A Organização Mundial de Saúde (OMS) está preocupada com a propagação rápida de um novo vírus (ou seria uma bactéria, ninguém sabe) extremamente contagioso. A cada mês, centenas de pessoas são contaminadas. Há ainda discussões sobre a origem dessa “doença” moderna, mas estudos mostram que começou a se alastrar nos Estados Unidos há algumas décadas, chegando ao Brasil com força total nos anos 1990 e, principalmente, 2000. Por sinal, alertam os médicos, o bichinho da corrida espalha-se rapidamente dentro de casa. Muito cuidado.
Como já relatei aqui no blog, comecei a correr há cerca de três anos quando minha mulher, Mariluci Savazoni, estava grávida do Pedrinho, nosso segundo filho. Aos poucos, Mari foi sendo contaminada. Desde o ano passado, passou a treinar com assiduidade. Lógico que, no caso dela, o esforço tem de ser ainda maior do que o meu. Além das tarefas de seu dia a dia, tem os cuidados de mãe, mulher, profissional. Não é nada fácil. Merece todos os elogios.
A partir do começo de 2011, Mari dedicou-se ainda mais, seguiu as planilhas, fez treinos de velocidade, ritmo, longões… Por enquanto, ainda está nas provas de 10 km, mas já pensa na primeira meia-maratona em 2012 (algo que nem cogitava há um ano! Coitada, está ficando doente). Em julho deste ano, tínhamos corrido juntos a prova 9 de Julho, em Jundiaí. Depois, quando fiz a Maratona de Punta del Este, no Uruguai, Mari correu os 10 km no mesmo dia, baixando pela primeira vez dos 55 minutos.
No último domingo, participamos juntos da Corrida da Gentileza, novamente em Jundiaí. Toda a preparação foi focada para ela correr em 5:20 por km, na média, o que daria cerca de 53:30. Quatro sessões de treinos semanais, divididas de segunda a sexta-feira, conforme o horário permitisse… Sofreu algumas vezes, é verdade, mas buscou forças para seguir a planilha certinho. Chegou aos 12 km nos longões, sua maior distância.
Na Gentileza, corri para ajudá-la, dar ritmo, apoiá-la. Teve hora que confesso, fiquei em cima, falando muito para que ela não deixasse o ritmo cair, motivado-a (“Que cara chato, não para de falar”, ela pensou muitas vezes, não me disse, mas eu sei). Começamos um pouco mais forte, para a partir do km 2 encaixarmos o ritmo. Como eram duas voltas de 5 km e conhecíamos o percurso, foi bem mais fácil controlar a velocidade, saber a hora de segurar, de apertar. A primeira volta foi mais complicada para a Mari, mas na segunda ela foi muito bem, finalizando com 51:37 (faltaram uns 300 metros no percurso, que foi de 9,7 km). A média no Garmin foi de 5:19 por km, dentro do planejado (aqui, um adendo, não há milagre na corrida, treinou, tem resultado; não treinou…).
No final, uma surpresa. Pelo número de mulheres em nossa frente durante a prova, eu já tinha imaginado que a Mari poderia ir ao pódio. Foi o que aconteceu: terceiro lugar na categoria 35-39 anos, com direito a receber o troféu com o Pedrinho e a Vitória, de 7 anos, juntos. Agora, só um problema: a disputa entre os dois para saber em qual quarto ficará o troféu! Estão revezando, mas é uma negociação diária porque quem fica “apenas” com a medalha reclama todas as noites…
Mari é o exemplo que o bichinho da corrida é contagioso. Cuidado com os exemplos que você dá dentro de casa!
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Parabéns pelo exemplo dado e principalmente pelo que será deixado para os herdeiros.
