André Savazoni
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A abertura da série K21 Brasil foi marcada por paisagens belíssimas, subidas, descidas e variações de terreno de tirar o fôlego (literalmente…), no último sábado, em Arraial do Cabo, no litoral do Rio de Janeiro. Dos 1 mil inscritos, 753 completaram o percurso, já considerado por muitos dos participantes como o mais difícil do Brasil. Os campeões individuais foram Carlos Magno Gonçalves da Cruz, com 1:37:55, e Rosália de Camargo Guarischi, com 2:06:20.
Tanto Rosália quanto Carlos Magno receberam, como parte da premiação, passagem, hospedagem e inscrição para o K42 Bombinhas em 18 de agosto, além de outros prêmios cedidas pelos parceiros. Os resultados completos podem ser conferidos no site oficial do K21 Arraial do Cabo.
A prova teve largada com separação por ritmo, com pulseiras de cores diferentes e controle no acesso. Porém, mesmo assim, não impediu um grande congestionamento para quem largou a partir da terceira baia de ritmo logo na primeira subida – onde havia uma íngreme escadaria em pedra. A organização já adiantou que na edição de 2013 será adotada uma largada escalonada por tempo para evitar a repetição do problema.
O dia de sol e calor deixou a corrida mais dura, porém, com cenários deslumbrantes, principalmente nas subidas com a visão das baías de águas transparentes nas diversas praias percorridas durante o trajeto. Além das descidas íngremes com pedras soltas e subidas também bem complicadas, a variação de piso (terra, areia dura e fofa, costão, paralelepípedo e lama em alguns pontos devido à chuva da semana passada) exigiu demais dos competidores.
O argentino Guilhermo Vignoles, que correu todas as etapas do K21 na Argentina, disse que a estreia brasileira foi a mais dura e melhor organizada que participou. Inclusive, a primeira etapa brasileira já é a maior da série K21 Internacional em número de inscritos e concluintes.
Mesmo com o calor, a hidratação foi correta, com água gelada em todos os pontos, além de isotônico no km 10,5 e na chegada. Houve uma demora no reabastecimento em dois postos e corredores que largaram no segundo bloco acabaram prejudicados. Quem passou antes ou depois, pegou água tranquilamente.
A prova foi organizada pela Rio Eventos Esportivos, com patrocínio da Asics e da prefeitura de Arraial do Cabo, e o apoio da Epic, Barcellos Bike e Lunetterie Sportif. A segunda etapa será dia 15 de julho, na Ilha do Mel, no Paraná, com inscrições abertas.
Ouça mais sobre a prova no podcast Contra-Relógio no Ar desta quarta-feira e a cobertura completa na edição de junho da revista Contra-Relógio.
Fotos: K21 Arraial do Cabo/Divulgação
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Nunca faria uma prova desta. Com este visual o ideal é o ‘trekking’. Corrida só quando der para correr sempre. Acaba-se perdendo o melhor do dia que é desfrutar destas paisagens!
Repetindo meu post no Facebook:
A prova foi sensacional, mas teve 3 problemas na minha opinião:
– O mais sério: a “procissão” da largada. Quem largou na frente escapou, pessoal que não era elite já se deu mal. Tem um vídeo onde o cara relata ter perdido CINQUENTA minutos até correr de fato. À medida que os corredores iam se amontoando naquela subida, logo depois do curto trecho de areia pós-largada, a coisa ia piorando. No meu caso, pulseira amarela (10k em 50′), o km 1 levou 8’23”, o km 2 levou 15’03”. Somados, 2km em 23’26”! :-/ O pessoal da organização já falou via FB que vai sanar isso ano que vem. Torço muito pra que isso seja resolvido!
– Outra questão séria: o km final. Segundo o meu Garmin, um Forerunner 310XT que não é de ter problemas de marcação, muito pelo contrário, da placa do km 20 até a linha de chegada foram 1,9km (!!!). Até a placa de km 20, o Garmin registrava um “déficit” de 400m, que se deu com o passar dos km. Ou seja, quando passei na placa do km 20, meu 310XT marcava 19,6km. Ao passar pelo pórtico de chegada, marcava 21,5km! Depois, vendo as fotos da prova, vi que a elite chegou ainda na praia. Por que moveram a chegada para os “amadores”? Não merecemos chegar no local certo? Não merecemos correr a distância certa e termos o tempo certo? Fui fazendo os últimos km torcendo para chegar em um certo tempo, combati câimbras desde o km 14 para isso, e estes 900 metros a mais me sabotaram. Achei isso uma baita bola FORA da organização.
– Algo comentado por muitos: a hidratação podia ser melhor. Na minha opinião, deveria ter um posto a cada 3km. 3km de trilha já não são 3km de rua, e em provas mais estabelecidas e de maior distância/dificuldade esse é o “padrão”. Pelo menos no meu caso, onde houve posto, havia água, e até ofereciam logo duas garrafas de cada vez, que eu aliás SEMPRE utilizava. E olha que corri de cinto de hidratação.
Enfim, acho que a primeira questão foi um “erro de planejamento”, e pelo visto será resolvido já em 2013. Espero que a questão do pórtico de chegada e da hidratação TAMBÉM sejam alvo de consideração da organização!
