Sem categoria admin 27 de maio de 2009 (0) (98)

Correndo sem relógio

Relogio em casaOntem era um dia para dar tudo errado. Ao menos, era o que indicava. A princípio estava tudo bem: tinha comido, tomei maltodextrina como sempre, separei a garrafa com água gelada e terminei os preparativos para ir treinar. Moro em Jundiaí, que fica a 30 minutos de Sampa, e tenho o privilégio de poder fazer meus treinos de qualidade (leia-se tiros, fartlek e ritmo) em uma pista de atletismo pública. Fica perto de casa, uns 10 minutos no máximo.

Já dentro do carro, no meio do caminho, percebi que tinha esquecido a garrafa de água dentro da geladeira. Tudo bem, poderia comprar uma garrafa de água no Centro Esportivo. Estacionei, peguei a sacola com minha carteira, documento do carro, camiseta para trocar depois do treino e… cadê o relógio? Deixei em casa também. Bom, no porta-luva tinha deixado um outro cronómetro mas sabia que a bateria estava nas últimas, pois ele tinha esse indicador no display. Fui caminhando até a pista onde me encontrei com colegas-corredores que já tinham terminado seus respectivos treinos. Bati um papo com a galera e quase todos foram embora, exceto por um deles que me acompanhou no trote de aquecimento. Só que antes de começar o trote, dei uma olhada no relógio e… nem a hora mostrava, ou seja, sem bateria nenhuma. No fim do trote meu colega se despediu e fiquei lá pensando no que fazer

O treino do dia era 4 tiros de 800 metros para 3:12 com 2 minutos de descanso. O que iria fazer? Não tinha como checar o tempo, nem sequer o intervalo de descanso. Sou um corredor do tipo intermediário, nem muito rápido, nem muito lento. Então decidi fazer os tiros na experiência mesmo, no que chamamos de percepção de esforço. Fui para o primeiro, com o cuidado de não ir rápido demais – muito comum em treinos desse tipo – e foi legal. O fato de não poder checar as parciais dos 200 metros, 400 metros foi esquisito, mas tudo bem. No intervalo, esperei o batimento baixar, relaxei e fui para o segundo. E assim e diante. Só fiz questão de fazer o último mais rápido, sei que pode ter sido relativo, mas senti que me esforcei mais nele do que nos anteriores.

A sensação ao final do treino foi boa mesmo. Uma experiência, de certa forma, libertadora sem a “ditatura” dos minutos e segundos. É lógico que não se deve fazer isso sempre pois é necessário saber como anda a evolução dos treinos mas foi, no mínimo, interessante. Ah! A água? Nem lembrei… Só bebi quando cheguei em casa.

Sergio Rocha

ps: Entre nós aqui da CR, correr sem o relógio não é novidade já que o editor, Tomaz Lourenço, escreveu um artigo sobre esse assunto (Clique aqui para ler)

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0 Comments on “Correndo sem relógio

  1. Oi Sergio !

    Eu também fico irritado quando esqueço o relógio.
    Mas isso não impede de correr realmente a gente precisa só das pernas e da força de vontade.
    Eu também faço esse tiros numa pista de atletismo pública, fica na região do bairro Anália Franco que fica a 4 Km da minha casa, a diferença e que as vezes eu vou correndo da minha cada pelas ruas residenciais para o pré-aquecimento e ganho de lastro de rodagem para as futuras meia-maratonas e maratonas, quanto a água eu posso tomar a mineral, mas se não tiver eu tomo a “torneiral” da Sabesp mesmo, alias sou contra o consumismo da água de garrafa que gera muito lixo no meio-ambiente, sou a favor dos atletas levarem um Squeeze e encherem de água no parque onde treinam, é claro que não da para aplicar isso em qualquer cidade, mas a água sa Sabesp é mais confiavel que de muita água engarrafada que se vende por ai.
    Abraços !

  2. Caro Sérgio:
    Treino sempre com o relógio. O frequnecímetro é fundamental. Não tenho mais objetivos de melhorar tempos, classificações, etc. Então, tenho participado de algumas maratonas (quando a temperatura está amena) sem relógio. Curtir a maratona no seu original. Ou, será que Feidípedes tinha cronômetro ?
    Abs
    Chicomaratona

  3. Oi Chico,

    Não sei se conseguiria ter o sangue frio de correr uma maratona sem relógio. Confesso que sou meio que escravo até do GPS que tenho. Sinto falta dos tempo em que dizia a mim mesmo: “Vou correr até o fim daquela avenida”. Tenho que tirar as amarras, mas vai demorar.

    Abs

    Sergio

  4. Alo
    Era sabado , hora de pegar o onibus para Porto Alegre, resido em Pelotas,RS. Lembrei do problema do meu relogio, a pulseira, tinha o risco de perde-lo durante a prova. Guardei-o na mochila e comprei um relogio numa loginha da rodoviaria. NA Manha seguinte as sete horas daquele mes de ababril de 2oo8 chovia muito , mesmo assim foi dada a largada para a meia maratona. La pelas tantas, na virada dos 10 km tentei ver o tempo, inutil tentativa, o relogio recem comprado estava cheio de agua, naõ deu pra ver hora nenhuma, foi assim ate o fim da prova.

  5. É, como somos escravos do relógio. Já aconteceu comigo também: esqueci no treino para tiros e fiquei perdido. Treinei, mas não é a mesma coisa.
    abraços.

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