A Corrida Internacional de São Silvestre tem problemas? Claro. Não há corrida sem falhas no Brasil. Polêmicas? Sim senhor. Mas não há como fugirmos de uma constatação: é uma prova diferente de todas as outras. A começar pela divulgação. Está em todos os sites e jornais nacionais, incluindo na lista rádios e emissoras de televisão. Uma exceção num país de supremacia do futebol, com o atletismo ficando no meio da lista, atrás de outros esportes em marketing e dinheiro envolvidos. A São Silvestre coloca a corrida de rua no topo dessa lista. Pelo menos por dez dias.
A entrevista coletiva de imprensa, nesta manhã (29), estava lotada. Claro que como muitos dos jornalistas presente não são especializados em atletismo (nem têm como ser), as perguntas repetiram-se, o tema da mudança do percurso ficou no topo dos questionamentos, mas o importante é a corrida sendo divulgada. Pena que não ser assim o ano todo. Na entrega dos kits no Ibirapuera, que termina nesta sexta-feira (30), basta dar uma caminhada para ouvir diversos sotaques e observar corredores de todas as regiões do país. Famílias inteiras, grupos de amigos, casais… todos animados com mais uma participação ou pela estreia na São Silvestre.
Neste ano, foram 25 mil inscritos (veremos quantos concluintes, o que mais importa). Para 2012, o limite serão 40 mil corredores. Com uma luz no fim do túnel: há a possibilidade de largadas por ondas, o que ajudaria a minimizar (e até resolver, se bem dividida e organizada) o caos dos primeiros quilômetros, o principal problema da São Silvestre. Largando em quatro ou cinco ondas, com separação entre elas por tempo em provas oficiais (como ocorre na Maratona de Chicago, por exemplo), todos realmente poderão correr a São Silvestre. Hoje, uma minoria corre, pois muitas pessoas que vão para fazer a festa, vestir fantasias, festejar o ano que passou e receber o próximo (e estão no seu direito, claro), fazem questão de ir para a “fila do gargarejo”, atrapalhando todos (isso considero errado demais). Como sou um eterno otimista, após a conversa que eu e o Sérgio Rocha tivemos no almoço de quarta-feira (28) com Manoel Arroio, o Vasco, diretor da São Silvestre, sonho com essa possível mudança.
Duelo – Falando especificamente da prova de sábado (31), a disputa no masculino tende a ser entre Marilson Gomes dos Santos e o queniano Martin Lel (na foto acima), que vive um grande momento e está na reta final de preparação para a Maratona de Dubai, em janeiro, nos Emirados Árabes. Eu apostaria no Marilson por um fator: para muitos, competir “em casa” é motivo de pressão, com ele, ocorre exatamente o contrário, corre ainda mais. No feminino, as brasileiras estarão firme na luta por um lugar no pódio (cinco primeiras), mas considero difícil derrubar as estrangeiras, principalmente as quenianas, do primeiro lugar.
Nesta sexta-feira (30), passaremos o dia na entrega dos kits. Apareça no estande da Contra-Relógio para bater um papo e aproveitar a promoção de assinaturas. No sábado (31), pela quarta vez consecutiva, estarei entre os milhares de corredores que optaram por agradecer o ano que passou. Independentemente de quem organiza a corrida (isso muda, os organizadores passam, a prova fica), a São Silvestre é a corrida brasileira. Deveria, até, ser um patrimônio nacional.
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Oi André,
Desde o ano passado a São Silvestre vem gerando muitas discussões e polêmicas. Esta foi a primeira competição que participei quando comecei a correr, isso a 10 anos atrás. Participei de oito edições seguidas, mas desde o ano passado e este ano não compareci. Mas não pelo fato da mudança do percurso ou entrega de medalhas, e sim pela grande aglomeração de pessoas e pelo empurra-empurra que ocorreu em 2009, na última edição que participei. Concordo com sua sugestão da largada, e acredito que isso seja um pouco difícil de ocorrer aqui, mas não custa sonharmos!
Uma excelente prova para você e para todos que irão participar! Feliz ano novo!
Um grande abraço!
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Daniela, realmente, esse empura-empurra e confusão da largada é o grande problema da São Silvestre. Com 25 mil inscritos, já deveria ter sido resolvido neste ano. Fica a esperança para 2012 quando teremos ainda mais inscritos.
Feliz ano novo para você também
André Savazoni
Ahhh, nem fala, estou com um apertozinho (existe esta palavra? apertozinho? ) no coração por não estar na SS conferindo o percurso novo. Novidade é comigo mesmo, mas este ano minha ausência é por uma boa causa…Sempre encarei a SS como uma prova para fechar um ano de competições e iniciar outro, quase que de forma exotérica! Bem…desejo uma feliz SS para vc e claro um feliz 2012!
Oi André. Concordo com minha chará. Já corri 4 ediçoes e na corrida em que fui pra fazer tempo (82a. edição) tive a coragem de ficar durante uma hora e meia na largada…em pé no meio daquela muvuca passando por vários constrangimentos…td isso pra cumprir meu objetivo e nao ser prejudicada pela multidao dos q só festejam e não propriamente correm. Outro ponto ruim: a elite B foi escolhida… Haviam varias celebridades e pessoas da imprensa q nao tinham indice pra estarem la, e estavam. Nao sei se td isso mudou pq nao vou correr este ano e minha ultima foi em 2009. Mas pretendo correr em 2012…. O fato é q por ser a unica corrida de prestigio no Brasil quem acaba se adequando ao percurso novo, problemas da largada, entre outros fatos, somos nós brasileiros amantes da tradiçao, corredor ou nao.
Abraço!