Sobre a prova em si: pura maravilha, e muito PUNK! 🙂
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Sandro
A procissão ocorreu mesmo. Não peguei, larguei mais na frente e passei tranquilamente, mas uma amiga levou 21 minutos para percorrer os dois primeiros quilômetros, e ela corre bem.
Agora, em relação à chegada, foi no mesmo ponto, tanto para a elite quanto para nós, amadores. Não teve diferença alguma. Eles percorreram o mesmo que a gente. Tanto que eu cheguei logo atrás das duas primeiras colocadas da elite feminina e, quando estava na reta já na rua, estenderam a faixa e retiraram, porque a terceira colocada estava uns dois minutos atrás de mim. Vi a chegada dela, no mesmo local, depois que conclui a prova.
Quanto à distância, nas provas de montanha, não são exatamente perfeitas. Essa diferença entre o km 20 e a chegada, também notei. Foi um erro. Agora, meu Garmin deu 21,150 km no final.
Abraço
André Savazoni
Pessoal, achei que a matéria descreveu bem o que foi a prova: sensacional, duríssima e com estes problemas localizados.
Para se ter uma idéia, startei meu RunKeeper do Iphone na base da escadaria de subida ao pontal do Atalaia, onde segundo a organização já teria corrido 600 metros de areia aproximadamente desde o tapete de largada. Os 2 primeiros km foram em 19:50 e 24:05, totalizando 43min55segs de tempo total. Ainda assim ao fim da prova estava marcado 21.26km no total, o que descontada a margem de erro pode apontar uma distãncia maior do que uma meia maratona normal, talvez não os 900 metros, mas algo aproximado.
Estava no pelotão de trás e
também tive problemas com o abastecimento de água na subida da Prainha, porém ao subir e me encaminhar para a descida da praia dos anjos salvo engano, carros da organização passaram por mim oferecendo a água, e se direcionavam ao posto de água que estava desguarnecido. Como estava com a mochila de hidratação, para mim isto não foi um real problema.
Conversei pelo Facebook com um dos organizadores, estão cientes dos ocorridos e planejarão a versão 2013 em cima do ocorrido neste último sábado. Acho que isso demonstra respeito pelos corredores. Erros de planejamento acontecem, ainda mais quando se trata da primeira edição de uma prova tão complexa, em termos de altimetria, pisos diferenciados estrutura de apoio em trilhas, costeiras etc.
Assim, de maneira geral, os organizadores estão de parabéns, foi a primeira prova, pelo menos comigo estão com muito crédito, pois os acertos superaram em muito os problemas. Só de incluir uma prova como essa em Arraial do Cabo, um lugar em si belíssimo, no calendário de corridas já é um motivo de extrema felicidade e uma razão para todo ano voltar a minha Arraial querida, que frequentei muito na minha juventude, nos carnavais dos anos 80.
A prova foi muito boa, bonita e difícil!
Sabendo das dificuldades de trânsito, já larguei muito forte, o que foi uma excelente estratégia, visto que peguei pouquissimo trânsito.
A marcação dos kms estava errada mesmo! logo no km 3, meu garmin já marcava 500 metros a mais, o que foi compensado no ultimo km (no ultimo km foi sacanagem!! estava me preparando pro sprint final e nem via o pórtico da chegada!)
A hidratação deixou a desejar tbm…. no km 10, no posto de gatorade, eu nao vi gatorade algum! peguei só água mesmo… agua que deveria ter em maior quantidade ao longo do percurso!
Prova muito desafiadora, que faltou a premiação por faixa etária e mais fotógrafos no percurso!
Abraços
prova muito dificil, a largada deveria ser um km mais atras para facilitar a primeira subida, kit muito fraco, local com visual incrivel, parabens equipe evolua,club 22 brasilia esteve bem representada
Queridos corredores,
A Rio Eventos Esportivos agradecem a todos que participaram do k21 Arraial do Cabo 2012 e deseja a todos muitos kms de trail ainda mais.
A corrida de trai, tem caracteristica de harmonia, companheirismo e muita solidariedade. Muito diferente das corridas de rua, a trail proporciona momentos unicos onde podemos fazer amigos, conversar durante a prova, fazer fotos de locais lindos e curtir a natureza. Algumas corridas, sendo na largada, meio e as vezes fim, pode ocasionar um congestionamento, neste momento, aproveitamos para conhecer alguem, prestar solidariedade, enfim… momento de harmonia…
Já identificamos os pontos a melhorar e com certeza em 2013 o K21 Rio será muito melhor. Uma largada mais distante das trilhas, o recolhimento do lixo será realizado no decorrer da prova e a hidratação terá uma logística e característica decorrida de montanha. Também vamos fazer uma campanha para que todos os atletas façam a sua parte, contribuindo com o meio ambiente, evitando jogar o lixo nas trilhas, ruas, estradas e praias.
Quanto a marcação da distancia e em comparação com o garmin e outros aplicativos, devemos ter a atenção que o GPS pode perder o sinal, ocasionando diferenças.
Percurso da prova teve, oficialmente, 21,5km. As placas foram colocadas em locais estrategicos e de facil visualização e por isso, nem sempre estava no km 100% correto.
No mais, há a nossa promessa de melhorias e adaptações e aguardem mais supresas…