Muitas pessoas começam a correr para perder peso, outras para entrar em forma, e algumas para acompanhar os amigos em alguma prova de 5 ou 10km. Mas, depois de um tempo, quem insere a corrida como rotina na sua vida percebe que o seu maior benefício não é nenhum desses. O grande barato da corrida é justamente o barato que ela dá. O divisor de águas acontece quando você se vê viciado na endorfina que ela proporciona, quando você percebe que ficar 3, 4 dias sem correr te deixa mal-humorado, sem disposição. Quando você percebe a sensação de euforia, paz e bem-estar que transbordam do seu sorriso depois de um treino duro que acabou com suas pernas e pulmões.
No meu caso particular, a corrida sempre me fez bem pra cabeça, mas de um ano para cá, por conta de problemas pessoais que tive, a corrida virou uma grande terapia. É nela que me encontro, que penso claramente, que converso comigo mesmo, que expurgo meus demônios. Passei por momentos difíceis e a corrida sempre me ajudou a manter o equilíbrio. A dar um passo de cada vez. A não parar. A não me preocupar em onde está a linha de chegada, mas sim em aproveitar o caminho até ela.
Tenho um amigo que diz: “Corro para malhar a cabeça. Se quisesse malhar apenas as pernas e os braços, fazia musculação”. Além dos benefícios fisiológicos conhecidos, como melhoria do condicionamento físico, fortalecimento do coração, redução da pressão, aumento do metabolismo, etc, a corrida serve também para malhar a cabeça. Já é comprovado cientificamente que atividade física frequente estimula a produção de endorfina e serotonina, que agem como anti-depressivos naturais.
E de todos os exercícios, a corrida é o que te permite desfrutar melhor dos benefícios, pois te permite contemplar a paisagem ao redor, ou simplesmente pensar na vida, sem exigir concentração excessiva aos detalhes. Além disso, para quem corre em grupos ou assessorias esportivas, a corrida também traz a interação social, o sentimento de pertencer a um grupo de pessoas com mesmos gostos e objetivos, o que também ajuda no nosso bem estar.
Acho que já listei argumentos suficientes. Na verdade tinha mais, mas esse é um problema da criatividade que a corrida me proporciona: as melhores ideias eu tenho enquanto corro, mas ainda não consegui bolar um jeito de anotar tudo para não esquecer quando chego em casa.
Ainda está em dúvida? Vai correr e depois me fala!
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