Sem categoria André Savazoni 1 de janeiro de 2012 (54) (196)

Sem ondas de largada por ritmo, em 2012 teremos a Caminhada de São Silvestre

No meio das corridas, sempre há uma piada interna ao ouvir comentários sobre a “Maratona de São Silvestre”, como se matematicamente 15 km fossem iguais a 42 km, são “apenas” 27.195 m de diferença… Algo quase que insignificante! Agora, falando sério, sem realmente uma organização e regras rígidas, teremos em 2012 a “Caminhada de São Silvestre”. Nunca corri uma prova tão cheia e travada como a de ontem (31). Eram 25 mil inscritos (claro que nem todos correram ou concluíram, e ainda teve muita gente “largando” no meio). Some-se ainda milhares de pipocas. Nunca corri uma prova com tantos pipocas. Na largada, era só olhar ao lado para ver muita (mas muita mesmo) gente sem chip ou número. Bem mais do que nos três anos anteriores em que corri. Para ter uma ideia, tive de costurar e correr em ziguezague até a chegada! E não estou exagerando.

O problema da largada é crônico. Já escrevi várias vezes aqui no blog e comentei no podcast CRnoAr. Mas na edição de 2011 foi ainda pior. Está certo que em 2010 larguei bem para frente, mas como comparação, foram cerca de 20 segundos para passar pelo chip de largada e, ontem, uns 5 minutos mesmo ficando 1h40 em pé, vendo ao meu redor centenas de pessoas sem a menor condição de largar mais na frente ou de correr num ritmo aceitável três quilômetros que fosse. O que estavam fazendo ali? Me indagava o tempo todo. Como exemplo, um na minha frente, com a filha adolescente junto, nem sabia o horário da largada!

A Rede Globo, Fundação Cásper Líbero e Yescom vão abrir 45 mil inscrições em 2012, como adiantou Manoel Arroio, o Vasco, diretor técnico da São Silvestre. Sem largada em ondas com separação por ritmo, é mais do que inviável. A não ser que realmente queiram transformar a corrida numa caminhada de confraternização de final de ano. Vasco disse que não deve assumir a obrigação de acertar a largada, que os próprios corredores têm de fazer a fiscalização. Não é possível. Muitos brasileiros adoram levar vantagem, dar o famoso “jeitinho”.

Como exemplo, teve gente que escreveu no Facebook, reclamando do preço, que mesmo se inscrevendo com o nome do pai idoso e pagando metade do valor, achava caro! Outro que se gabava, numa discussão durante a corrida no primeiro quilômetro da prova, de ter pulado a grade: “Ah, quem mandou ficar aí em pé, todo mundo pula”. Parabéns, espertalhões!. Outros não sabem mesmo, acham que ficando na frente vão aparecer da Globo. Sem ter a noção do risco que estão correndo ou de como atrapalham quem quer correr.

A São Silvestre só será uma corrida se tiver, no mínimo, cinco largadas diferentes, separadas por uns 10 minutos cada, com ritmo comprovado por tempo. Cores diferentes nos números, grades ao redor e controle rígido. Com fantasiados, quem quer levar faixas, nunca correu ou quer apenas trotar/festejar/caminhar lá no fundão, na última onda. Simples assim. Como ocorre na Maratona de Chicago, por exemplo.

Ontem, havia gente caminhando no km 1 ou correndo lentamente. Então, por que largar na “fila do gargarejo”? Sem falar na quantidade de pessoas entrando pelas laterais, empurrando, assumindo o risco de causar um acidente. Se alguém caísse, acabaria pisoteado. No chão, em ao menos uns 500 m na Avenida Paulista, inúmeras garrafas de água/isotônico e centenas de capas de chupa, sacos plásticos, fazendo muitos tropeçarem.

Quanto ao percurso, sinceramente, não sei dizer se é melhor ou pior que o de 2010. Achei mais agradável de correr. Senti que passou mais rápido, mesmo correndo mais lentamente. A chuva e o fato de me sentir travado os 15 km atrapalham uma análise melhor. Tive a sensação de ser um trajeto mais sinuoso, principalmente pelo “braço” de 200 m no final da Avenida Pacaembu. Psicologicamente, uma vantagem: quando chega ao final da subida da Brigadeiro, você pensa, por mais cansado que esteja: “Opa, acabou, completei mais uma São Silvestre”, já que nos 2,3 km finais são em descida e plano. No começo, até tentei forçar para baixar meu tempo na prova, porém desisti rapidamente e optei por fazer a festa, brincando com as crianças e o público (esse sim, o ponto alto, com gente o tempo todo, mesmo com chuva, o que faz da São Silvestre uma prova especial). Como comparação, extraoficialmente, fiz 1:06:03, pelo meu relógio, contra 1:04:35 de 2010 – assim, com larguei bem mais atrás, não forcei e pelo volume de pessoas, além do trecho escorregadio na descida da Brigadeiro, o percurso novo é mais rápido.

O temporal complicou demais a chegada, com muito barro e lama. Não dá para prever o clima (apesar de que muita gente vai culpar a Yescom pela chuva), mas a organização deve levar (e muito a sério) em consideração isso na edição deste ano. Houve muita água e barro, já que o espaço de dispersão era todo na grama. Ah, como ponto de destaque, a medalha. Talvez a mais bonita que já recebi numa prova. E entregue após completar os 15 km. Pelo menos.

A festa da São Silvestre foi mantida. Os fantasiados, estavam todos lá. Na dispersão, me encontrei com o “The Flash”. Na largada, as faixas de sempre também. Como a de Cerquilho, bem próximo de mim. Com todos os problemas, a sensação de terminar o ano correndo e com saúde, completando a prova mais tradicional do Brasil, é indescritível. Mas fica a vontade de querer ser mais respeitado.

Resumindo, com um ano de antecedência, mesmo que sejam mantidas “apenas” as 25 mil inscrições, a largada tem de ser rígida, ou vamos lançar a “Caminhada de São Silvestre”. Pelo menos assim, ninguém mais vai falar maratona…

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54 Comments on “Sem ondas de largada por ritmo, em 2012 teremos a Caminhada de São Silvestre

  1. Gostei da análise. Pra mim essa foi a grande incongruência da prova. É uma insistência em falar que precisa mudar a chegada, mas ninguém fala em mudar a largada. As descidas eu achei ruins pra muitos, mas devem realmente agradar quem tem preparo pra correr mais rápido. Como já se declarou que se pretende alcançar os 40 mil participantes e como não vejo nenhum esforço da organizadora em organizar melhor a prova como um todo (exceto, neste ano, em relação ao field da prova), só prevejo pioras. E não me surpreenderia se viesse em, breve a segunda mudança prevista, tirando também a largada da Paulista para um lugar “mais confortável”. E que não seria “mais confortável”, por maior que fosse o lugar da largada, sem esse controle mais rígido. O problema dos pipocas é bem conhecido, será que não dá pra fazer nada mesmo? Ou não há interesse?

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    Nishi, quanto aos pipocas, achei neste ano muito mais do que nos anteriores. É difícil dimensionar em números, mas havia muitos. Pensei já nisso que você falou, mas a rua é pública. O evento é privado. Com as baias de largada fechadas por grades, com controle, você impedirá a entrada de quem não tem número. Alguns irão pular, mas daí serão menos e os próprios atletas podem controlar. Agora, durante a prova, daí, não tem jeito. É uma questão de consciência, mas isso já cansei de sonhar para o Brasil, infelizmente.

    A descida é ruim mesmo para quem não está preparado, agora, com “pista livre”, o percurso atual seria uma delícia de correr. Teria baixado meu tempo sem muito esforço.

    Abraço
    André Savazoni

  2. Parece bacana, André, mas eu estou fora. Ontem ficou claro, existem duas São Silvestres bem distintas. Uma prova de alto nível, bem interessante de ver pela TV (embora a transmissão seja patética, apesar de todo o esforço do Lauter Nogueira). E uma outra coisa, mistura de festa popular, carnaval de Salvador e Domingão do Faustão. Nem uma nem outra me dizem respeito como participantes.

