No dia 12/04 fiz um belíssimo e cansativo passeio turístico de 42km por Paris.
Sim, é isso que a Maratona de Paris tem a oferecer, caso você não esteja tão preocupado em fazer tempo: em cerca de 4 horas percorri todos os principais pontos turísticos da cidade: partimos da famosa avenida Champs-Élysées, passamos pela Praça da Concórdia, Museu do Louvre, Rua de Rivoli, Bastilha…
Logo após a metade da prova, no km 23, finalmente pegamos a margem do Rio Sena (neste ponto encontrei a minha família, parei para tirar foto com os filhos, o que deu um gás extra!), e seguimos por ela durante alguns km, avistando a Catedral de Notre Dame, o Museu d’Orsay e obviamente a Torre Eiffel. A prova termina perto do Arco do Triunfo, cujo nome é muito propício para os maratonistas após vencerem 42 km.
Meu planejamento previa fazer essa prova a passeio, sem pressão, só curtindo a cidade, e foi isso que aconteceu. Não havia treinado direito, e ia passar 2 semanas de férias a passeio, andando muito, correndo pouco e comendo errado. Então não dava para ter grandes expectativas.
Mas mesmo sem grandes expectativas, me surpreendi com a dificuldade da prova. Vários pequenos aclives e declives “quebraram” muita gente ao longo da prova, inclusive eu. Do km 30 em diante, me vi alternando caminhada e corrida. Em uma dessas caminhadas, passei por um torcedor que estava sozinho, ele olhou para mim, viu meu nome no número de peito e disse: “Vamos, Rodrigo, falta pouco, vamos correr, nada de caminhar!”.
Nada como um incentivo tão pessoal e direto. Aliás, o apoio do público francês impressiona. Ao longo da prova inteira eles estão lá aplaudindo e incentivando os corredores, gritando “Allez, allez!” (Vamos, vamos!). Na hora retomei o trote e assim segui por alguns quilômetros. Sou grato a este francês anônimo por ter me tirado da inércia.
Outra coisa que me ajudou muito na reta final: laranjas. Sim, eu nunca tinha comido laranjas durante uma corrida, estava ficando com fome, enjoado dos géis de carboidrato, acabei provando um pedaço no posto de hidratação. Foi paixão a 1a vista. Nunca imaginei que pudesse me fazer tão bem. No posto seguinte, calculo que tenha comido umas 3 laranjas inteiras de uma vez só.
Terminei a prova bem acima do horário previsto. Doeu, foi sofrido, mas é assim mesmo. Afinal de contas se eu quisesse moleza era só ter ficado em casa.
E que venha o próximo desafio!
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Fiz o mesmo que você quando estreei em meias maratonas. Conheci Buenos Aires e Cidade do México assim, e foi incrível! Espero tratar logo minha lesão atual para encarar as próximas e fazer a Maratona de Paris!
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Legal, Sergio, melhoras e boa sorte!
Abs
Rodrigo