Marilson Gomes dos Santos, Paulo Roberto de Almeida Paula, quenianos que treinam no Brasil, os líderes do ranking no masculino e feminino… a disputa promete ser muito equilibrada tanto no masculino quanto no feminino na etapa de São Paulo do Circuito Caixa, neste domingo, a partir das 8h, com largada e chegada no Estádio do Pacaembu. A prova de 5 km e 10 km também ajudará na divulgação da corrida de rua como inclusão social para portadores de deficiência.

Entre as mulheres, oito das dez primeiras colocadas do ranking brasileiro de corrida de rua estarão em São Paulo. Entre elas, a více-líder Roselaine de Souza Silva que tem a chance de alcançar a primeira colocada Marily dos Santos.

“Sei que será a corrida mais forte da competição, com muitas atletas fortes da cidade, que não disputam as outras etapas. Mas estou confiante. Estou mais perto da Marily no ranking e sei que tenho chances de alcançá-la”, afirmou Roselaine, que acaba de disputar o Mundial de Meia-Maratona, onde ficou na 48ª posição. Ela tem 30 pontos a menos do que Marily.

A prova de São Paulo terá também Conceição Oliveira (3ª colocada, 296 pontos), Maria Zeferina Baldaia (4ª, 294 pontos), Edielza Guimarães (5ª, 227 pontos), Gisele Barros (6ª, 206 pontos), Marluce Queiroz Borges (7ª, 173 pontos) e Larisse do Nascimento de Souza (9ª, 137 pontos). Já o pelotão queniano conta com Ednah Mukhwana e Maurine Jelagat Kipchumba. Sirlene Souza de Pinho e Tatiana de Souza Araújo são outras atrações.

No masculino, o principal nome é mesmo Marilson Gomes dos Santos, que no dia 4 de novembro correrá a Maratona de Nova York. Outro atleta olímpico brasileiro na prova é Paulo Roberto de Almeida Paula. Os dois primeiros colocados no ranking da CBAt, Giomar Pereira da Silva e Valdir Oliveira, são outros destaques, assim como os quenianos Hillary Kipgetich Kibet e Kiprono Kimosop.

“Não estamos pensando em tempo, mas com certeza o Marilson vai correr entre os primeiros, no bolo principal”, afirma Adauto Domingues, técnico do fundista. “A prova servirá como uma avaliação da minha condição física”, diz Paulo Roberto, que terá ao lado o irmão gêmeo Luiz Fernando.

INCLUSÃO – A competição também ajudará a divulgar a corrida de rua como forma de inclusão social. Cláudia Schaefer e sua filha Beatriz (foto), portadora de deficiências física, auditiva e mental, e cerca de 15 corredores da Achilles International Brasil, entidade de apoio a deficientes, estarão na disputa.

“A Beatriz é uma verdadeira atleta. Se eu estou caminhando, ela me pede para dar um tapinha na mão dela e correr. E ainda reclama que estou indo muito devagar. Acredito que quando ela corre não diferencia a sua situação da dos outros, sente-se incluída porque todos ali estão fazendo a mesma coisa, estão todos correndo”, diz Cláudia Schaefer, que desde 2010 disputa corridas de rua empurrando a cadeira de rodas da filha.

A equipe da Aquilles inclui deficientes físicos, visuais e auditivos, amputados e cadeirantes. “Por ser uma competição nacional, que passa por nove estados (11 etapas em 2012), o Circuito Caixa trará mais visibilidade a esses atletas. Será um incentivo importante para que outros corredores, em outras regiões do País, conquistem espaço nas corridas de rua. E também pode ser um exemplo para que mais organizadores de competições tenham essa aceitação”, afirma o técnico Mário Rollo.

Mais informações no site oficial. Lembrando que as inscrições para a etapa de São Paulo já acabaram, mas para a de Ribeirão Preto, no dia 28 de outubro, estão abertas.

Fotos: Luiz Doro/Adorofoto e Arquivo pessoal