E boa corrida,
Oi Andre, a largada em ondas será inevitável. Tenho a impressão que a prova deste ano será a
versão pedestre da descida para comemorar o reveillon no litoral 🙂
Senão vejamos: considerando que 90% dos atletas concluam a prova entre 1h e 2h30min teríamos um total de 22.500 atletas cruzando a chegada em um intervalo de 1h30min, o que representaria 250 atletas por minuto (considerando que a distribuição seja uniforme…). Como não é uniforme eu chutaria em um pico de até 500 atletas por minuto cruzando a chegada após 1h30~1h45 de prova (ou 8 atletas por segundo!).
É muita gente correndo junta, não tem como não congestionar (ainda mais que tem uma chicane no meio da Av. Pacaembu e duas ladeiras). Com 40.000 atletas é impossível correr sem largada por ondas, só andando mesmo.
Abraço, feliz 2012!
Se realmente a largada mudar estarei presente na próxima edição. Não vejo qualquer problema com a mudança do percurso ou entrega de medalhas junto do kit. A largada é o que realmente me impede de correr a prova. Vamos otrcer, não só pelo Marilson, como pela boa vontade da Yescom para o ano que vem. Feliz 2012!
A SS é realmente a maior prova nacional. E a Yescom realmente é uma comédia! Faltou camiseta para muitos inscritos. #yescomedia
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Realmente Leo, a partir de umas 16h30 (oficialmente a entrega dos kits era até 17h), várias pessoas passaram pelo estande da Contra-Relógio informando que tinham acabado as camisas da maioria dos tamanhos e, numa certa hora, só havia 1 mil P feminina. Quem viveu essa situação, por favor, envie e-mails para contato@novosite.contrarelogio.com.br ou contrarelogio@uol.com.br. Podem deixar comentários aqui no blog também para usarmos na revista.
Falei com um amigo, o técnico Rogério Mateus, de Jundiaí, e ele disse que a Yescom informou que iria enviar as camisas posteriormente. Só acredito vendo.
Abraço
André Savazoni
Abraço
André Savazoni
Lamentável o que a empresa Yescom está fazendo com a São Silvestre. No ano passado deu a medalha antes da corrida. Neste ano alterou o trajeto tradicional para que tivessemos uma chegada mais confortável e colocou a chegada no meio de um lamaçal. Absurdo total e no ano que vem só pensando no lucro eles querem colocar mais 5.000 corredores. Vai ser uma grande caminhada. Estão matando a prova mais tradicional do Brasil. Após 7 provas esta foi a minha última enquanto essa empresa continuar estorquindo os corredores com preços absurdos e não dando nada em troca. Quanto a camiseta, retirei o meu Kit às 16:30 da sexta e só existiam camisetas p masculinas ou femininas. Se eles perguntam o tamanho da camiseta no ato da inscrição, como faltam camisetas dos tamanhos corretos se eles não permitem a troca? Depois falam que camiseta é brinde e para o corredor levar o tamanho que tiver e pronto. Brinde nada, está muito bem paga com o absurdo R$ 100 da inscrição. Abs, Rogerio
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Rogério, esse negócio da camiseta não tem justificativa mesmo. Sendo ou não “cortesia”, como colocam no regulamente, você marca o tamanho (e está escrito que não poderá trocar) ou seja, está reservado para você. Se marcou e a entrega dos kits é até 17 horas, tem de ter a sua camiseta no tamanho que você escolheu até 17 horas.
Quanto à prova, realmente, se não fizerem largadas por ondas com ritmos definidos, vai virar uma grande caminhada. Não vejo problema em colocarem mais 5 mil ou 10 mil pessoas, desde que façam ao menos umas quatro largadas por ondas, com separação por ritmo, deixando ainda o pessoal com cartazes, fantasias ou quer só festejar para o último bloco.
Abraço
André Savazoni
Corri ontem e não me senti preso em nenhum momento. Foi bem tranquilo, na verdade. Nunca corri o percurso velho, mas gostei desse novo. O resto escrevo por e-mail ou em casa. EDGE da Vivo tá ruim.
Acho que deve ser feita alguma coisa pra melhorar, não pode acontecer como desta vez, blocos e demais blocos, com a chuva não existia possibilidade de avançar, de mudar o ritmo, fora o verdadeiro pântano que se tornou a dispersão foi uma vergonha pelo preço que se paga, se contunar assim se eu for ano que vem vou de pipoca…..
Já que gostam de mudar, vamos manter o trecho antigo e mudar a largada pro período da manhã…..
Quando eu participei da Maratona de Berlim eu comprei uma camiseta de finisher. Para minha surpresa a camiseta deveria ter sido retirada antes da prova. Não avisado disto eu fui retirar a minha após a prova. Quando fui retirar a camiseta havia esgotado. Mandei um e-mail para a organização que me enviou uma camiseta quase imediatamente. Vamos ver como vai ficar este negócio da Yescom. O certo é que a camiseta da São Silvestre, mesmo antes da prova, já estava a venda no site do fornecedor. Ou seja, devia haver estoque para algumas entregas. http://www.cambs.com.br/detalhes/camisa-da-corrida-sao-silvestre-2011-2012–CSSM1/
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Leo, isso mesmo, deveriam ter o estoque até porque havia um estande, fora inclusive da feira de entrega dos kits, só com produtos da São Silvestre.
Em 2010, na Meia da Corpore, as camisas também acabaram. Houve problemas e entregaram no dia seguinte, antes da prova.
Vamos ver, realmente, se a Yescom irá enviar para quem ficou sem.
Agora, só como comentário, camiseta de Finisher entregue antes? Eu também não teria retirado… iria buscar no final, rs!
Abraço e um 2012 sem contusões, só com corridas
André Savazoni