Esta semana estive em Belo Horizonte de 3a a 5a feira em uma rápida viagem a trabalho. Como qualquer corredor que se preze, antes da viagem, estudei os arredores do hotel e, como não eram convidativos para correr, me certifiquei que o mesmo tinha esteira, e levei tênis e roupa de corrida na mala. O plano era correr na esteira do hotel na 3a feira à noite e na 5a de manhã.
O primeiro treino da viagem aconteceu como planejado, na 3a feira à noite. A academia estava cheia, e as 4 esteiras ocupadas mas, depois de uns dez minutos de espera, consegui correr. Já na 5a de manhã, não consegui acordar a tempo de correr, já estava na hora de trabalhar e tive que me conformar em cancelar o treino. De noite iria voltar para o Rio, teria que tentar correr na 6a de manhã para compensar.
Mas eis que a reunião, que era no próprio hotel, acabou mais cedo, às 16:15, e meu vôo era apenas às 19:50. Já estava de mala na mão, check-out feito, o pessoal da minha empresa se encaminhando para a porta do hotel pegar um táxi para o aeroporto. De repente, tive uma ideia. Arriscada, mas que salvaria o dia. Fiz uma conta rápida e decidi que dava tempo: me despedi do resto da equipe, subi para a academia do hotel de mala e cuia, troquei de roupa e meti o pé na esteira!
Em vez de correr 10 km, como era o plano inicial, corri 8 km para economizar alguns minutos. No começo foi difícil, pois não estava preparado psicologicamente e “gastronomicamente”para aquele treino. Tinha acabado de encher a barriga num coffee-break com pão de queijo, bolo de chocolate, etc… Mas a sensação de correr em um momento inesperado do dia, quando o “bom senso” dizia que eu deveria ir para o aeroporto com as outras pessoas, deu um valor especial para aquela corrida.
Terminados os 8 km, a caminho do vestiário, ainda dei um pulo na piscina gelada, que fechou com chave de ouro essa “escapada no meio da tarde”. O hotel tinha uma infra perfeita, com vestiário individual, toalha, chuveiro e espaço para entrar de mala e tudo. Às 17:30 já estava no táxi a caminho do aeroporto, cansado, mas feliz por ter cumprido a meta do dia com um treino tirado da cartola. Mais um dos pequenos prazeres que a corrida nos proporciona.
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Conjecturas.
Essa sensação ótima de que você fez o seu dever de casa, apesar de todos os imprevistos, se deve também a você ter treinado fora de seu “habitat natural”? O que estou querendo dizer? A variação de local de treino nos dá um estímulo positivo e isto se reflete no rendimento. Pelo menos para mim isto procede.
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Com certeza Helio, estar num ambiente diferente de fato nos dá uma motivação extra!
Abs
Rodrigo