Salve minha gente! Seguimos entrevistando as principais marcas de running no Brasil. Quem perdeu as anteriores, pode ler a da Mizuno aqui e a da New Balance aqui.
Essa semana, o Gerente de Running da adidas no Brasil, Caio Amato, concedeu essa entrevista exclusiva ao blog Linhas de Chegada, onde ele fala sobre a participação da marca nos últimos recordes mundiais em Maratonas, o fim da parceria com o Circuito das Estações, o sucesso do Springblade e muito mais.
1) Em linhas gerais, qual a estratégia de atuação da adidas para o mercado de corrida brasileiro?
R: Para falarmos da estratégia de atuação da adidas no mercado de corrida no Brasil, lembramos sempre do nosso posicionamento mundial.
Como uma das principais players do mercado de corrida, a adidas se posiciona principalmente com inovação e excelência em performance de seus produtos. Essa excelência, além de nos render diversos prêmios nas mídias verticais (como por exemplo o Energy Boost, premiado como melhor lançamento internacional de 2013), está refletida na escolha dos nossos ativos:
Patrocinamos as três principais maratonas do mundo dentro do circuito das Six Majors:
Boston – a mais tradicional maratona;
Berlin – a mais rápida que existe (palco dos últimos 4 recordes mundiais);
Londres – a prova mais charmosa.
Além das principais provas, todos os últimos recordes mundiais foram estabelecidos com o calçado com maior numero de pódio do mundo: adizero adios.
O atual recorde, estabelecido pelo queniano Wilson Kipsang na maratona de Berlin em 2013 em 2h03min23s.
O anterior também estabelecido por um queniano, Patrick Makau na maratona de Berlin de 2011 em 2h03min38s.
E antes disso, um dos maiores fundista da historia, com 27 quebras de recordes mundiais, o etíope Haile Gebrselassie quebrou a então barreira das 2h04min em 2008, também em Berlin.
Como toda nossa história sucesso no exterior, nosso posicionamento no Brasil não poderia ser diferente.
A adidas, através da inovação que proporciona somente o melhor para os atletas, atua no mercado de corrida como marca de performance para diferentes níveis de corredores justamente com inovação alinhada à alta performance.
2) Qual a sua avaliação do desempenho do segmento de Running no Brasil, em comparação com outros esportes? É o segmento mais rentável da adidas?
R: Sempre brincamos que engana-se aquele que diz que o Brasil é o pais do futebol. Hoje temos a corrida como principal modalidade do setor esportivo. Estima-se que mais de 40% do mercado de bens esportivos está relacionado com corrida, e esse numero só vem crescendo. Desde inicio dos anos 2000, essa modalidade vem crescendo em dígitos duplos, ano após ano. É sem duvida um segmento de grande atenção da adidas, que está como foco principal da marca.
3) A adidas lançou no ano passado um modelo de tênis revolucionário, o Springblade. Como está o desempenho de venda do modelo, em comparação com o planejado? Quais os modelos mais vendidos da marca? Alguma tendência que você perceba no consumidor brasileiro?
R: O Springblade superou nossas expectativas, voando das prateleiras. Tivemos uma demanda muito grande, justamente por encontrar um dos fatores que o consumidor brasileiro tem como paixão nacional: tecnologia. O calçado é realmente uma obra de arte em termos de engenharia, com um diferencial enorme para nosso mercado: a junção de tecnologia visível, amortecimento e cores vibrantes. Nós brasileiros somos fãs número um desses fatores, e depois de mais de cinco anos de pesquisas, conseguimos entregar mais uma inovação para o consumidor.
4) Em 2014 a adidas deixará de patrocinar o Circuito das Estações, um dos circuitos de corrida mais famosos no Brasil. Qual o motivo por trás dessa decisão? Qual será o foco de atuação da Adidas no que tange a patrocínio de corridas?
R: O Circuito das Estações realmente se tornou o principal circuito no Brasil, e sem duvida essa longa parceria foi benéfica para ambos lados.
A decisão representa o fim de um ciclo que foi importante para a consolidação da corrida de rua no Brasil, assim como da marca adidas entre os corredores.
Agora a adidas parte para novos desafios alinhados ao posicionamento global de inovação em alta performance.
5) No exterior a Adidas é uma das marcas que mais patrocina maratonas, incluindo 3 majors (Boston, Londres e Berlim). Existe algum plano de patrocinar alguma maratona brasileira?
R: A adidas sim tem interesse em patrocínios em maratonas mas temos observado um comportamento interessante no Brasil.
A distância em si não tem sido preponderante para estabelecer o nível de performance da prova.
Vemos corredores buscando se superar nos 10km e também é possível notar corredores com um pace bem abaixo e até caminhando em meia e maratonas.
Corredores hoje tem procurado não apenas a distancia, mas também encontrar uma boa prova com diferenciais e serviços de alto nível.
6) A Adidas tem parceria com diversas assessorias esportivas, qual o maior benefício para a empresa neste tipo de parceria? Existe um retorno direto em termos de venda ou market share ou o benefício é mais intangível, visando posicionamento da marca?
R: Hoje a adidas tem parceria com as principais assessorias em suas praças em mais de 7 capitais, sendo elas: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasilia e Recife.
Tem sido uma relação de ganha-ganha super importante, onde para adidas temos um contato mais próximo do corredor influenciador, ou seja, um corredor de uma assessoria mais performática passa a influenciar boa parte dos corredores e não-corredores ao seu redor.
Logicamente temos um retorno direto, mas o retorno indireto dessa influencia tem um valor importantíssimo nessa estratégia.
Contatos:
email rodrigo79@gmail.com
twitter @rdlucchesi
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Gosto dos tênis da adidas para provas de 21km. Já fiz duas corridas da ponte rio-niterói e a meia do rio de janeiro usando o modelo Boston 3. Porém acho um absurdo os valores praticados para o Springblade. Além disso, alguns amigos demonstraram insatisfação pela quebra do material do solado. Alguém tem mais informações sobre este problema?