Notícias André Savazoni 10 de julho de 2012 (4) (224)

Clima ajuda e quenianos batem recorde na Maratona do Rio

O tempo nublado e chuvoso, com temperatura por volta dos 18°C, foi determinante para a quebra de recordes na Maratona CAIXA do Rio de Janeiro domingo. No masculino, caiu a marca de 2003 que pertencia ao brasileiro Alex Januário de Mendonça (2:16.39), com o queniano Willy Kimutai vencendo em 2:15:01. No feminino, Thabita Kibet pulverizou a marca anterior, da brasileira Marizete dos Santos (2:39:09) de 2008, completando os 42 km em 2:34:41. Foram distribuídos R$ 200 mil em prêmios.

Em total de concluintes, a Maratona do Rio é a maior do Brasil em 2012, com 2.901 corredores (2.355 homens e 546 mulheres). No ano passado, tinham sido 2.740 concluintes – um crescimento de 161 competidores. Mesmo assim, o número é praticamente a metade dos 42 km de Buenos Aires, que teve cerca de 5.500 concluintes na edição de 2011. A Maratona de São Paulo-2012 contabilizou 2.342 concluintes, contra 1.248 em Porto Alegre-2012.

Na Meia-Maratona, o Rio somou 5.902 concluintes (3.665 homens e 2.237 mulheres). Já na Family Run, 3.319 corredores (1.519 homens e 1.800 mulheres). Juntando as três provas (42 km, 21 km e 6 km), foram 12.122 concluintes no Rio de Janeiro.

Clique aqui e veja as fotos e vídeo da chegada, além dos resultados nas três distâncias.

VENCEDOR – “Sem dúvida o tempo ajudou bastante, diferentemente das outras duas vezes que participei da Maratona do Rio. Comparando com os meus treinos no Quênia, então, o clima estava uma maravilha!”, disse Kimutai, o campeão da Maratona CAIXA do Rio de Janeiro. “O apoio da torcida ao longo do percurso também foi muito legal.”

Os melhores brasileiros nos 42 km foram Marcos Antônio Pereira (segundo colocado com 2:17:07) e Graciele Santana (terceira com 2:42:21).

Na Meia-Maratona, os primeiros lugares também foram do Quênia. Kimosop Kiprono com 1:04:00 e, no feminino, Consolata Cherotich, 1:16:23.

CONFUSÃO – Na Olympikus Family Run, devido a um equívoco do motoqueiro que escoltava o pelotão de elite, a prova acabou tendo seu percurso encurtado de 6 km para 5 km. Os vencedores foram Maria Aparecida Ferraz (18:08) e Cícero Ferraz (16:20). Houve problema também nos ônibus que levaram os corredores para a maratona e da meia, com muitos atletas largando atrasados.

Resultados da Maratona CAIXA do Rio de Janeiro-2012:

42 km feminino: 1ª) Thabita Kibet (Quênia), 2:34:41; 2ª) Pamela Chey Echanesouwk (Quênia), 2:37:17; 3ª) Graciete Moreira Santana, 2:42:21; 4ª) Gisele Barros de Jesus, 2:47:28 e 5ª) Vianca Nataly Zeballos (Bolívia), 2:50:33.

42km masculino – 1º) Willy Cangogo Kmutai (Quênia), 2:15:01; 2º) Marcos Antônio Pereira, 2:17:07; 3º) David Kprono Metto (Quênia), 2:17:28; 4º) Eliezer de Jesus Santos, 2:17:38 e 5º) Alan Bizerra de Jesus, 2:19.33.

Ouça mais sobre a prova no podcast Contra-Relógio no Ar desta quarta-feira e leia a cobertura completa na edição de agosto da revista Contra-Relógio.

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4 Comments on “Clima ajuda e quenianos batem recorde na Maratona do Rio

  1. O tempo ajudou muito. Se tivesse o sol de sábado, não sei em que condições eu terminaria. Foi muito legal.

  2. Prova sensacional. O clima ajudou muito. Hidratação excelente, percurso agradável. Foi minha 6ª maratona e fiz meu melhor tempo (3h06m33s). Utilizei o transporte oferecido pela organização e cheguei com mais de uma hora de antecedência na largada.

  3. Infelizmente teve atraso sim. Algumas atletas de elite femininas e atletas com deficiência não chegaram a tempo na largada, mesmo sendo atrasada em 10 minutos. Eu estava em um dos primeiro ônibus e enfrentamos algum trânsito, então como eram 45 ônibus só para a maratona dá pra imaginar o trânsito que alguns pegaram. É o preço que se paga em provas com largada e chegada em locais tão distantes.

  4. André:
    Só pra constar, o crescimento de concluintes da Maratona do Rio de 2012 foi da ordem de 5.9% em relação ao número do ano passado. Sem dúvida a prova vem crescendo ano após ano. Posso fazer essa afirmação pois corri em 2010, 2011 e 2012 e a quantidade de corredores deste ano foi bem maior que nos últimos dois. Entretanto, acho que o clima do Rio de Janeiro ainda amedronta um pouco os corredores para participarem do evento, razão pela qual sempre existe uma forte procura pela vagas da Meia Maratona. Aliás, sobre o clima é só lembrar que na sexta-feira que antecedeu o evento a temperatura no Rio de Janeiro estava elevada, fato que estava inclusive gerando uma forte apreensão nos corredores. Entretanto, acho que um ponto que precisa ser melhorado com urgência é a suposta “feira” da maratona, se é que possível chamar a entrega dos kits de feira, pois os poucos produtos disponíveis para aquisição eram todos de péssima qualidade. Pra ilustrar basta mencionar que a feira da Meia Maratona de São Paulo deste ano foi muito melhor do que a da Maratona do Rio. No mais correr no Rio de Janeiro é sempre um momento de êxtase e deslumbramento, os encantos e as belezas naturais da cidade são únicos. Acho que a prova tem muito para crescer porque o apelo turístico é inegável. Enfim, encorajado pela conversa que tive com o Tomaz na época da Meia de São Paulo de março, ocasião em que relatou o seu treino realizado na época da Comrades, eu treinei com afinco e consegui correr as Maratonas de Porto Alegre, 3h45, e do Rio de Janeiro em 3h52. Abraço e vamos em frente, sempre com a CR e contra o relógio…
    Claudio Onofre

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