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    Luis, bela análise. É isso mesmo. Já escrevi sobre isso. A prova é muito legal para a elite (boa mesmo) e para quem vai só para festejar. Quem gosta de correr mesmo, seja mais rápido ou não, isso não importa, está fora da brincadeira.

    Abraço,
    André Savazoni

  3. Oi André,
    Parabéns pela prova!
    Realmente a organização precisa ser muito rígida mesmo, pois somente assim a corrida será melhor para todos participantes. Este é um dos motivos que deixei de participar dela. Em 2009 na largada passei por situações parecidas com estas que falou.
    Espero que no ano que vem isso se modifique para que assim eu tenha motivos para voltar a participar desta prova.
    Um grande abraço e parabéns pelo excelente tempo, mesmo em meio a tantos empecilhos.

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    Daniela, e foram encontrões, empurrões e cotoveladas durante todo o percurso. Não só nos primeiros dois a três quilômetros, como nos anos anteriores. Mulheres devem ter sofrido ainda mais.

    Também aguardo (e irei cobrar) pelas modificações. Elas têm de ocorrer.

    Abraço e um ótimo começo de 2012 para você.

    André Savazoni

  4. Oi André, feliz ano novo…ontem, vendo pela TV, vi que esta corrida não é para mim! Muito desorganizada. Teria mais desprazer que prazer. Pena que no Brasil o quesito organização ainda seja luxo!

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    Alex, um ótimo 2012 para você também.

    Uma pena. É desorganizada mesmo, mas as pessoas ajudam a complicar ainda mais. Isso também me incomoda muito.

    Consciência é algo distante ainda de nossa população. Já melhoramos muito, mas estamos distantes do aceitável. O fato de levar vantagem em tudo, infelizmente, ainda está muito presente.

    Abraço
    André Savazoni

  5. Muito boa a sua análise, assisti a prova pela TV, ainda nãi me atrai participar da São Silvestre com esta organização ou desorganização melhor dizendo, ano passado com a medalha antes da prova, este ano mudança de percurso por causa do horario com a festa de ano novo, quem relamente corre acorda cedo para correr, se a prova fosse mais cedo não pegaria esta chuva forte. Realmente é necessário separar as pessoas por ritmos e aquelas que querem somente festejar, o risco de ter algum problema é bem menor!!

    Quem sabe um dia eu participe.

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    Isso mesmo, Felipe. A prova tem de pensar em todos. E, em 2012, a largada volta para o horário normal, às 16h45 para o pelotão geral.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  6. Oi, André!

    Como disse no facebook, a chegada ficou extremamente fora de mão para atletas que dependem de transporte público (e não são poucos), visto que a região do Ibirapuera é ruim nesse quesito. Deu dó, de verdade, ver o pessoal tendo que subir toda a Brigadeiro, debaixo de chuva, pra pegar metrô ou ônibus na Paulista. Poxa, a prefeitura poderia disponibilizar essa locomoção, como faz em dia de jogo de futebol.
    Quem pagou perto de R$ 100,00 (pouco mais ou menos), esperava mais consideração e uma organização pouco melhor. No meu kit, faltou camiseta. Não sei se volto pra outra SS nesse molde.

    Abraço e ótimo 2012 (sem lesões…)

  7. Eu corri minha primeira São Silvestre. Optei por largar junto com amigos e chegamos 1 hora antes da largada. Tinha muita gente na minha frente. Não consegui achar meu pace, que seria de entre 4:50 e 5. Mas o transito era muito pesado. Em 200 metros de corrida já tinha gente andando, 200 metros. E o transito pesado durou até a chegada. Muito ruim mesmo. Ao final, fiz 7 minutos acima do que tinha planejado, mas fiquei feliz, pois ‘São Silvestre não é pra recorde mesmo’.

    Eu ouvi tanto essa frase que me convenci de que é verdade. A televisão vem fazendo isso há anos. São Silvestre é uma festa, uma festa, uma festa. Isso sempre serviu de desculpa para a desorganização da largada e da prova em si.

    A chegada foi na várzea, mas realmente se estivesse um dia bom teria sido bacana, por ser um lugar arborizado, mas com chuva foi um inferno.

    Eu ouvi muito ‘pipoca’ fizer que não se inscreveu como protesto e outros dizendo que a desorganização da prova não vale os 90 reais.

    Como disse o Nishi, acho que no futuro próximo vão tirar a largada da São Silvestre, usando como justificativa que para melhorar a largada tem que ser em outro lugar. E vou falar pra você, André, sem a chegada na Paulista, não vejo muita razão pra largada ser lá, ficou muito sem graça, meio sem sentido, pois é uma quantidade imensa de corredores apertados, e nem dá pra perceber direito que estamos na Paulista, diferentemente da chegada que deve ter sido apoteótica em outros tempo.

    Abraços.

    Matheus

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    Matheus, não me falaram nada sobre a largada sair da Paulista, o que sei é que em 2012 a largada volta para 16h45 porque dia 31 será segunda-feira e não haverá Caldeirão do Huck. Por sinal, sabia que a largada foi às 17h30 e potencializou os efeitos da chuva do final do dia porque a Globo não mudou a programação?

    E, por pessoas como você, que viajam 910 km ou até mais. Conheci gente que veio de Macapá no Amapá para correr, que devemos brigar por uma organização digna, pela largada correta, para que todos possam fazer o que quiserem na São Silvestre: festa, usar fantasias ou buscar seu tempo/recorde pessoal.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  8. Em tempo, eu paguei 90 reais a inscrição, viajei 910km de Cascavel à São Paulo e tive que subir a Brigadeiro de volta embaixo de chuva.
    Mas como me falaram antes da corrida, eu já sabia que seria assim, só não contava com a chuva.
    A organização tinha a obrigação disponibilizar locomoção até a Paulista, depender de onibus estava bem complicado, ainda mais que estavamos enlameados.

  9. A São Silvestre mesmo com toda polêmica e falhas da organização, como o fato de acabarem as camisas masculinas para quem foi apanhar os kits no dia 30 após as 15hs e o satff insistir para que levássemos Babylook no lugar de masc GG, a falta de respeito em virar para o corredor e falar sinto muito é tudo o q podemos fazer vcs não pagam pela camisa e sim pela inscrição a camisa é um brinde.. o que foi sanado pelo sr. Thadeus q montou um esquema para nos enviar via Sedex… Ela é sem dúvida uma festa do início ao fim…. Fiquei tensa no trecho de distribuição do isotônico, o asfalto ficou mto escorregadio e pisar em um saquinho daquele seria tombo na certa…

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    Isabel, o esquema do isotônico em saquinho, para beber, é bem prático, porém, realmente, ocorreu o que você falou pelas pessoas (aí, isso é culpa dos corredores) atirarem no chão, no meio do caminho e não nas laterais. Pisei em uns três saquinhos cheios que estouraram e me deram um banho de isotônico. Ainda bem que estava chovendo ou correria o risco de ser perseguido por formigas e abelhas!!!

    Vamos ver se enviam as camisas por Sedex, como prometeram para todos.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  10. Foi minha primeira participação nesta corrida e realmente a desorganização é impressionante!!! Gostei muito da medalha também, mas não participarei mais enquanto não houver uma estruturação da largada!!

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    Guilherme, você deu sorte e azar na mesma edição. Azar porque foi a mais complicada (talvez da história, diria) e sorte porque a medalha, realmente, das que já vi, foi a mais bonita.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  11. Olá André,
    Bela análise a sua!!
    Por isso que eu também considero que essa prova não é para mim, acredito que seria muito frustrante saber que temos condições de correr bem e não conseguir desenvolver o ritmo, além do que, ficar 1 ou 2h na fila, passando calor, marcando o lugar, pra ver faltando 15 minutos varias pessoas pulando a grade ao seu lado….uma falta de educação gritante. Por essas e outras, prefiro assistir na TV a prova real dos atletas de elite, pois aquela mistura de carnaval com Faustão que o colega citou acima é hilariante, nada tem a ver com uma corrida, para nós que participamos de provas de verdade pelo brasil ou fora….grande abraço e sinceramente, não adianta termos esperança que esse quadro vá mudar na SS….infelizmente.

