Notícias André Savazoni 5 de março de 2012 (2) (124)

Quenianos quebram recorde e vencem a Meia de São Paulo

Os quenianos quebraram o recorde do percurso e fizeram dobradinha na Meia-Maratona Internacional de São Paulo, no último domingo (04), com vitórias no masculino (Joseph Kapachin Aperumoi, 1:01:38) e no feminino (Pasalia Kipkoech Chepkorir, 1:12:29). Os melhores brasileiros foram Marílson Gomes do Santos, segundo com 1:01:46, e Cruz Nonata da Silva, a terceira com 1:13:25.

Apesar de a organização ter divulgado um recorde de inscritos, com 11.600 corredores, o total de concluintes ficou abaixo desse número, sendo inferior inclusive ao de 2011. Neste ano, 5.515 atletas completaram os 21 km e 1.968 os 5 km, num total de 7.483. Em 2011, tinham sido 5.426 na meia-maratona e 2.568 nos 6 km, somando 7.994 corredores no evento.

A grande disputa do dia foi mesmo entre Aperumoi e Marílson. O brasileiro liderou até o km 17, quando acabou ultrapassado pelo queniano no elevado Costa e Silva, o “Minhocão”. Ambos chegaram à praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, muito próximos. Tanto que o brasileiro também correu abaixo de seu próprio recorde na prova, marcando 1:01:46, oito segundos atrás do campeão. O melhor tempo de Marílson na Meia de São Paulo era 1:03:12, o antigo recorde do percurso, batido neste ano por Aperumoi. O brasileiro detém o recorde brasileiro e sul-americano dos 21 km, com 59:33, obtidos em Udine, na Itália, em 2007.

“Eu me senti muito confortável hoje (04). O clima aqui estava parecido com o do Quênia e, como estou acostumado, consegui aplicar um ritmo bem forte no final da prova, que foi suficiente para a vitória”, disse Aperumoi. Já Marílson admitiu um erro de estratégia. “Não esperava que a prova fosse tão rápida. Foi o meu melhor tempo em São Paulo. Senti que estava bem, mesmo com o ritmo forte, e consegui administrar até o km 17. Depois, o queniano foi melhor, surpreendeu e conseguiu me ultrapassar”, comentou. “Infelizmente, a estratégia não deu certo. Mas corrida é assim. Tentei pegar o queniano nos metros finais, mas não deu. O mais importante é que fiquei feliz com o tempo, já que correr em São Paulo é sempre difícil. Isso só mostra que minha preparação para a Olimpíada de Londres está muito boa”, completou Marílson, que no próximo dia 18 de março disputa a Meia de Nova York e, em 22 de abril, a Maratona de Londres.

Feminino – Se no masculino a disputa foi até a linha de chegada, entre as mulheres a queniana Pasalia Kipkoech Chepkorir assumiu a ponta no km 10 e correu com tranquilidade, sozinha, batendo o recorde da compatriota Angelina Mutuka, de 2009 (1:14:14). “A prova foi rápida e o mais importante é conseguir a vitória. O percurso é bem desafiador, com subidas e descidas e exigiu bastante. O clima estava bom também, apesar de um pouco quente”, disse Pasalia.

Entre os cadeirantes, Jaciel Antonio Paulino tornou-se o maior campeão da Meia de São Paulo. O atleta paraolímpico venceu domingo com 1:04:58, chegando ao terceiro título, superando Carlos Neves de Souza, o “Carlão”, dono de dois ouros. Carlão, aliás, ficou em segundo lugar, com 1:07:41. O terceiro lugar foi para Milton Aparecido Ignácio, com 1:39:25.

Classificação da Meia de São Paulo:

Masculino
1º) Joseph Kachapin Aperumoi (Quênia) – 1:01:38 (recorde)
2º) Marílson Gomes dos Santos (Brasil) – 1:01:46
3º) Paulo Roberto de Almeida (Brasil) – 1:02:31
4º) Stanlei Kipchirchir Koech (Quênia) – 1:02:56
5º) Giovani dos Santos (Brasil) – 1:02:59

Feminino
1ª) Pasalia Kipkoech Chepkorir (Quênia) – 1:12:29 (recorde)
2ª) Erika Abril Suarez (Colômbia) – 1:13:14
3ª) Cruz Nonata da Silva (Brasil) – 1:13:25
4ª) Sueli Pereira da Silva – (Brasil) – 1:14:35
5ª) Jacklyne Chemwek (Quênia) – 1:15:48

Fotos: Tião Moreira e Sérgio Shibuya/ZDL

Na CR de abril, cobertura especial. Resultados completos estão no site da Yescom, organizadora da prova, que ofereceu uma estrutura perfeita aos corredores.

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2 Comments on “Quenianos quebram recorde e vencem a Meia de São Paulo

  1. O atleta Marílson Gomes dos Santos mostrou que está muito bem preparado para a Olimpiada.
    Ele mostrou que é um atleta fantástico e está de parabéns.
    Torço sempre para o Marílson, sou fã dele.
    Boa sorte na Olimpiada.

  2. Olá! Muito boa essa prova, pena que com as muitas subidas não fiz o tempo que queria, abaixo de 1h40. Para quem tem só dez meses de treino razoável, até que foi bommm! 1h45m. 57a, e perna pra que te quero! Parabéns pro Marílson!!!

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