Em casa também tenho orgulho de hoje correr ao lado da minha mãe que completará 62 anos no próximo dia 28. Ela começou a correr há menos de 2 anos por conta da diabetes. Mesmo tendo pressão alta ela me pergu foi se poderia começar a caminhar e talvez correr para melhoria da saúde, como educador físico dei todas as dicas e em poucos meses ela passou das caminhadas rápidas para as corridas. Estreou numa corrida de 6k obtendo a segunda colocação na faixa etária e depois disso resolveu participar do grupo de corrida da academia em que malhamos e hoje coleciona pódios e conquistas pessoais, incluindo aí a meia do RJ 2011 onde terminou pra 2h13, pelo menos uns 20min abaixo do que esperávamos.
Que nossas atitudes contagiem mais e mais pessoas a nossa volta e no mundo.
Let’s run!!!!!!
Melhor doença que se pode ter. Não quero ser curado nunca. Post massa. Muito legal acompanhar quem tá tentando melhorar tempo e tal. Meu primo já fez isso comigo. Quase deu certo. O tempo foi bom, mas não recorde.
Muito bacana, André!!! Parabéns pra vc e pra Mari!! E que venham mais troféus!!! Abração!!
Parabéns! Minha esposa começou a correr sério após o terceiro filho, e já é a melhor em sua categoria em Sergipe. Haja estante para tantos troféus. Já detonou todos os meus tempos e agora sou conhecido como ‘o esposo de Elisa’…
Realmente este bichinho contamina muito rapido,eu que o diga.Sou aposentada e fui assistir uma corrida de um cunhado de 71 anos apenas para dar apoio,e fiquei encantada com a animação dos corredores,as amizades que em pouco tempo se fazia,ele disse vem participar um dia,quem sabe vc gosta e pronto! não consegui mais parar.Agora estamos indo participar da São Silvestre.O responsável pela minha contaminação,deu uma entrevista a Contra-Relógio edição de dezembro é o srºFrancico Ataíde,onde o artigo diz:Nunca é tarde para começar a correr.E também no mês de novembro saiu uma reportagem no GLOBO ESPORTE,sobre como era a vida dele antes das corridas.Vale a pena ver o exemplo de vida.
È pessoal essa doença é mesmo contagiosa,. Ha dois anos e seis meses eu estava com problema sério, Apnéa. com um peso muito superior para minha estatura e mais varios outros problemas, alguns exemes feitos e o médico me recomendou a usar a mascára Sepap,. Eu discordei e ele me aconselhou a praticar esporte, aí senhores o bichiho me pegou e contagiou de uma maneira que agora o meu assuto , em casa na rua no blog, no facebook e outros meios que já estão me chamando o homem da corrida e pior contaminei vários amigos ,minha filha meu filho varios sobrinhos e continuo espalhando esse virus. Sou patrocinado pela a Clinica Fisioteraia 3 ID de meu sobrinho, Formei a Equipe 3 ID e continuo agregando novos corredores . Eu tenho 71 anos e nesses dois anos e poucos já conquistei 26 Trofeus na minha faixa etaria e consegui 111 medalhas , Na Revista Contra Relogio deste mes de dezembro tem uma Materia comigo feito pela Reporter Ana C Sapaio com o titulo Nunca é tarde para Correr. Domingo proximo Participo da Corrida Zero Hora aqui em Brsilia. dia 31 estarei na São Silvestre. Cuidado ao ler este comentario voce poderar ser contaminado.
Então André, o que está acontecendo aí em Jundiaí, está começando a acontecer aqui em Caxias do Sul. Como você deve lembrar, comecei a correr depois que larguei a nicotina. Minha esposa não se importava até que os longões começaram a ficar cada vez mais longos. Aí ela resolveu participar dessa rotina também, no começo eram caminhadas, mas em um ritmo puxado, pra ela sentir. Com o passar do tempo, já evoluiu pra um trote. E atualmente devido ao trabalho, ela faz longões onde sem dizer a ela, acabo fazendo um intervalado (eu que puxo o ritmo). Onde essa brincadeira vai parar, não sei, mas ela já participou de 2 rústicas e, na última, passou me contando em detalhes como ultrapassou vários homens nas várias subidas da nossa cidade, com aquele orgulho, aquele brilho no olho, que só quem tá cheio de endorfina entende. Essa tenho certeza, eu contaminei.