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    Erlon, é complicado mesmo. Tudo o que você citou, tem fundamento. Inclusive a falta de educação e de respeito das pessoas. Também, não adiantará nada se houver a largada por ondas e ritmo, se muitos continuarem achando que vale o “jeitinho”, o “levar vantagem em tudo”. A organização tem culpa, claro, mas muito da muvuca e de confusões na largada e durante a São Silvestre também tem a ver com as pessoas.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  12. André, curti muito correr a prova. Gosto da festa e de terminar o ano correndo. Concordo em todos os pontos citados por você. A SS sempre foi muvucada, mas conseguiu bater o recorde nesse ano. A minha sorte é que minha intenção era só participar, sem me preocupar com o tempo, pois acompanhei meu irmão que é mais lento. Corri imaginando como será nos próximos anos, já que a “organização” pretende aumentar o número de inscritos. A prova vai ficar insuportável. Temos diversos exemplos no mundo de provas gigantes que são bem organizadas, mas infelizmente não vejo luz no fim do túnel para o caso da SS, haja vista a postura dos ‘organizadores’.

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    Alessandro, falou tudo, sempre houve problemas, mas a muvuca neste ano foi incrível. Impressionante. Sabia que haveria isso, mas não imaginei o nível. Dá para resolver? Facilmente. Isso é o que mais chama a atenção. Não é nem um pouco complicado, pode ser trabalhoso, mas bem razoável de fazer. E os exemplos de provas gigantes estão aí para serem seguidos. Devemos, sempre, copiar o que dá certo.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  13. Em 2008, escrevi um e-mail para a Yescom, expondo, com minúcias, a absoluta necessidade de a largada da SS ser dividida por baias. Fizemos uma reunião na sede da Yescom, eu e uns 5 funcionários da empresa, além de Thadeus Kassabian, dono da Yescom. Argumentei, argumentei, argumentei e nada. A alegação da Yescom era a de que não há espaço na Paulista para fazer a entrada das baias. Esse ano, não corri. Tirarem a chegada da Paulista cortou todo meu barato. E, quando leio que a dispersão foi feita no meio do terrão, numa cidade em que, às 6 da tarde, no verão, a única coisa mais certa que o trânsito é a chuva, vejo que tinha razão.

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    Iberê, acredito que podemos vestir a fantasia de D. Quixote e tentar lutar contra os moinhos de vento. Quem sabe não teremos mais sucesso, rs. Vale o movimento em defesa da São Silvestre, de argumentarmos sobre a necessidade (diria obrigação) de largada por ondas com controle de ritmo. O Vasco disse que, com chegada e largada no mesmo ponto numa prova de 15 km, isso seria inviável porque quando estivéssemos ainda largando a terceira onda a elite já estaria chegando. Agora, não há mais esse problema, então, nada mais impede.

    Quanto à chuva, não dá para prevê-la, das quatro São Silvestres que corri seguidas, essa foi a única “molhada”, porém, a organização tem de prever isso e criar alternativas para a chegada no gramado do Ibirapuera. Sem chuva, teria sido excelente o espaço, mas com água (muita água) foi bem complicado.

    Abraço e um ótimo 2012, sem contusão alguma
    André Savazoni

  14. Se querem aumentar o número de participantes tem que ter um controle de largada por ritmo até para evitar acidentes. Completei em 1h18min, mas demorei 15 minutos para passar pela largada e foi muito chato ficar desviando dos caminhantes até o Pacaembu. No geral, gostei do percurso. Pontos positivos: a medalha e o gatorade em saquinho. Pontos Negativos: não ter o controle de largada por ritmo, o cotovelo no final do Pacaembu afunilando muita gente lenta, a chegada colocando 25 mil pessoas na lama do Ibirapuera, poderiam colocar placas de madeira ou qualquer tipo de proteção até a entrega de medalhas.

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    Isso mesmo, Serjão.

    Há pontos positivos, como sempre comento e coloquei no texto. Tem de haver essa preparação para dias de chuva.

    A medalha, realmente, é muito legal. O isotônico em saquinho, também.

    Com a largada organizada, teria sido uma prova bem interessante, mesmo com chuva.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  15. Assisti pela tv e parecia ter pouco público nas ruas, lógico que a chuva atrapalhou, mas já houve SS com chuva e o público parecia maior.

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    Marcelo, tinha público o percurso inteiro. Mesmo na hora da chuva, as pessoas se protegiam (em muitos trechos aproveitavam a estrutura das lojas para se esconder, não ficando na beirada da calçada, como em anos anteriores), mas o calor humano, com temporal e tudo, foi muito legal.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  16. A São Silvestre foi feita por amadores, com ajuda técnica de profissionais. Essa é uma conclusão óbvia.
    Já sabíamos que seria assim e confirmamos nossos temores. E, se pararmos pra pensar, entramos nesse circo, e colocamos nossos narizes, por que então reclamar? Se entrou nas chuva, é porque quis se molhar! Mas que todo mundo que corre achou uma bosta, isso achou!!!!

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    André, não acredito que dê para generalizar. Não foi um horror a prova, muito longe disso. Para quem é da elite, largou no Pelotão C ou foi para se divertir, fazer a festa, foi excelente. Vale o mesmo para quem entrou sem preocupação alguma com tempo.

    Agora, o problema da largada é crônico, com 25 mil pessoas entre inscritos e pipocas (talvez até mais), é fundamental uma organização até na questão da segurança das pessoas. De todos os envolvidos.

    Um abraço e bom 2012
    André Savazoni

  17. Infelizmente, nenhuma surpresa ou novidade positiva. Tudo o que você relatou era exatamente o que já tínhamos conversado e o que muita gente vinha alertando no blog. Estão matando a São Silvestre, uma pena. Eu não tenho a menor vontade de voltar a participar. E parabéns ao sr. Vasco da Yescom, que não vê obrigação em organizar a largada, mas cobra módicos 115 reais de inscrição para a prova. Abraço

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    Carlos, em muitos pontos, a prova evolui, mas os problemas crônicos a complicam. Então, temos de continuar em cima, cobrando para que muitos, como você, que correram por mais de dez anos a principal prova brasileira, tenham vontade de voltar a corrê-la. Isso é muito importante.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  18. Ninguém é obrigado a correr a São Silvestre. Se vc quer mesmo correr e não tentar aparecer na Globo com a fantasia mais extravagante, ou ainda poder dizer que completou a “maratona” SS, simplesmente não se inscreva. Se se inscrever, não reclame: você sabia onde estava se metendo.
    Haverá 45 mil que queiram participar em 2012? Não duvido. Mas quem gosta de correr não deve se inscrever — a não ser que você seja queniano.

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    Erik, respeito sua opinião. Você tem toda razão em dizer que ninguém tem obrigação de correr a prova, agora, mesmo sabendo desses problemas, quem se inscreveu pode sim (e deve) reclamar e cobrar melhorias. Até porque, numa relação de consumo, pagamos e merecemos um tratamento digno.

    Claro que sabemos das falhas, que são as mesmas ano a ano, isso não impede de cobrarmos melhorias. Se vamos ter sucesso, não sei, mas não dá para “ignorar” uma prova com 25 mil inscritos e que, se abrir 45 mil inscrições, possa ter 45 mil pessoas querendo corrê-la. Isso a tornará uma das maiores do mundo em número de pessoas, ainda mais por não ser uma maratona e ter “somente” 15 km (apesar de muitos não acreditarem!).

