Notícias admin 5 de março de 2012 (0) (210)

Buenos Aires realiza sua 2ª São Silvestre

Ao saber da realização da 2ª São Silvestre de Buenos Aires, também no último dia do ano, fiquei interessado em participar e avaliar mais uma opção de corrida para os leitores da CR. A vontade surgiu assim que pesquisei na internet e fiquei impressionado com o convidativo vídeo exibido no site da prova.

Também contou na decisão a boa organização da meia e da maratona da capital portenha, que tem atraído os brasileiros, com 1.800 lá fazendo os 21 km em setembro, e 644 concluindo os 42 km, em outubro, a maior participação de corredores do país no exterior no ano passado, ajudando a transformar a Maratona de Buenos Aires na maior da América do Sul.

No dia 30 fui retirar o kit numa barraca instalada no parque principal da cidade; não me identifiquei como jornalista, peguei a fila, apresentei o comprovante e não acharam a minha inscrição. Uma falha logo de cara, mas rapidamente deram uma solução, me perguntando que tempo eu tinha nos 10 km. Em seguida recebi o kit, que continha uma camiseta, número, chip, bandana, munhequeira, porta chaves com zíper, toalhinha, uma latinha de vaselina e a pulseira que definia minha baia na largada, em função do ritmo que informei ser capaz. Ou seja, preocupação com uma largada organizada.

 

LARGADA QUENTE. A saída, às 16 horas, não é nada favorável e o calor estava bem forte, com sol queimando os corredores. Para compensar, havia farta distribuição de água mineral em copo ou garrafinha. Após um breve show, foi dada a largada. 

A São Silvestre portenha tem um percurso fácil e simples, o que faz dessa competição uma prova muito rápida, além de bonita, ao passar por importantes pontos turísticos da cidade. Hidratação a cada 2 km, sendo dois de repositor energético; após a chegada voluntários retiram os chips e colocam a medalha no pescoço de cada atleta sem aglomerar, com perfeita dispersão.

Também rápida foi a distribuição de prêmios, três troféus por categoria. Lógico que é uma corrida bem menor. Aproximadamente quatro mil corredores largaram às 16 horas na principal avenida do país, um destaque para os diferenciais proporcionados pela organização como o show musical e a abertura de uma bandeira gigante estendida acima dos corredores enquanto se executava o Hino Nacional argentino diante do marco principal da cidade.

Os campeões foram os argentinos Luis Molina, em 24:26, e Michelle Vidal, em 29:45. A premiação em dinheiro é baixa, com direito a um par de tênis da marca que patrocinava o evento, enquanto nas faixas etárias apenas troféus para os 3 primeiros de cada categoria.

 

BRASILEIROS. A São Silvestre argentina contou com mais de uma centena de corredores de 19 países, sendo a maioria turistas de passagem pela Argentina. Desses estrangeiros, 29 eram brasileiros, entre eles o mato-grossense Alex Ingold, estudante de medicina e iniciante nas corridas.  "Essa é a minha segunda corrida; estou em excursão para Ushuaia e quando soube que aqui também tinha São Silvestre consegui modificar a agenda e passar uns dias em Buenos Aires para poder participar. Uma corrida sem defeitos, gostei!" .

De São Paulo, a psicóloga Mariana Farinas e o engenheiro Alfredo Azcuaga (foto), foram um dos casais de brasileiros que não perderam a oportunidade de correr essa São Silvestre. "Treinamos de quatro a cinco vezes por semana e queríamos correr aqui", observou Mariana. "Quando posso acompanho ela nas corridas, e com esse calor resolvemos correr juntos", disse Alfredo. 

Dois brasileiros, da categoria deficiente visual, subiram ao pódio: Rita Praxedes Pereira, de Brasília, e Francisco de Lima Souza, de Goiânia. Vicent Sobrinho concluiu na 150ª posição, com o tempo de 33:07, ritmo de 4:08/km, 5º estrangeiro e 1º brasileiro.

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