Parabéns! Eu tive a felicidade de ser “contaminado” há pouco mais de dois anos e simplesmente renasci. A corrida mudou minha vida e me ajudou a deixar definitivamente o vício do álcool, pois estou há tres anos e dois meses sem ingerir quaisquer espécies de bebida alcoólica. Bebi e fumei por quase 50 anos. Agora, aos 67 anos de idade, me tornei um “quase atleta”, pois já consegui correr 10 km em 1h01m. A matéria de Ana Cristina Sampaio na CR deste mes, cujo título é Nunca é Tarde para Começar a Correr, é muito interessante. Sugiro a leitura e acrescento que gostaria de “contaminar” mais pessoas que ingressaram na terceira idade.
É muito gratificante ouvir comentarios destas pessoas, que deixaram o sedentarismo para compartilhar suas alegrias com os mais veteranos que tambem vivem momentos agradaveis nas corridas. Eu tenho muito orgulho de ser tambem um veiculo de tansmissão desse bixinho que muita vezes nos leva a êxtase quando subimos a um pódio. Aos 71 anos me sinto tão jovem como qualquer um dos jovens que consegui transmitir esse bixinho que transforma fisicamente e espiritualmente nossas vidas.
Parabéns André pela linda família (de corredores!!!)
Também estou “contagiando” as pessoas da minha família. Já passei essa “doença” gostosa para a minha esposa e o meu irmão!!!KKK
Gostei muito do adendo: “não há milagre na corrida, treinou, tem resultado; não treinou…”
É isso aí, vamos treinar forte pra corrermos mais forte ainda.
Abração.
Rafael
Este post realmente foi muito legal. Fiquei honrada com a homenagem. Tenho também contagiado muitas amigas. Cada uma correndo no seu tempo, no seu ritmo. Acho muito bacana ouvir estes depoimentos de pessoas que mudaram de vida, ganharam mais saúde, mais amigos, mais qualidade de vida com a corrida. Parabéns.
Hoje participei da minha primeira corrida. Foi no Seo Rosa, em Campinas. Há um ano atrás jamais imaginei que eu pudesse correr 6 km, aliás não corria nem um. A partir de maio deste ano, comecei a treinar com um grupo de “garotas”, e aqui estou eu, correndo 6 km.Eu realmente fui “contaminada”. Abraços
André e Mariluci
André: parabéns pelo post, pelo apoio a sua esposa e por compartilhar conosco sua história. como vc pôde perceber pelos comentários, receber incentivo de um amigo, familiar ou até mesmo de um desconhecido, pelos canais de comunicaÇões faz de nós pessoas melhores. O esporte une as pessoas e mostra de forma objetiva como é possível superar limites. Seja quem for.
Mariluci
Parabéns pela homenagem e desejo a você muito sucesso na corrida e fora dela.
Compartilho com seu sentimento, pois meu marido Michel é o meu maior incentivador. E ele não corre… Pratica musculação e é amante do esporte….
Antes de nossa filha nascer, sempre estava na linha de chegada em todas as provas… Esperando eu cruzar o tapete…
Parei por 2 anos e recentemente voltei aos poucos.(estou lesionada)
Corri a Venus no jóquei/SP em outubro e ele foi com a Laurinha de pijama, fralda e descabelada só pra me ver cruzar a linha de chegada… e chegaram a tempo….
Mas confesso: trabalhar, estudar, ter tempo para a familia, treinar, fazer fisioterapia e realizar atividades na igreja aos finais de semana só é possível quando vc tem alguém ao seu lado que lhe apóia e divide as responsabilidades.
Um Abraço e que Deus abençõe sua família.