Aconteceu ontem, em São Paulo, a apresentação das novidades da Corrida SP-RIO, Desafio dos 600K, da Nike.
A grande mudança ficou por conta de um trecho aberto à participação de equipes, sem necessidade de seletivas. Ou seja, atletas que desejam fazer parte do mega evento poderão experimentar as emoções e os desafios dos 600K. “No dia 22 de outubro será realizado o Trecho Maresias-Angra, prova de revezamento com percurso de 180 km, disputado simultaneamente ao segundo dia da Corrida SP-RIO”, disse Christiano Coelho, gerente de running da Nike Brasil.
Podem participar do trecho Maresias-Angra até 20 equipes, com a mesma composição dos 600K: 13 corredores, sendo seis homens (três sub-25), quatro mulheres (duas sub-25) e três reservas (um homem, uma mulher e um sub-25). E vale a mesma “nota de corte”: durante a prova o ritmo médio deve ser de, no máximo, 5 min/km.
O congresso técnico e a retirada dos kits serão em Maresias, local da chegada do primeiro dia dos 600K. A largada será na Praça de Eventos, em Caraguatatuba (SP), às 5 horas, e a chegada no Hotel do Frade, que sediará o posto Nike Village Angra dos Reis, uma estrutura fornecida pela organização, onde os atletas terão à disposição um buffet de massas e um centro de recuperação de lesões e desgaste físico para relaxarem após a prova. Ao todo serão 26 trechos entre 6 km e 10 km.
As inscrições estarão abertas a partir do dia 14 de setembro e custarão R$ 700 por atleta. “O corredor recebe um kit composto por um par de tênis, duas camisetas (sendo uma para a prova), um short, um boné, um par de meia e uma mochila. E a equipe contará ainda com uma van e uma moto com motoristas, fornecidos pela organização, além de ter acesso ao Nike Village . A ida para a largada e a hospedagem pós-prova ficam por conta de cada equipe.
As outras equipes – ligadas a assessorias esportivas, usuários do sistema Nike+ e convidados -, que participarão dos três dias da prova, ainda não estão fechadas. Muitas ainda seguem com seletivas. A principal dificuldade na montagem dos grupos tem sido preencher a regra dos atletas sub-25.
Mais informações no site nikecorre.com.br
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A ideia é até legal mas que equipe estará disposta a pagar R$9.100 para correr uma prova? Valor um pouco salgado, não?
Sorte das Assessorias que já estão selecionadas para correr esse mega eventos, bom pagar 700 reais para correr 150 e poucos Kms eu não pagaria, pagaria sim, em uma Ultra de 24 horas para cima…
Boa sorte para os que foram selecionados.
E os canelas-finas, sub-35, poderão se increver nessa, ou também não? Vão me desculpar, mas esse negócio de estabelecer um “índice máximo” para eliminar os melhores… acabou com a competição – acabou com a graça dessa corrida. Será que alguma equipe vai correr querendo vencer a prova, como foi em 2009? Acho que em 2010 o pessoal só quer ser selecionado para ganhar os presentes da Nike e passear até o Rio.
Oi Cesar, acreditamos que a Nike colocou esse limite exatamente para diminuir o grau de competitividade dos 600k, para que não tenha a disputa que ocorreu o ano passado, pois trata-se de um desafio. Não esqueça que não há premiação para os “vencedores”.
Oi Tiago,
A prova que antes era fechada para corredores rápidos, ligados à assessorias esportivas e usuários do Nike+, continua fechada de certa forma, mas por motivos sócio-econômicos. Afinal de contas, não é qualquer um que pode dispor desse valor para participar. Mas, mesmo assim, achamos que haverá demanda, pois temos provas que cobram valores aproximados desse para que o corredor largue próximo da elite.
R$ 700,00 por pessoa pra sentir o gostinho de um pedaço da prova?
Hehehe…. como disse Jorge Ben: Pra acabar com a malandragem é só matar todos os otários.
Oi Sérgio, em 2009 houve premiação sim! E a disputa pelo prêmio foi acirrada (eu estava lá para ver). Você sabe, a Nike ofereceu um ano de material esportivo para cada atleta da equipe que chegou em primeiro (um excelente prêmio). Houve prêmios especiais para alguns trechos também: o melhor na areia, asfalto e montanha.
Insisto: o índice máximo, de 35 minutos para os homens, acabou com a graça desse desafio. Quem acompanhou o challenge de 5 e 10K da Nike+ viu que o pessoal lá estava com receio de correr num ritmo mais rápido que 3’30″/Km. Nas seletivas das assessorias deve estar acontecendo o mesmo. Já imagino como serão as seletivas das cidades. E mesmo nos 600K não será diferente, ou seja, muitos vão “tirar o pé” para não causar constrangimentos. No final, a equipe que vencer ainda será acusada de ter atletas sub-35min. Uma terrível trapaça às outras, que selecionaram atletas mais lentos conforme o regulamento mandava! Será que a Nike pensou nisso quando criou essa regra? De qualquer forma, é melhor a Nike não oferecer nenhum prêmio este ano, ou a coisa vai ficar feia.
Quanto ao valor, o que manda nisso é a demanda. E provavelmente haverá demanda. Mas é uma seleção baseada em elite sócio-econômica, que nada tem a ver com a elite em performance. É preciso separar as coisas. Imagine a Contra Relógio criar um taxa para o atleta poder entrar no ranking de maratonistas sem precisar correr uma maratona sequer. Não faria o menor sentido… ou melhor, eu espero que as pessoas ainda pensem assim!
Oi Cesar,
Quando falei de premiação, me referia à grana mesmo. Interessante sua análise sobre os atletas sub-35 que estão tirando o pé para participarem. Como a prova é da Nike, ela faz os critérios que acha melhor para a “competição”. Só nos resta saber se esse ano, o Desafio terá mais repercussão do que no ano passado entre os corredores e se a Nike conseguirá seu objetivo, que é de mostrar a qualidade dos tênis da marca.
O Nike como empresa pode criar as regras que quiser, menos se apropriar do trecho São Paulo-Rio, ela não pode patentear o percurso e nem compra-lo, pois ele pertence a nação e a todos os brasileiros, estou torcendo para que outras empresas do ramo como a Adidas, Asics, Mizuno, Olympicus ou mesmo que não seja do setor dos calçados, fazer outros desafios parecidos e no mesmo lugar, mas que sejam mais justos com todos.
Abraços!