    Temos 12 meses para cobrar, ficar em cima, tentar dialogar. Estou sendo utópico, um sonhador? Talvez. Mas não custa tentar.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  19. Não tenho nenhuma bola de cristal pra afirmar uma coisa dessas, mas tenho a sensação de que, se este mesmo percurso não tivesse o “rótulo” de São Silvestre, ou seja, se fosse uma outra prova, com menos participantes, etc, o percurso em si seria muito elogiado. Muito legal a sensação de estar no “centro de uma Arena” nos túneis que levam à Dr. Arnaldo. Tirando o congestionamento, a subida ondulada em torno do Estádio do Pacaembu é bem divertida. Achei a subida da Brigadeiro bem mais facil que nos anos anteriores, pois chegamos lá com menos desgaste. E a injeção de ânimo em ter descida no final é muito gostosa. Claro que há muitos erros da organização a serem criticados (e a maioria já foi feita neste tópico), mas o percurso em si, me agradou muito.

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    Hideaki, concordo com você.

    Não sei dizer se ficou mais rápido o percurso, precisaria fazê-lo de novo, como escrevi.

    Porém, tive essa sensação mesmo, de o tempo passar mais rápido, de o percurso ter ficado mais agradável de correr… chegamos bem menos desgastados na Brigadeiro e, ao chegar lá em cima, vem a sensação de quem “completamos”, agora, para baixo, fica mais fácil. Mesmo cansado, você irá chegar ao final com tranquilidade.

    A dispersão, sem chuva, teria sido excelente. Como não somos donos do clima, então, a organização tem de se preparar e ter alternativas para sol ou temporal, como foi no sábado.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  20. É desanimador. Estava realmente pensando em correr a prova em 2012 quando a Yescom prometeu a largada por ondas. Mas sinceramente, eles vão ter de provar que são capazes. Eu não vou comprar um serviço sem garantia de qualidade. Continuo com o propósito de correr a centésima edição da prova. Vou antes disso a partir do momento que eu não ler qualquer outro relato como este. É muito triste comprovar a completa incapacidade de Yescom de gerenciar a execução da prova para os amadores. Até acho que a prova é boa para a elite, mas mesmo neste quesito eu tenho dúvidas. No mais é realmente cobrar. Mesmo já esperando que a empresa organizadora da prova não vai trabalhar no sentido de melhorar as condições gerais da prova para que realmente gosta de correr. Abcs!

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    Leo, com largada por ondas e baias de ritmo, com controle sério, teremos São Silvestre. Caso contrário, fique aí em Belo Horizonte que é melhor mesmo.

    Continuo achando a São Silvestre uma prova única, especial, vale pela festa. Sou teimoso, quero corrê-la, tenho um sonho antigo de fazê-la sub 1h, mas não vou pagar para largar no Pelotão C sabendo que, com organização, isso seria possível.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  21. Oi André, corri no ano passado e assisti este ano pela TV.
    O foco da transmissão é a corrida da elite masculina e mostrar os fantasiados.
    A corrida feminina foi truncada no meio, bem no momento de decisão da liderança (ainda quando a Italiana liderava), só voltando na parte final.
    A chegada no Ibirapuera ficou meio sem graça de ver na TV comparando com a Paulista.
    A grande massa de corredores é apenas coadjuvante. A coisa é tão avacalhada que colocaram um câmera no meio da largada (quando já dava para correr um pouco) e era estranho ver o susto dos corredores ao dar de cara com um câmera parado bem na frente!
    Acho que para a TV a questão da largada/chegada é irrelevante, o que interessa é o impacto visual da multidão (realmente impressionante) e quanto mais fantasiados melhor.
    Acho que não vão mudar nada na organização da prova de 2012 🙁
    Abraço!

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    Edenilson, não vi a transmissão, mas é sempre assim.

    Esse negócio da câmera no meio, tem quem se assustou, mas há muitos que simplesmente param. Aumentando o risco de um acidente.

    Sem falar que uma hora, um câmera e o auxiliar vieram correndo, atravessando a pista, isso mais para frente, acho que próximo do Viaduto Rudge, e quase fui atropelado!

    Na descida da Major Natanael, um corredor simplesmente parou, no meio da rua. Isso mesmo. Parou, ajoelhou e começou a tirar o tênis, voltando a correr descalço depois. Por que não foi para a calçada? Se alguém tropessa…

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  22. Olha, de tudo o que li pós-São Silvestre, o que melhor expressou meu sentimento geral em relação à prova foi o que vc escreveu. Medo de imaginar mais 20 mil pessoas ali na rua correndo com a gente, muito medo. Não é por nada, não, mas já passou da hora de fazer uma prova não apenas pra TV ou pro torcedor, mas para o corredor. Sim, quero ver a prova na TV, quero aquele monte de gente na rua torcendo mas como corredora, quero uma prova organizada. Fico às vezes com a sensação de que, para a organização, basta o título de mais antiga e maior prova do Brasil. Eles também poderiam almejar o título de prova mais organizada,não? Nós, os corredores, agradecemos. Até porque, pagamos e bastante por isso. Corri no ano passado e nesse e me assustou ver como a prova foi travada. Quero muito continuar correndo a São Silvestre. Mas correndo. Se for pra caminhar, ok, beleza. Mas acho que prefiro caminhar em outro dia do ano, com todo o respeito.

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    Claudia, é isso mesmo

    Merecemos poder correr a São Silvestre. Mesmo que os tempos sejam baixos para entrarmos nas primeiras ondas, quem gosta de treinar/competir, terá uma meta, para buscarmos os resultados durante o ano e chegar em agosto/setembro com a marca atingida. Seria uma forma até de valorizar os amadores que gostam de correr forte.

    Hoje, infelizmente, a São Silvestre não nos beneficia.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  23. Prezado André,
    parabéns pela análise. Concordo plenamente. Respeito quem vai para a prova apenas para completar ou festejar o fim do ano, porém estes também deveriam respeitar quem treina e gosta de correr mais rapidamente (mesmo que não seja um profissional). Sinceramente, achei a corrida travada em toda a sua extensão e em nenhum momento consegui desenvolver o ritmo que treinei e planejava de 4’30”/km. Acho que a divisão da largada por ritmo ajudaria bastante, mas o que mais importa é a mudança de consciência das pessoas já que com certeza milhares fariam algo para burlar o sistema.
    Também gostaria de ressaltar que a área de dispesão no Ibirapuera deveria ser revisto pois transformou-se em um imenso pântano.
    Abraço.

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    Leandro, bom dia

    É uma união de tudo. Respeito e organização da organização (simples assim) e respeito às regras dos corredores. O que também, como você disse, não ocorre. Desse jeito, a São Silvestre será a prova que merece ser.

    Temos o direito de poder, realmente, corrê-la.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  24. Podem reparar que as principais provas do país com a tv, São Silvestre, Meia int. do Rio e Volta da Pampulha passam pelos mesmos problemas. Apesar de algumas melhoras em relação ao horário de largada da prova carioca e da mineira, o problema de largada e dispersão em ambas continuam a mesma história de sempre, sem contar a falta de largada por ritmo como citado no artigo.

  25. Com certeza teremos a Caminhada de São Silvestre se continuar deste jeito.
    Mas a Yescom, quando organizou o Mundial de Meia Maratona, em 2008, junto com a Meia do Rio, na largada para os atletas do Mundial haviam grades de mais de 2,0 metros de altura e impossíveis de serem escaladas, grades estas que se estendiam por mais de 200 m além da largada.
    Sem contar o staff impecável para estes atletas, até para nós, amadores, a corrida foi muito melhor, participei da Meia do Rio antes e após o mundial e nunca mais teve este nível de organização.
    Deveria a Yescom como melhoria previlegiar os atletas com mais de dez São Silvestre completadas initerruptamente com uma largada mais a frente longo dos fantasiados e com placas.
    Pois, estes sim são atletas que correm todo ano e não são aqueles que vão apenas para dizer aos colegas do escritório “assiste a Globo, este ano vou correr a São Silvestre”.
    Em 2012 vou para minha 13° SS e espero que a organização melhore a logistica de largada, para podemos VOLTAR A CORRER A SÃO SILVESTRE, assim como ocorria em 2001, 02, 03 onde já na Consolação já era possível impor o ritmo de prova, e não agora onde só foi possível na descida da Brigadeiro.
    André, vamos esperar e ver se a Yescom de ouvidos aos corredores e melhorem a corrida para nós.

