Sem categoria Redação 23 de março de 2014 (2) (87)

Entrevista Fila

Essa semana a empresa entrevistada é a Fila. O Gerente de Inteligência de Mercado da marca, Renato Sutti, nos explica os planos da empresa para o mercado de running no Brasil.

1)    Em linhas gerais, qual a história da Fila no país e qual a estratégia de atuação da empresa para o mercado de corrida brasileiro?

R: A FILA é uma marca italiana, nascida na cidade de Biela há mais de 100 anos. Começou a atuar basicamente no mercado de Tênis (esporte) com o grande tenistas Borg nos anos 70. Há mais ou 10 anos, a marca entrou no mercado de running patrocinando equipes de corredores africanos, através do treinador e ex corredor Moacir Marcone – o Coquinho.

Hoje, a estratégia da marca é continuar no mercado de Tênis, por meio de patrocínios com atletas mirins, clubes como Pinheiros e o Minas Tennis. Porém, as categorias running, casual, fitness e swimming são essenciais para a marca.

2)    Qual o segmento esportivo de maior relevância para a Fila? Qual a importância da categoria running para a marca?

R: A categoria running é muito importante para a marca. Há dois anos foi inaugurado o DCC (Dass Creation Center) que consiste em um centro de desenvolvimento de produto, contando com laboratórios ultra modernos de biomecânica, sendo que em abril de 2013, lançamos nosso primeiro produto biocanicamente testado, específico para corredores de elite – o Kenya Racer. Ou seja, estamos investindo fortemente no segmento de running. Além do DCC temos atletas africanos, um centro de treinamento para eles e designers da categoria para desenvolver produtos de performance.


3) Quais os modelos/produtos mais vendidos? Alguma tendência que você perceba no consumidor brasileiro (ex: preferência por roupas coloridas, ou por tenis mais leves, etc)?

R: Hoje em dia o mercado está bem divido, quando o assunto é calçado, existe o público que gosta de tênis bem coloridos cor neon com o solado bem baixo, o que deixa o tênis ainda mais leve. Entretanto, ainda tem aqueles que consomem tênis com tecnologia aparente (amortecedores como mola, gel, onda, etc). Esse público, muitas vezes, se divide entre os corredores e os usuários de tênis para o dia a dia, os chamados sportswear.


4) A Fila patrocinou em 2013 o circuito de corridas Fila Night Race. Para 2014 esse patrocínio continua? Existe alguma outra prova que esteja nos planos da Fila?

R: A FILA está envolvida no segmento de corrida há 10 anos. Desde patrocínios de atletas africanos, circuito próprio de corridas, patrocínio de maratonas e provas endurance e produtos de alta performance. Para esse ano, a FILA trará uma novidade que tornará a experiência de corrida ainda mais bacana, pois com a parceria com a Caixa, conseguimos deixar as corridas de rua noturna mais profissional, ou seja, não é apenas a temática de uma balada saudável, mas uma corrida com “cara” de uma maratona ou uma prova endurance.

5) Existe algum novo projeto ou ação de marketing da Fila para difundir a marca no mercado de corrida brasileiro?

R: A marca tem diversas ações de marketing em andamento. Hoje no Brasil, a FILA investirá novamente no mercado de corridas noturnas e provas endurance em parceria com a Latin Sports e Caixa Econômica Federal. O Circuito Noturno Caixa e os percursos de longa distância, com patrocínio da marca, contemplarão 20 etapas no total, sendo dez destas com 5 km e 10 km. Em ambos prepara espaços dedicado às ativações que prometem animar os amantes da prática que virou febre nos últimos tempos. Entre elas área VIP e exposição e testes de produtos.

A iniciativa da empresa comprova que os investimentos da FILA estão cada vez mais direcionados para este mercado, com uma extensa oferta de produtos e ações dentro do esporte.

Outra novidade é o investimento da FILA em mídia televisiva após três anos de ausência com campanhas para os lançamentos de running e vinhetas institucionais durante todo o ano do 2014. Os vídeos produzidos pela agência Gad’ começaram a ser veiculados este mês no canal a cabo, Sportv, focado no público esportivo.


6) Como funciona a distribuição dos produtos Fila no Brasil? Existe algum projeto de loja própria/conceito?

R: A distribuição de produtos da marca é separada por pontos de venda específicos, ou seja, dependendo do produto, da categoria, posicionamos o produto em um PDV específico. Como, por exemplo, os produtos de alta performance começaram a ser distribuídos em pro shops, já os que a gente tem na linha de sportswear conseguimos colocar em mais PDV.

Dessa maneira, conseguimos alocar o produto para o consumidor corredor comprar de maneira mais assertiva.

Quem perdeu as entrevistas anteriores, pode ler a entrevista da New Balance aquiMizuno aquiAdidas aquiThe North Face aqui, Kalenji aqui e Puma aqui.

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2 Comments on “Entrevista Fila

  1. Apenas para tirar uma dúvida. A sigla PDV, citada na resposta a pergunta (6), significa “ponto de venda”?

    Que eu me recorde agora, alguma loja conceito no Brasil, eu conheço a da Oscar Freire. Aqui no Rio, se é que existe, não estou me lembrando.

    Queira ou não, a marca FILA já virou sinônimo de corredores quenianos. Volta e meia, depois de um fim de semana de pódio, o que não é raro, a FILA aproveita para lançar algum vídeo promocional com eles cruzando a linha de chegada e enfatizando o calçado que utiliza.

    P.S. Se eu não estiver equivocado, venho percebendo um jargão que é muito utilizado na Capital paulista que é: Flagship Store e Concept Store. Rodrigo Lucchesi, você costuma ouvir isto aqui no Rio? Eu confesso que não.

    ———————————–

    Oi Hélio, PDV significa Ponto de Venda, sim.

    Quanto ao jargão “Flagship Store” e “Concept Store”, não sou especialista no assunto, mas entendo que são aplicados à lojas próprias cujo objetivo é proporcionar ao cliente uma experiência diferente com a marca.

    A loja da Nike em Ipanema, por exemplo, é uma Concept Store.

    Abs
    Rodrigo

  2. Além da Nike, a Adidas também tem uma política de “edificar” lojas próprias ou alugar um box inteiro nos shoppings, o que você não vê com outras marcas. A Asics, a New Balance, a The North Face… representa menos de 1% do que a Nike e a Adidas realiza.

    Quanto aos “Stores”, o que eu quis dizer é que os cariocas (usuários finais) não usam estas terminologias. Ser, é uma coisa, como nós costumamos chamar, é uma outra coisa. Qualquer um, na Visconde de Pirajá, irá perguntar onde fica a LOJA da Nike! E tem mais, fazem questão de colocar no idioma inglês!

    Mas enfim…

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