, futsal e tênis. Um pouco de basquete e natação, além de muito handebol na escola. Na faculdade de Educação Física, então, o contato tem sido amplo.

Agora, se pudesse destacar, o atletismo, especialmente a corrida, tem trazido experiências únicas. Daquelas que nunca imaginei. Juntando com o jornalismo (e agora no início desta vida diretamente na Educação Física), a corrida diretamente é o meu “ganha-pão”. Há bons anos.

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Em que esporte você pode, competitivamente, estar ao lado no mesmo evento com os principais nomes do presente e do passado? Pois bem, quem correu em Berlim neste ano não competiu na mesma prova do que o Eliud Kipchoge, o Kenenisa Bekele, o Wilson Kipsang, entre outros? Não correu “ao mesmo tempo” no mesmo percurso, na mesma hora e dia? Em que modalidade isso ocorre?

No Mountain Do Deserto do Saara, por exemplo, corri lado a lado e aprendi muito com os ensinamentos (e a humildade) do marroquino El Mouaziz (simplesmente, bicampeão de Londres, vencedor de Nova York e com 2h06 em Chicago, além de duas olimpíadas). Quando um “caipira” de Jundiaí poderia imaginar isso?

A corrida me trouxe inúmeros amigos e conhecidos, me ensinou demais… Mas, o mais marcante, tem me levado a lugares incríveis (e até impensados). Pela corrida conheci Ushuaia, Barcelona, Nova York, Boston, Los Angeles, Punta del Este, Vlla La Angostura, Ilha do Mel, Arraial do Cabo, Bombinhas, Deserto do Atacama… para citar alguns somente!

Uma das melhores experiências ocorreu há poucas semanas, com uma imersão cultural no Marrocos, especialmente em Merzouga e no Deserto do Saara, com a etapa do Mountain Do. Uma prova incrível, extremamente bem organizada, de uma beleza ímpar. Passar pelo vilarejo, pelas dunas (pequenas, grandes e enormes), pelo deserto negro, ouvir as histórias de vida, de ex-escravos, de muçulmanos, de nômades, de bérberes…

Uma viagem longe de ser barata, desgastante (9h de voo e depois de 12 a 14 horas de van de Casablanca a Merzouga), porém inesquecível.

Tinha visitado o Marrocos há 18 anos (em 1998) e ver como o país melhorou nesse período, foi bem interessante. Na edição de dezembro da Contra-Relógio, haverá a cobertura especial da prova, mas o vídeo do Correr é Fácil, do amigo Frederico Vilhar, de Porto Alegre (incluído aqui neste texto), mostra bem como foi o Mountain Do Deserto do Saara. Não deixe de assistir.

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One Comment on “Uma imersão cultura e experiência única no Deserto do Saara

  1. Parabéns pela prova André!

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