    ———————————–

    Marco Antonio, essa é a esperança. Vamos lutar para que se torne realidade. Quem sabe não conseguimos…

    E, veja, pelo exemplo que citou na Meia do Rio, é bem possível acertar a largada e criar regras que beneficiem quem realmente quer correr.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  26. Concordo plenamente com a largada da S.Silvestre em bolsões por ritmo, só assim a prova poderá ser mais organizada, ainda mais que os organizadores pretende já para 2012, 30 mil atletas inscritos + os pipocas. Assim como a CR tem muita força no meio, precisamos fazer um agito para mudar isso.
    Abraços
    Wagner Monteiro

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    Wagner, vou passar 8 meses (até agosto, quando abrem as inscrições e divulgam o regulamento) batendo nessa tecla. Precisamos de uma união dos corredores para isso. O grande problema da São Silvestre é a largada. Resolvendo isso, será uma prova muito boa. Com bolsões de largada por onda e ritmo, com um último espaço só para os fantasiados, com cartazes, quem não tem tempo oficial em provas ou quer só festejar, se divertir, teremos espaço para todos. A Globo pode deixar as câmeras, todas, nesse último bolsão, não tem problema. Divirtam-se.

    Vamos lá, quem sabe não conseguimos sucesso.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  27. Para ampliar a discussão, números oficiais da São Silvestre 2011. Foram 15.017 homens concluintes, 3.751 mulheres e 86 nas categorias especiais, num total de 18.854. Como comparação, em 2010, com 4 mil inscrições a mais (21.000 contra 25.000 neste ano), pouco mais de 18.100 concluintes.

    A regra dos 30%, algo comum em todas as provas brasileiras, volta a valer. Com raríssimas exceções, o total de concluintes é sempre, na média, 30% inferior ao de inscritos divulgados. Veja, 25 mil inscritos, menos 30%, daria 17.500 pessoas, foram 18.854! Um pouco a mais.

    Agora, como vi muita gente que largou e depois foi pegar a medalha (só olhar no Facebook e você pode ler relatos de pessoas que dizem que correram 2 km, por exemplo) e outros que largaram no meio ou antes, fazendo caminhada (encontrei um casal por volta do km 11 e eles não largaram “oficialmente”, garanto) e na imagem da TV há pessoas caminhando na Pacaembu (com número) na passagem da elite feminina, por exemplo. Além de inúmeros pipocas, como já comentei no texto, tínhamos bem mais de 20 mil pessoas na prova.

    Resumindo, oficialmente, não chegamos aos 20 mil concluintes e, mesmo assim, a prova foi travada. Imaginem abrindo para 45 mil pessoas em 2012. Que sejam 30 mil, vai travar tudo.

    Ah, meu tempo oficial: 1:06:03, exatamente o mesmo do relógio. Pelo menos isso, rs. Tempo bruto: 1:09:20. Fiquei em 979 na classificação geral de 15.017 homens e 200 na faixa etária 35-39 anos, de 2.353.

    Abraço
    André Savazoni

  28. Voltarei ao assunto nesta semana, mas no blog está lançada oficialmente a campanha: “Largada por ondas com separação por ritmo, eu quero CORRER a São Silvestre 2012”. Se haverá sucesso, difícil dizer, mas temos oito meses, até agosto/setembro, quando começam as inscrições e o regulamento é divulgado.

  29. Caiam da real: Parecem que vocês não pensam na totalidade e na grandiosidade do evento. Largada por ondas nunca vai haver na São Silvestre simplesmente porque os patrocinadores pagam uma grana pretíssima pra Globo mostrar suas marcas na transmissão ao vivo e todo mundo quer ver a largada com 25.000, 30.000 pessoas de uma vez só. Largada por ondas não tem graça nenhuma em um evento televisivo, imagina o locutor da Globo falando: – Agora largam os amadores com ritmo de 4 min/km… depois de 10 minutos: – Agora largam os corredores de 5 min/km… e o povo na frente da tv: zzzzzzzzzzzzz……….

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    Ronaldo, então, pelo seu pensamento, as maratonas de Nova York, Berlim, Chicago, entre outras, todas com largadas por onda, não tem televisionamento? Não tem patrocinadores? Não envolvem dinheiro?

    Você sabia que a Maratona de Nova York, por exemplo, como evento esportivo, só perde para o SuperBowl nos Estados Unidos? Então, não dá dinheiro, os patrocinadores não “brigam” para estar na prova.

    Se largar a São Silvestre com cinco ondas, com 12 minutos em cada uma delas, teremos muita gente largando, durante uma hora, isso não é problema algum para a televisão.

    Seguindo seu pensamento, nenhuma grande maratona do mundo teria transmissão pela TV.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  30. Ao assistir pela televisão, considerando a minha experiência em provas pelo Brasil, percebi que estava quase impossível correr a São Silvestre por conta das pessoas que caminhavam na pista. Acho que a Yescom não percebe que quanto mais organizada, e isso inclui a utilização da largada em ondas, uma dispersão organizada etc, mais dinheiro ela ganhará. É assim que acontece em qualquer lugar do mundo. A São Silvestre é uma festa e deve continuar assim, mas não é pedir demais que a Yescom coloque um pouco de ordem na bagunça.

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    Claudio, havia gente que largou na frente caminhando e caminhou a prova toda, outros que no km 1 já estavam caminhando. É complicado demais.

    Abraço
    André Savazoni

  31. André, na última que fiz, em 2007, eram, se eu não me engano, 18.000 inscritos. E uma megamuvuca a prova inteira. Na subida da Rudge, uma mulher desmaiou na minha frente e eu e alguns corredores próximos prestamos auxílio. Só que a massa de corredores no local e o fato de estarmos justamente num viaduto simplesmente impedia que algum auxílio chegasse. Eu tentei ir na contramão para avisar ums policiais que tinha visto no início do viaduto, mas simplesmente não consegui fazê-lo sozinho. Aliás, fui bem xingado por isso… Depois de 10 minutos algums PMs que estavam lá na frente, avisados pelos que passavam, conseguiram ir contra a corrente (o uniforme ajudou, né?) chegar até a mulher. Por sorte, não parecia ser nada emergencialmente sério, mas se fosse um problema de urgência, que demandasse atendimento rápido… coitada dela. Provas hiperlotadas e desestruturadas também têm esse risco pra quem participa.

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    Nishi, com certeza, por isso que a largada em ondas facilitará até o socorro em casos como esse. A organização deve estar atenta.

    Se na Major Natanael ou na Dr. Arnaldo, alguém caisse, seria pisoteado. Um strike ocorreria. É um perigo tremendo e, em muito, por corredores inexperientes e fora de forma que insistem em largar na frente também.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  32. Acho que o evento ganha sim, e muito, com largada em ondas. O vídeo abaixo da largada da última maratona de NY com aprox. 50.000 atletas dispensa maiores comentários:
    http://zero-drop.com/?p=3611

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    Edenilson, ganha e muito com as largadas por ondas. Sem dúvida alguma.

    Abraço
    André Savazoni

  33. Oi André,
    é um pouco longo, mas vamos lá…
    Primeiro parabéns pelo seu tempo. Você deve ter costurado bastante. Eu tinha uma esperança (pequena) de fazer entre 1h15’ e 1h20’, mas estava ficando um pouco irritado com tanto cotovelo, costurando bastante, e quando comecei a correr um pouco mais solto a partir do Viaduto Rudge eu resolvi simplesmente curtir a prova, energia do público e até mesmo a chuva na Brigadeiro, que serviu para lavar a alma e deixar os problemas de 2011 para trás. Se estivesse seco, ainda forçaria na descida da Brigadeiro (estava treinando descidas) e na reta final. Mas com chuva, deixei isto de lado também em nome da segurança e para não atropelar muita gente no final, por causa do funil que virou pelo acumulo de água nas laterais. Assim, terminei em 1h28’, feliz, leve.
    Então tive que fazer uma prova de cross-country para pegar medalha (muito bonita), lanche (bom) e mochila (o guarda-volumes funcionou muito bem, eficiente e cordial no meu caso).
    Muito legal ver público na rua, mesmo debaixo de chuva. Isso sem dúvida faz da SS uma prova especial. Passei fazendo “high five” para várias crianças, recebendo uma energia muito legal.
    O percurso achei até mais fácil, pelos motivos que você escreveu, mas ainda preferia a chegada na Paulista, pelo significado dela. Mas sei que a chance de voltar é muito baixa pelos vários motivos dados pela organização.

    Algumas observações minhas, talvez até repetidas por não ter lido todos os comentários:
    Sobre as pessoas
    Muitos, muitos pipocas, na largada e também entrando ao longo do percurso;
    Muita gente correndo com número de outra pessoa. Japonês com o número de Lizandra? Jovem rapaz com número e nome de Bianca?
    Muita gente cortando caminho, principalmente no “cotovelo” antes do viaduto Pacaembu. Se tinha um tapete de cronometragem logo depois, porque não colocaram justo na virada?
    Também muita gente “cortando” na virada para a Marques de São Vicente.
    Muita gente caminhando já na subida para a Dr. Arnaldo. Por que não largam mais para trás?
    Passei reto no Gatorade, mas as pessoas jogarem os saquinhos no meio da rua é sacanagem. Vi algumas pessoas tomarem um “banho” de gatorade que não seria nada legal se estivesse sol…

    Sobre a organização
    Água só no Km 4,5, quente? Ainda bem que não estava sol… mas também colocar um posto de água antes disso sem uma largada organizada é bem difícil mesmo…
    Não me venham com essa de que não dava para prever a chuva… final da tarde no verão em São Paulo tem sempre grande chance de chuva. E eu já organizei eventos muito menores em que a possibilidade de chuva era SEMPRE discutida e planos alternativos traçados. Será que realmente ninguém pensou que iria virar um lamaçal?
    A largada às 17:30hs certamente não ajudou neste caso…
    Tenho a impressão que fazem da largada essa “zona” para justificarem que precisam mudar o lugar no próximo ano… para um lugar com mais espaço, etc. E invariavelmente não vai ter metro por perto, podem ter certeza. Algo assim como a marginal pinheiros, perto da Globo… ih, acho melhor não dar a idéia.
    25000 pessoas? Inscritos até acredito, na largada, se contar os pipocas, também, mas quero só ver o número de concluintes com até 2h30’.

    Perguntas adiconais:
    Por que os números de cor diferente?
    Qual o motivo lógico para não divulgar os resultados antes de 72hs? Mesmo com chuva e 25 mil inscritos (não acho que foram tantos, mas vamos dar o benefício da dúvida), não há razão para que o resultado não saia até o meio dia do dia seguinte (eu sei que é ano novo e tudo mais, mas qual é a dificuldade?)
    Eu consegui pegar o meu kit bem traquilamente na quinta-feira, mas pelo que fiquei sabendo faltou camiseta no final da sexta. Como falta camisa do seu tamanho se te perguntam o tamanho na inscrição e não se pode trocar? E além disso, tinha um estande da organização com camisas da prova a venda… ou elas acabaram também? Vão enviar por sedex? Quero saber se vão cumprir.

    Resumo a ópera:
    A SS é realmente “a” corrida do Brasil. Uma festa, uma corrida para terminar o ano, encerrar um ciclo. Os personagens fazem parte disto. Não há outra igual, mas ela precisa se modernizar e atender todos os públicos. Com pequenos ajustes (principalemente na largada) a corrida pode ficar muito, muito melhor. Algumas sugestões:
    Largada por ondas com comprovação de ritmo (várias ondas, com 5 min de intervalo entre elas).
    Baias por ritmo, com controle rígido de entrada e grade alta. Os números de cor diferente são uma divisão bem boa e fácil de serem vistos/ficalizados.
    Fazer corrida pela manhã, quando não atrapalha a festa da virada da Globo e diminui as chances de chuva.
    Trabalhar com previsão de chuva.

    Querem ver como se organiza uma corrida festiva, onde quer quer correr corre e quem quer festejar festeja? Tentem ver como o Atlanta Track Club organiza a AJC Peachtree Road race (10k, a maior prova do mundo). Só para ter uma idéia, são vários grupos de largada (elite, sub 42, 42-50, 50-55, 55-75 e depois alguns grupos para os sem tempo, fantasiados, etc), multa pesada para quem pula a grade na largada, sorteio para as 60.000 inscrições disponíveis, água a cada milha, etc. Não é difícil, é só ter vontade de fazer. E eles tem um lucro muito bom cobrando 33 dólares a inscrição…

    Abraços e boas corridas em 2012!
    Alex

    ———————-

    Alex, longo, mas resumiu tudo. Parabéns pelo comentário

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  34. Deve ser porque meu ritmo é devagar, mas não senti dificuldades em correr. Foi bem tranquilo, até. Alguns desvios aqui e acolá, mas nada que eu não esperasse. Achei até que seria bem pior do que foi.

  35. André e amigos corredores;
    Sinto muito que por interesses comerciais, estão levando a nossa famosa corrida ladeira abaixo. Não se pode admitir que toda a mágica em torno da prova seja destruída por alguns organizadores que acho eu nunca correram um prova de rua. NOTA 0, para o novo percuso, logística da chegada e para a chegada no Ibirapuera. Estou indignado e precisamos fazer algo para mudar isso. Abraços e desculpem-me pelo desabafo.

  36. André, esse ano infelizmente não deu pra eu correr devido a uma lesão mas tinha feito minha inscrição, mas acompanhei tudo pela tv e concordo com vc em todos os aspectos vamos todos colaborar para q esse possa voltar o tal famoso percurso e dificultar para esses “pipocas” não ter acesso, pois acaba sendo muito injusto para os q fazem as inscrições……. tbém acho q o valor cobrado é muito alto para nós termos essas dificuldades em correr pois os “pipocas” acabam atrapalhando.

  37. Parabéns pela análise, na minha opinião perfeita. Ainda podemos acrescentar que a total culpa de alguns fiascos na corrida foi sim da YESCOM. Fico me perguntando também como será o ponto de vista de algumas pessoas que querem correr a SS, mas não tem dinheiro para pagar essa corrida “cara”. Penso tbm nos gorinhos que querem correr e não conseguem ser rápidos, nos fantasiados que fazem a alegria dos turistas e moradores de SP e do Brasil que são acostumados ver tantas coisas ruins e no último dia do ano, depois de correr o ano todo, resolvem comemorar e fazer a tão sonhada SS…
    Para variar, ainda penso como se eu fosse o organizador da prova, como colocar tantas variáveis em uma só corrida em um só dia. Pra ajudar ainda tem a pressão da prefeitura querendo o não encontro de quem chega para a festa de fim de ano com os quais terminam a corrida em 3 horas… meu Deus!!!! Quaantas variáveis hein!!!
    Todos que escreveram já se colocaram no lugar dos organizadores??? Quem já organizou corridas sabe o quanto é difícil. Eu ainda nao organizei, mas já pensei como quem organizou para tentar ver o trabalho que dá e já vi corrida com 150 pessoas ser um fiasco…
    Voltando ao comentário, a minha opinião é a seguinte: A Yescom foi incapaz de organizar uma corrida que tem tudo a favor dela, a cidade apoia e, o André frizou bem isso, durante todo o percurso fomos “aplaudidos”. A cidade de SP na minha opinião é muito bonita e a medalha tbm este ano não deixou a desejar nem um pouco.
    Creio que todos que postaram nesse Blog já correram várias corridas de outras organizadoras, por um acaso eu estou enganado ou a Corpore faria uma corrida muito melhor organizada que a Yescom??? Corri várias da Corpore esse ano e não tive problemas em nenhuma delas, pelo contrário, a briga foi só contra meu tempo.
    A mais pura verdade que não quer se calar é: o organizador da SS não está nem se importando com quem corre ou deixou de correr, ele desconhece a palavra respeito quando coloca os corredores para chegar naquele brejo depois de 15km disputados contra nós mesmos e nossos tempos e ainda vi um monte de gente tendo que voltar na Paulista pra pegar seus carros, não sei quanto a eles, mas eu estava com muito frio e fome tudo que eu mais queria era chegar em casa e tomar um banho.
    Dizem que era a GAZETA que organizava e a Band filmando… não sei se é verdade não lembro, mas se o problema for a organização da prova, mudando resolve não é? Abraços a todos que lerem.

    ——————————-

    Adauto, só uma acréscimo, não considero toda a culpa pela largada da Yescom, porque a Globo e a Fundação Cásper Líbero são donas da prova e, como tal, também deveriam se importar com os problemas causados.

    Abraço
    André Savazoni

  38. André,

    Acho complicado o sistema de baias por tempo comprovado. Imagine como fiscalizar 45 mil pessoas? Na Asics Golden Four Brasília, eu tinha a comprovação de tempo para largar na Elite. Porém antes da largada, eles tiraram a fita que isolava as baias e foi aquela confusão. A ideia é ótima, mas no Brasil não respeitam. A propósito, sugiro a baia dos fantasiados também. Afinal, quer sinônimo maior de festa p/a SS do que as vestimentas pitorescas que pululam na telinha da Globo?

    Bons treinos e um 2012 ativo e produtivo a todos.

    —————————–

    Vivian, realmente, não é fácil, mas dá para fazer. Chicago é um ótimo exemplo disso, Nova York também. Se lá conseguem, aqui também. Claro que dará trabalho.

    Ah, a baia dos fantasiados, com faixas, caminhantes, tem de existir realmente.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  39. Parabéns pela análise e também aos colegas pelos comentários precisos. Não vi tantos pipocas, mas também fiquei engarrafado com tanta gente. Corri bem mais lento devido a chuva e ao medo de um strike na Major Natanael e na Brigadeiro. Achei o trajeto bem seletivo, com altimetria respeitável, mas muito prejudicada pela chuva nesta edição. A medalha realmente é belíssima e valeu a chuva.
    um abraço
    Fausto

    ——————————-

    Fausto, também acho que a chuva prejudicou todo o evento. Gostei do percurso também, só queria corrê-lo sem tumulto para uma melhor análise.

    Agora, a medalha foi o ponto alto desta São Silvestre.

    Abraço
    André Savazoni

  40. Agora rapidinho…

    André, eu avisei no outro comentário que era longo, rsrs. Tá mais para reportagem da CR do que comentário, rsrs.

    Vivian,
    Em Atlanta, são 60 mil corredores e funciona direitinho o sistema de tempo comprovado, mesmo com muita gente fantasiada. E como são só 10k, quando a Elite chega ao final (Martin Lel já ganhou lá) ainda tem gente largando. Mas lá a corrida é organizada por um clube de corredores…
    Abraços e boas corridas!
    Alex.

    —————————

    Isso mesmo, Alex, exemplos de provas que funcionam existem (e não são poucos), então, quem sabe não conseguimos que a São Silvestre resolva o problema crônico, grave e antigo da largada.

    E o comentário anterior ficou grande, sim, mas muito produtivo. Excelente.

    Abraço
    André Savazoni

  41. Sinceramente, acho que falta vontade de fazer acontecer.
    Dizer que “os corredores devem controlar” é o mesmo que dizer que a policia não vai fazer segurança de nada e que a população deve faze-lo.

    Se ao menos tentassem já seria de bom grado, mas nem isso querem fazer.

    A SS é uma prova historica, todos querem correr.
    Mas que busca performace não é a prova para isso. E corre o risco de virar caminhada. Salve os afortunados que largam na elite ou nos primeiros metros da largada. O restante é só festa mesmo.

    Não corri o novo percurso (mas já corri 4x no antigo). Mas fiz o simulado. E gostei. Perdeu-se a tradição. Infelizmente.
    E corre o risco de virar uma caminhada, como esse post mesmo fala, senão houver boa vontade por parte da organização.

    Talvez ao invés de um protesto “chegada na paulista”, por que não fazer o “largada por ritmo e por ondas” ?
    Acho que daria mais resultado.

    Abraço.

  42. Oi André, a partir dos números oficiais de 2011 dá para observar mais alguns dados interessantes:

    1) A média dos tempos líquidos (masculino) foi de 1:32:43;
    2) 50% dos atletas finalizou a prova entre 1:20:15 e 1:43:52;
    3) Num intervalo de apenas 23 minutos chegaram 7632 atletas;
    4) O pico máximo na chegada foi no tempo de 1:32:00 com 346 atletas por minuto!
    5) O último atleta a largar demorou aprox. 29 minutos para passar pelo tapete;
    6) 115 dos 500 últimos colocados demoraram menos que 5 minutos para largar (ou seja, estavam láaaaaa na frente).

    Os números reforçam ainda mais todos os argumentos já apontados no seu blog a favor de uma largada por ondas.
    Há um bloco compacto com aprox. metade dos atletas, bem congestionado, que chegou em um intervalo bem curto de tempo (23 minutos), enquanto a outra metade dos atletas chegou nas 1:55:00 restantes (3676 nos 37:00 minutos iniciais e 3714 nos 78 minutos finais).
    E, para finalizar, muita gente lenta querendo largar com o peito na fita não dá…

    Abraço!

  43. É isso mesmo, André, a São Silvestre em particular, e as provas da yescom de um modo geral não respeitam o corredor amador “sério”, preocupado com o seu tempo na prova. No ano passado decidi que a única prova da yescom que continuarei participando é a Maratona de S.P.(pelo menos enquanto não existir outra maratona em S.P.)

    —————————————-

    João, e a Maratona de SP tem ainda o gravíssimo problema de largada tarde, com calor. Pena.

    Abraço
    André Savazoni

  44. Mais alguns números muito curiosos… no site da Yescom dá para consultar os resultados de 2008 até 2011 e lá temos os seguintes números de concluintes:

    2008: 17.018 (14.318M + 2.700F)
    2009: 18.051 (14.925M + 3.126F)
    2010: 18.042 (14.804M + 3.238F)
    2011: 18.799 (15.048M + 3.751F)

    Apesar do aumento substancial do número de inscrições (+5.000 ou 25%) o número de concluintes dos últimos 4 anos ficou quase estável.
    Aparentemente a regra dos 30% que você citou não vale para os outros anos ou este ano o número de desistências foi fora do normal para uma São Silvestre.
    O número de inscritos divulgado é confiável?

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    Some a esses números, Edenilson, mais um pouco das categorias especiais. Foram 86 neste ano. Então, não dá para saber se o número de inscritos é 100% seguro porque não há uma listagem com todos os nomes, como ocorre em outras provas da Corpore e da Tribuna, em Santos, por exemplo.

    O número, realmente, está basicamente estável. Isso ocorre na Maratona de São Paulo também, por exemplo.

    Tem gente que se inscreve e não corre (achei que não, mas há sim, já fiquei sabendo de vários casos entre ontem e hoje), quem não completa, não entra na listagem de concluintes porque não tem as passagens nos tapetes. Pegou a medalha, mas não completou.

    Seria legal saber quantas medalhas foram entregues. Sei, pelo artista responsável, que foram feitas 26 mil medalhas – mil a mais do que o número divulgado de inscritos pela Yescom. E as medalhas estavam sendo entregues só para quem tinha o papel (um amigo jogou fora, achando que era guarda-volumes e foi uma “guerra” para consegui-la, rs).

    Vou tentar esse número, mas não sei se há um controle rígido, com um balanço. Com as medalhas, saberíamos quantos “deram balão” na prova, se é um número significante ou não. Sei de gente que largou bem antes, foi caminhando, outros que correram uma parte e foram para o Ibirapuera, outros que correram 3 km. E todos pegaram a medalha! Nenhum desses está na cronometragem oficial.

    Ah, e há o pessoal ainda que correu certinho, mas teve problemas com o chip. Não sei essa porcentagem também, se influencia bastante ou pouco.

    Abraço
    André Savazoni

  45. Olha, foi a minha segunda SS (corri o ano passado) e o que me desagradou (concordo 100% com a análise do André) foi a lama no final (tinha mais barro lá que na 1/2 de Guariba do ano passado), a dispersão horrível onde voltamos andando no meio de ônibus e carros e falta de transporte… vi inúmeras pessoas que foram só prá SP prá correr e não conseguiam táxi, ônibus pra voltar… Se uma das alegações da mudança da Paulista foi a dispersão, como justificar somente o fechamento da avenida no local onde os corredores chegavam e não no lado oposto, colocando em risco as pessoas?! Agora se não fizerem modificações na largada e se concretizar o aumento naquelas proporções de participantes, realmente será caminhada de SS…

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    Ana, boa noite

    Está certo que a chuva potencializou, e muito, os problemas. Até acredito que num dia bom, a dispersão teria sido aprovada pela maioria. O espaço era bem amplo. Agora, a organização tem de se preocupar com os problemas que podem causar e, como nos shows em jogos de futebol, era só ter deixado tapumes em cima do gramado que teria ajudado e muito.

    Quanto aos táxis, também, a prefeitura poderia ter montado um esquema, além de colocar ônibus levando o pessoal até uma estação de Metrô. Isso é pensar na São Silvestre como um grande evento.

    Abraço e bom 2012
    André Savazoni

  46. André, parabéns pelo Blog. Concordo que a largada por baias iria ajudar muito, mas depois de ver aquele vídeo infeliz do representante da Yescom (Sr. Julio Deodoro) no qual ele faz pouco caso dos corredores duvido que qualquer campanha adiante. Eles cobram caro, organizam mal a prova, mas por terem uma prova tradicional em mãos e a Globo por trás sabem que sempre terão interessados em correr. Abs, Rogerio

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    Rogério, obrigado pelas palavras. O blog é feito por vocês, leitores/corredores, que participam demais.

    Só uma correção, o Julio Deodoro é da Fundação Cásper Líbero, “dona” da São Silvestre ao lado da Rede Globo. A Yescom é contratada por eles para organizar a prova, o que, na questão relativa à largada, não tem organização alguma.

    Na conversa que tive com o Vasco, diretor técnico da prova, que é da Yescom, ele falou como possibilidade sim a questão da largada em ondas.

    Se vamos conseguir, realmente, não posso dizer. Considero, como você disse, que será bem difícil mesmo, mas não será por falta de tentativa.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  47. 1a São Silvestre de Buenos Aires em 2010 teve 1718,a 2a edição em 2011 já teve 2.769 concluintes…

    ———————-

    Hideki, se eles continuarem assim, será igual à Maratona de Buenos Aires, hoje a maior da América do Sul em número de concluintes e com mais de 600 brasileiros concluintes na edição de 2011. Mais do que muitas das provas de 42 km realizadas no Brasil. E a tendência é de mais brasileiros ainda em 2012. Sem falar na meia-maratona, realizada um mês antes, em setembro, na capital argentina.

    Abraço
    André Savazoni

  48. Amigos, mais um tema para a discussão, com base em minha experiência na corrida.

    Muito se falou das descidas íngremes. Claro que tem gente que abusa, outros, destreinados, correm sério risco de se machucar. Agora, se você está treinado (como eu estava), sinceramente, não achei nada de ruim nas duas descidas longas, da Major Natanael até a Avenida Pacaembu e do trecho da Brigadeiro (que nem é tão longo assim, de carro parece mais!). Todas as opiniões devem ser respeitadas, sempre, mas tem muita gente que não correu a prova e segue batendo nessa tecla das descidas. Tem inúmeras provas com descidas pelo mundo.

    Quanto à prova, só para complementar, a hidratação (quando passei pelos pontos) foi muito boa. Uma falha que não deveria ocorrer: água quente no primeiro posto (por que logo no primeiro, já que nos outros peguei sempre água gelada?). O sistema do isotônico de saquinho, também foi aprovado por quem eu conversei e por comentários deixados aqui no blog.

    Quanto à largada em um ponto e chegada em outro, o problema é a falta de estrutura/apoio/orientação. Isso ocorre em inúmeras provas. Um esquema de táxi e de ônibus levando ao Metrô seria excelente. Deveria ter sido feito.

    Outro ponto: a prova largou exatamente no horário. Algo raro.

    Quanto ao barro/lama/córrego/piscina na chegada, a chuva potencializou, como já disse, mas a organização deveria ter pensado nisso.

    Abraço
    André Savazoni

  49. Ainda sobre as descidas: A Meia Maratona de Brasília teve 120 mt. de desnível (prova não-oficial IAAF) entre largada e chegada, com descidas íngremes no percurso e não vi ninguém na internet reclamando.

  50. Sobre o local de chegada não ter estrutura: É lógico que provas onde a largada e chegada são no mesmo lugar são muito mais confortáveis. Porém nem sempre isso é possível. Na maratona do Rio a distância entre largada e chegada é de 42 km, obrigando os maratonistas a saírem bem mais cedo do que seria o ideal. Nas meias maratonas do Rio ocorre a mesma coisa, e diversas outras provas. E não acho que caminhar 1,5 km até o metrô após a corrida seja assim tão dramático e desgastante. Na maratona de NY caminha-se praticamente 1 km só pra pegar a medalha e o kit pós-prova. Naturalmente a chuva atrapalhou o pós-prova, qualquer pós-prova com chuva é desagradável. Já corri prova com chuva torrencial e o taxista não quis me levar pro hotel porque eu estava ensopado, mas nem por isso coloquei a culpa no organizador. Na boa, acho que a maioria precisa correr mais e reclamar menos.

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    Julio Cesar, estava faltando mesmo sua participação.

    Quanto à largada, a chuva potencializou tudo, amplicou os problemas. Mas a organização deveria ter pensado nessa possibilidade, afinal, estávamos em dezembro.

    Agora, o movimento que vou fazer no blog é justamente isso, só corrigindo o que faltou: para realmente, quem se preparar e quiser correr a São Silvestre, que consiga corrê-la. Este ano, não deu. Foi bem difícil.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  51. Atualmente a SS é uma “festa” de final de ano, não uma corrida. Quem gosta de correr como eu, procure outras prova. Enquanto a SS estiver desorganizada (principalmente a largada) não participarei. É óbvio que dá para fazer uma prova organizada pois temos diversas provas no exterior com 20, 25 e até 40 mil CORREDORES (de verdade) que são bem organizadas. Não organizam a SS porque não querem!!!!

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    Sacadura, então, isso que não aceito. A opção de correr ou não a São Silvestre deveria ser pelos critérios de data, viagem, financeiro ou simplesmente porque querem descansar no final de ano. Corredores como você, que viajam pelo Brasil para participar de provas, deveriam ser respeitados com uma organização digna na largada, o grande problema da prova, que reflete daí para os 15 km. É por isso que devemos lutar, tentar buscar uma solução.

    Abraço e um ótimo 2012
    André Savazoni

  52. André…foram 52 ‘posts’ e confesso não ter lido todos, correndo o risco de falar algo já repetido…Outro fato que pesa a SS é a época em que muito preferem estar em locais mais ‘turísticos’ para tal! Seria fantástico se a SS proporcionasse um verdadeiro Réveillon para os corredores e suas famílias com pré e pós provas dignos. Aí sim os corredores (todas as tribos) iriam ‘curtir’ esta prova nesta data tão significativa! Do jeito que está agora, e não desmerecendo vossa cidade, prefiro passar o ano no litoral nordestino que tem tudo a ver com verão, bem diferente do dilúvio daí rsrsrsr

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